Perturbação Interna – Nasci pra ser Selvagem!

POSTADO POR: admin ter, 18 de fevereiro de 2014

O que fazer quando, do nada, você começa a receber e-mails com relatos sinistros de um desconhecido? Bom, eu resolvi publicar aqui no blog! 
Para isso eu criei essa sub-coluna intitulada ‘Perturbação Interna’ onde venho postando, para dividir com vocês, essas conturbadas palavras que insistem em chegar a minha caixa de entrada.
Motocicletas são consideradas um sinônimo de liberdade.
Sentir todo o vento da velocidade no próprio corpo, passar por qualquer brecha enquanto o trânsito está parado, rodar o dia inteiro gastando poucos litros de gasolina, utilizar qualquer trilha de terreno baldio ou ruazinha na contramão pra conseguir um atalho de três quadras, estacionar em qualquer espaço, ignorar as normas de trânsito a qualquer momento para evitar um congestionamento.
Sem dúvida, uma materialização de asas circulando rapidamente pelo engarrafado mundo do trânsito.
Hoje de manhã, passando por um bairro tranquilo, contornando uma rotatória no final de uma avenida, fui surpreendido por uma buzina e um princípio de ofensa vindo de um motoqueiro em alta velocidade que, corretamente, me ultrapassava pelo lado esquerdo, porém, havia decidido sair da rotatória seguindo em frente, ou seja, à direita da rotatória.
Não sei se ele não gostou do fato de eu estar seguindo um caminho que atrapalhava o dele, ou então, esperava que eu desse seta para indicar que eu seguiria adiante na rotatória; não sei porque não pude ouvir o final da ofensa: Assim que ele cortou a minha frente, buzinando e gritando, eu freei por reflexo, mas consegui acelerar a tempo de atingir a traseira da moto.
Foi muito rápido, nem pensei nas complicações do ato. A fúria foi tão forte que eu só racionalizei a situação enquanto via, pelo retrovisor, moto e motoqueiro rolando pelo asfalto, capotando na direção da calçada.
Diminuindo a velocidade do meu carro, olhei preocupado ao redor, constatei que ninguém passava pelo local, e que o motoqueiro ainda estava caído ao lado da moto.
Voltei a acelerar e segui meu caminho.
Esse é o preço que se paga pela liberdade de fazer o que quiser na hora que quiser.