Rolando a bola na grama morta.

POSTADO POR: admin sex, 09 de dezembro de 2011

Quando vi a notícia sobre a aprovação do Novo Código Florestal, na hora achei que o assunto merecia uma ‘cutucada da ferida’ aqui no blog. Diante da minha falta de conhecimento no assunto, lancei um desafio no twitter perguntando quem se interessaria em escrever sobre a pauta para o DpM, e eis que o maluco do @RodrigoUla aceitou a tarefa, cumpriu a missão e tá aí o texto do cara sobre a questão!

O Brasil é o país do assistencialismo paternal, e exatamente por este motivo é tão difícil entender as reais pretensões das mudanças em
debate para o novo Código Florestal brasileiro.

O Projeto aprovado no
Senado nesta última terça (6) ainda voltará para análise na Câmara dos
Deputados
, porém, ambientalistas, ruralistas e cientistas já demonstram que o
resultado não será obtido através de um consenso.
Assistencialista por princípio, contudo, paradoxal por
natureza. Este é o Brasil de milhões de bolas-cheias e bolas-murchas!
O intuito do novo texto da lei é a preservação do verde
ostentado na bandeira desse imenso país, mas o que se vê é a redução de
reservas ambientais. Existe a promessa de maior rigidez no combate ao
desmatamento e uma regulamentação melhor definida para a exploração de terras,
porém, os novos incentivos econômicos e a falta de clareza na definição do que
viria a ser o real pequeno produtor rural, por exemplo, terminam por demonstrar
que o objetivo pretendido não é algo tão fácil assim de ser atingido.
A exploração do solo brasileiro é de interesse comum a toda a
população dessa imensa “Pátria de Chuteiras”, mas o que se percebe é que a
proteção e recuperação de nossos craques da bola compensam bem mais  que o
combate à devastação da vegetação nativa que se encontra além das quatro linhas de um campo de futebol.
O povo debate o Mercado Futebolístico brasileiro junto ao
Cartola FC e não se dá conta que os “dirigentes” de Brasília pretendem diminuir
a quantidade de ‘grama verde’ disponíveis em outras partes das terras brasileiras, enquanto regam com água mineral importada com gás o gramado de estádios espalhados pelo país.

O Projeto em questão não se preocupa com a possibilidade de
risco quanto ao aumento de fenômenos naturais ou redução da biodiversidade
nacional. Afinal de contas, o país está às vésperas de uma Copa do Mundo e a
construção de novos estádios foi ponderada como sendo “atividade de interesse
social”
e, portanto, ser a sexta nação no ranking de Emissores de gases
poluentes
não é argumento suficiente para que se impeça o progresso do tão
importante esporte bretão.
Ponto pacífico neste debate tão importante para o futuro
dessa Pátria Amada é a preservação do verde dos gramados brasileiros que são os
grandes responsáveis pela produção da maior riqueza que essa nação já viu: O
Craque de Bola,… ainda em estudo para ser acrescentado na bandeira nacional.

dito pelo Rodrigo Ula