Velozes e Estúpidos!

POSTADO POR: admin qui, 14 de julho de 2011

O sistema vigente tem tentado nos convencer que a solução para todos os problemas da sociedade está em se ‘criar leis’. Anualmente dezenas de novas legislaturas, emendas constitucionais, direitos e deveres são propostos, votados e aprovados em um ritmo desenfreado chegando ao ponto de algumas leis entrarem em desacordo, onde algumas vezes uma anula a outra ou a decisão final fica a cargo do júri.
Quando na verdade, apenas o bom senso resolveria uma grande porcentagem desses casos.
A discussão atual tem sido focada no nosso código ineficaz de trânsito, um caos instalado. Talvez seja a área que mais se ‘beneficie’ com a criação de novas leis que desesperadamente parecem não surgir efeito algum. 
Uso obrigatório do cinto, lei seca, novos padrões de segurança,… Lembra quando tentaram uma lei que exigia um kit de primeiro socorros nos veículos? Foi uma correria para adquirir os tais kits enquanto a TV mostrava a policia estourando fábricas clandestinas que fabricavam kits ilegais (sem o selo de aprovação do governo) para serem vendidos nos camelôs das grandes metrópoles.
Resultado? A lei foi embargada semanas depois.
Uma nova esperança dos responsáveis por essa joça é diminuir a velocidade máxima permitida nas ruas e avenidas e para isso contam com o auxílio de pardais ‘de rapina’, radares ‘ultra magnéticos’ e câmeras ‘delatoras’ que geram uma pomposa receita em multas.
“Parado aí! É Blitz mané!!!”
Do outro lado, as grandes montadoras não cansam de anunciar seus novos modelos cada vez mais velozes. 
Ora, se a idéia é diminuir a velocidade nas pistas, não seria mais sensato simplesmente cortar o mal pela raiz diminuindo a potência desenfreada dos carros modernos? 
Qual o sentido de se criar carros mais rápidos para um transito que se torna cada vez mais lento? 
Vejo que a única solução plausível para o estado caótico que o transito brasileiro se encontra seria limitar os veículos a capacidade de um Fusca. O que não evitaria acidentes, mas com certeza diminuiria o número de vítimas fatais.