Símbolos famosos que não significam exatamente o que você imagina
#Guy Fawkes
Apesar do fracasso geral dos anarquistas em reunir forças suficiente para fazer qualquer progresso significativo contra seus inimigos ideológicos (democracia, capitalismo, comunismo e a Internet), eles possuem alguns ícones em comum. Um dos símbolos mais proeminentes é o inglês revolucionário do século 17 Guy Fawkes, cujo o feito mais notório foi a sua tentativa de explodir o Parlamento a fim de desestabilizar o governo britânico.
#A Cruz Invertida
Quando Pedro foi martirizado por crucificação, ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque não se sentia digno de morrer da mesma forma que Jesus.
Através do uso de uma cruz de cabeça para baixo, os satanistas estão involuntariamente mostrando humildade e indignidade perante Cristo. Isso faz tanto sentido quanto um nazista se empanturrar de carne de porco na intenção de ofender as crenças de um judeu.
#Che Guevara
Caminhe por qualquer campus de faculdade e você encontrará centenas de camisetas de Che Guevara entre os alunos, principalmente no departamento de ciências sociais.
‘Alguém por favor apresente esse livro ao PT!’
#O Peixe Cristão
Além da cruz, o símbolo mais onipresente do cristianismo é o conhecido peixe cristão. E hoje ele aparece predominantemente em seu habitat natural,… nos pára-choques dos carros, bem ao lado do adesivo ‘Foi Deus que me deu!’.
O símbolo, na verdade, remonta a tempos antigos quando o cristianismo ainda era uma seita obscura. E considerando que os peixes e a pesca eram frequentemente usados como símbolos na Bíblia, você pode argumentar que é um símbolo bem mais apropriado para os ensinamentos de Cristo, do que o dispositivo usado para torturar e matar que é a cruz.
Você vai se sentir em pecado quando descobrir que esse ícone representa simplesmente uma vagina.
Um dos nomes dados para o peixe é vesica pisces (navio do peixe), e foi usado para representar as mulheres e várias deusas mitológicas, como Atargatis (a deusa síria da fertilidade), Afrodite / Vênus ( a deusa do amor e do sexo) e a Grande Deusa Mãe pagã, onde simbolizava a vida gerada pela vulva.
Basicamente, sempre que você encontra uma imagem de peixe no mundo pré-cristão, provavelmente é uma metáfora sutil para trajes femininos.
Segundo alguns pesquisadores e estudiosos cristãos, o segundo símbolo mais popular do cristianismo tem uma história bem colorida, mas não do tipo que você deseja dialogar durante um jantar em família.
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#O Coração
Incompreendido por: Adolescentes e Enamorados
É um dos símbolos mais onipresentes no planeta, aparece em todos os lugares, desde cartas trocadas por namorados até tatuagens de motoqueiros. O formato de coração é algo tão presente na vida cotidiana, que a gente acaba ignorando o fato de que ele não se parece absolutamente em nada com um coração de verdade.
Bem, há algumas evidências convincentes de que o símbolo nunca foi criado para ser um coração em primeiro lugar, mas sim um contraceptivo do antigo Império Romano.
O símbolo não representa o músculo cardíaco de alguém, mas a semente da planta silphium, uma erva tão valorizada por suas capacidades de controle de natalidade na antiguidade, que os romanos correram sério risco de serem extintos pelo seu uso.
Representações da semente da planta foram generalizadas em todo o Império Romano, até o ponto em que ela apareceu cunhada nas moedas da época. Para entender melhor o quanto os romanos eram preocupados com filhos bastardos, imagine se os pais de hoje resolvessem imprimir a imagem de um preservativo nas cédulas de dinheiro.
Os historiadores não estão absolutamente certos de que essa seja a origem do símbolo que usamos hoje, ou se é apenas uma coincidência maluca, mas se for verdade, então podemos dizer que o símbolo universal do amor começou como um incentivo ao sexo livre e sem compromisso. O que torna um tanto estranho aqueles cartões que você fazia para o dia das mães quando criança.
