Viver em família, ou sair de casa?

POSTADO POR: admin sex, 23 de agosto de 2013

Ou o cara que virou Peter Pan e Capitão gancho ao mesmo tempo.
Amigos malditos, aqui vai um conselho irresponsável, porém
totalmente consciente, para vocês que tem mais de 25 anos e acompanham a minha
coluna: SAIAM DE CASA.
Mesmo tendo ótimo relacionamento com seus pais, e tios, e primos,
e avós, e sei lá mais quem por grau de parentesco, vá e almoce com eles no
domingo, ajude no que for, mas saia da toca! Esses dias eu andei pensando na
distorção ferrada que pode ser a visão familiar sobre a vida do indivíduo.
Geralmente a perspectiva da família demora muito para enquadrar (assimilar) um
camarada cascudo ao lado, por que o tempo terrestre passa rápido pra cacete, e
ontem mesmo o camarada cascudo estava ali tomando mamadeira de Nescau enquanto
assistia Nacional Kid.
Percebi nos últimos cinco anos, que sempre terá um parente
disposto a tentar mudar sua vida com palavras, sem sequer cogitar a ideia do
que ocorre de fato com você (sem vontade de entender, ou julgando de imediato).
O parente tende à surdez, quando o discurso está pronto na traqueia (e na
mente). E o parente fala com a criança que já não existe, pois ele continua o
processo natural de passar instruções aos membros mais jovens do clã, como
ocorre na selva. Contudo, meus camaradas, a pesquisa individual é de suma
importância para o amadurecimento individual de cada um; e quando ouvimos todas
as vozes dissonantes, deixamos de ouvir a mais importante que é a voz interior,
ou a subconsciente. Os grandes mestres da humanidade são excelentes ouvintes,
acima de tudo. As grandes almas também.
Mas a família é uma instituição valorizada, bacana, é bom que se
diga isso. O meu texto não veio para quebrar com a família, é apenas uma breve
reflexão sobre amadurecimento individual. Cada pessoa tem o direito de seguir
seu raciocínio individual, seja sobre religião, amor, política, ou até mesmo
sobre família! Sobre o que for! Vá e dê com a cara na parede, ou conquiste as
Malvinas, dane-se, depois anote em seu diário de bordo os resultados do
mergulho. Diga do outro lado, quando chegar a hora, que seguiu por aqui o tal
do livre arbítrio… Só isso.
No mundo que vivemos hoje, a maior oração
que “Deus” (lá vou eu falar desse cara) pode querer de alguém é
ponderação e cuidado com aquilo que é dele. As maiores orações que eu conheço
são o cantar alegre de um pássaro, o barulho da chuva batendo nas árvores, o
sorriso de uma criança e o silêncio da contemplação.
(Pois é… bonito isso aí… Tomando Almadén e ouvindo Rita Lee)