WARRIORS – Os Selvagens da Noite (Sol Yurick)

POSTADO POR: admin sex, 11 de março de 2016

Aos poucos vou sendo obrigado a admitir que a editora DarkSide Books vem me curando de velhos preconceitos literários. Sendo os mais renitentes deles, o meu desânimo intelectual em ler qualquer livro que eu já tenha assistido a adaptação cinematográfica antes, o que acabava restringindo a minha lista de leitura já que o filme é uma mídia bem mais rápida e acessível que a editorial. 
Antes que me julguem, quero me defender dizendo que tenho plena ciência das oportunidades e experiências que posso ter perdido com essa atitude. Principalmente sabendo da regra canônica de que o “livro é sempre melhor que o filme”. Mas com a vida corrida da era moderna, é muito difícil encontrar tempo para visitar duas vezes a mesma história com tantas outras esperando para serem exploradas.
Foi debaixo de muita insistência de amigos que resolvi encarar a leitura do clássico WARRIORS – Os Selvagens da Noite (DarkSide Books, 268 páginas), escrito por Sol Yurick, e que deu origem a um filme de título homônimo que enlouqueceu a cabeça dos jovens no final da década de 70.

Por mais que a premissa do enredo seja semelhante a do filme, no livro temos os membros dos Dominadores desmembrados e apresentados com uma profundidade que a agilidade do cinema não permitiria incluir na narrativa de um roteiro. E apesar da motivação ser a mesma, acompanhamos a gangue em uma jornada bem diferente e muito mais violenta do que a cena mais chocante do filme dirigido por Walter Hill. E para os fãs nostálgicos que romantizam os ‘Warriors’ como os ‘mocinhos injustiçados’ da história, podem ficar surpresos como eles podem ser tão brutais quanto os inimigo que os perseguem durante aquela noite quente de Nova York.
O livro possui um conceito tão próprio, que o filme serviu mesmo apenas para dar vida e ilustrar visualmente a narrativa do autor, pois muito pouco da trajetória original dos personagens é representada na tela.
Aqui a gangue dos Dominadores é formada por garotos bem mais jovens, sendo o mais novo com apenas 15 anos, e que são vítimas de consequências sociais bem mais graves do que apenas uma rebeldia sem causa, e um péssimo gosto para roupas.
Em meio a episódios de estupro e esfaqueamentos, finalmente penetramos a fundo nesse universo caótico, não apenas como uma aventura de um bando de jovens, mas também como um conceito civil da época.

Correndo o risco de ser repetitivo ao citar o fino acabamento que a Editora DarkSide Books dedica as suas publicações, a obra é inegavelmente uma edição de colecionador contando com uma capa dura estilizada como os coletes de couro dos ‘Warriors’, considerações do escritor Ferréz, Beto Estrada do MRG, e um longo prefácio do autor que conta em detalhes todas as suas inspirações e aspirações que o ajudaram a compor esse clássico.
E com essa leitura eu me liberto dessa questão, e já penso em preparar uma lista de livros que deram origens a filmes, com a certeza de revisitar saudosos cenários de uma forma bem mais agradável que qualquer reboot ou remake.


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