Entretanto, isso ainda pode ser superado. Veja, os romanos realmente compararam a forma da planta silphium a um órgão do corpo, só não era exatamente o coração. Para ver o projeto original, você teria que virar a imagem de cabeça para baixo.
Isso mesmo que você entendeu. Aquela caixa de chocolate em formato de coração que você ganhou no último Dia dos Namorados, é na verdade um par de testículos pendurados. Isso que é amor, heim!
#O Símbolo da Paz
Incompreendido por: Hippies e Pacifistas
O sinal de paz continua sendo um dos símbolos mais poderosos e inspiradores do planeta, apesar de sua longa associação com os hippies. Talvez sejam as formas geométricas simples que se comunicam, de alguma forma, com uma parte primitiva do nosso cérebro. Mas o fato é que só de olhar para ele, você logo sente esse tipo de grandiosidade, a esperança oriunda de sua convicção. Infelizmente, tudo que é basicamente o oposto do que o criador do símbolo tinha em mente.
Originalmente, Gerald Holtom, um designer gráfico britânico, surgiu com o projeto do sinal de paz em 1958, para ser usado em um protesto contra as armas nucleares. O símbolo geralmente é interpretado como duas cartas de semáforo sobrepostas, representando as letras N e D – que significam ‘Nuclear Disarmament’ (desarmamento nuclear).
Mas o que nós esquecemos, era a imagem principal que Holtom estava tentando retratar: Em suas próprias palavras, o seu logotipo foi concebido para ser um “ser humano em desespero”. O sinal de ‘paz inspiradora’ é na verdade uma representação de um homem que perdeu a esperança em um mundo enlouquecido, esticando os braços para fora e para baixo em desespero e derrota.
Holtom imediatamente lamentou sua criação depois que o mainstream se apossou do símbolo e tentou alterar seu significado.
Infelizmente a versão original não conseguiu pegar. Em vez disso, o homem deprimido e derrotado tornou-se um símbolo de inspiração para todo o movimento progressivo do final do século 20, do Vietnã aos direitos civis.
#Pé de Coelho
Incompreendido por: Supersticiosos
Você provavelmente nunca questionou a lógica que alega que um pé de coelho cortado traz boa sorte. Levante esse questionamento e logo você terá que começar a fazer perguntas sobre andar por debaixo de escadas, espelhos quebrados e coisas do tipo. Mas garanto que a história do pé de coelho é ainda mais assustadora do que a simples ideia de desmembrar animais em busca de sorte.
Nos Estados Unidos, o simbolismo do pé de coelho teve origem em um termo da magia popular do lugar. Eles acreditavam que os coelhos podiam ser bruxas disfarçadas, e assim que cortassem um pé de coelho, significava, para eles, obter uma parte de uma bruxa para usar em volta do seu pescoço como amuleto de proteção contra a feitiçaria.
As primeiras referências a lenda do pé de coelho, detalham as inúmeras maneiras em que você pode maximizar o poder da pata do animal antes de cortá-la. Aparentemente, funciona melhor quando o coelho é morto em uma sexta-feira, especialmente numa sexta-feira chuvosa, em um cemitério, por um afro-americano. Claro, que eles não usavam o termo “afro-americano“ na época.
Mas como exatamente o pé de coelho foi de um instrumento de magia negra, a um souvenir vendido a turistas em bancas de recordações? Assim como ocorre com um monte de coisas ousadas que chegam na mão do mainstream, a lenda simplesmente foi aguada, diluída e adocicada. As pessoas foram condicionadas a esquecer a coisa toda sobre o lado negro da história, e só ficaram com a parte boa do pé de coelho ser um talismã mágico.
Por um lado positivo, as bruxas estão relativamente mais seguras agora. Já os coelhos, nem tanto.