Mesmo em uma período regido por cacetétes, torturas e muita repressão, paralelamente a essa mancha em nossa história, o Brasil também viu surgir uma safra incrível de intelectuais da época que contrariaram a típica fama de acomodado do brasileiro padrão, e simplesmente resistiram. E para isso contavam apenas com suas ideias, muita coragem, e uma rústica forma de difusão escrita, o jornal. Dando origem a diversos ‘folhetins’ que tinham como principal característica a inteligencia surpreendente de seus idealizadores na hora de driblar a temida censura.

E agora que gozamos de tanta liberdade e facilidade de comunicação é meio angustiante ver como essas ferramentas preciosas, conquistadas a custo de muito sangue, suor e lágrimas, hoje em dia são tristemente desperdiçadas ou até mesmo mal utilizadas.

O resgate dessa imprensa de resistência é o tema do projeto ‘Resistir é Preciso’ que procura traçar o trajeto da imprensa brasileira que combateu e resistiu a ditadura militar na clandestinidade, no exílio, e como alternativa, nas bancas.

A iniciativa é do Instituto Vladimir Herzog que acompanhou o depoimento de 60 protagonistas dessa história impressa, conhecendo em detalhes as publicações que consumaram esta resistência como jornais clandestinos feitos no exterior pelos exilados da ditadura.
É tanto material colhido que o projeto já rendeu diversas ramificações como livros, DVDs e coletâneas, e nem daria para englobar tudo neste texto. Então CLIQUE AQUI e conheça o site do ‘Resistir é Preciso’, lá você vai encontrar um vídeo enorme com a apresentação do projeto alem de diversos testemunhos dos ‘sobreviventes’ desta parte do nosso passado,… Já que na resistência do presente, o DpM ainda é um dos poucos entrincheirados na linha de frente.