Rumo a Hegemonia Perdida – Volume I

POSTADO POR: admin seg, 16 de janeiro de 2012

Um
belo dia, não podemos afirmar se foi domingo, terça-feira ou véspera de
feriado, um individuo ou grupos de indivíduos (por vontade própria, ou quem
sabe vontade divina?) resolveram cercar uma localidade e chamaram-na de SUA. E
os homo sapiens sapiens (homem que
sabe que sabe) se dividiram em dois grupos primordiais: os proprietários e os
não-proprietários. Começava-se aí a tão falada para uns e tão escondida por
outros: A exploração do homem pelo
próprio homem
.
Existem
muitas teses sobre o surgimento da propriedade privada. Uma delas foi pensada por
um historiador do século XIX, Fustel de
Coulanges
. O professor da Sorbonne escreveu um livro chamado “A Cidade
Antiga”
em que defende o culto aos mortos (ou se preferirem culto aos
antepassados) como principal fator para a reivindicação de determinados pedaços
de terras por clãs e famílias no mundo antigo, e também (pasmem) o surgimento
do culto aos Deuses. Bizarro! (Tá bom
é menos que a tese dos astronautas, Atlântida e aquela em que um cara fez tudo
em seis dias e descansou no sétimo).
O
importante é percebermos que foi aí que a exploração
e a apropriação do excedente (sobras) do que era produzido gestou diversas
formas de sociabilidade (tb claro, devido ao clima e outros fatores). Mas em
todas elas a coerção era clara, direta (violência nua e crua). Com
justificativas (ideológicas) metafísicas e transcendentais para legitimá-las. 
Lembrem de Santo Agostinho que viveu no final do Império Romano e criou à
seguinte “verdade absoluta”: Sofra na terra (ralando muito e sustentando a boa
vida de alguns) e terás a recompensa quando morrer e for para o paraíso. Porra, isso está na moda a mil e
setecentos anos! E se por acaso você não fizer isso, há!, irá para o inferno (que é pior que a terra! Será mesmo?). Vejam que
tremendo cabresto em bilhões de seres vivos que “pensam”! Bilhões pensam e
alguns produzem aquilo que os bilhões irão pensar. Sacaram?
Mas,
amiguinhos, vivemos no século XXI sob a égide do capitalismo global (compra e
venda de força de trabalho em escala mundial) e logo o mundo atual é beeeeem
mais complexo. E isso, meus caros, é assunto para um próximo post…
Abraços