Personagens femininas que merecem ter os seus próprios livros

POSTADO POR: admin qua, 17 de fevereiro de 2016

Os livros proporcionam a oportunidade única dos leitores assumirem uma perspectiva diferente de um outro alguém além de si mesmos. Mas ao assumir a visão de história do protagonista, muitas vezes acabamos negando a oportunidade de explorar a visão interna de outros personagens da trama. Esse tipo de sensação já foi bem explorada em nossa matéria sobre Personagens secundários que merecem ter os seus próprios livros, em que listamos alguns coadjuvantes que possuem pujança suficiente para conquistar uma carreira solo.

E como recentemente exaltamos a força feminina relacionando 5 Mulheres impressionantes do universo expandido de Star Wars, achamos por bem misturar os dois assuntos e sugerir algumas personagens femininas que merecem ter seus próprios livros:

Lolita (Lolita, por Vladimir Nabokov)

Apesar dessa obra levar o mesmo nome da personagem em questão, o desejo delirante narrado pelo protagonista sufoca quaisquer detalhes mais agudos que os leitores anseiam sobre a jovem Lolita. Nós nunca sabemos realmente o que se passa na cabeça da ninfeta a cada caras e bocas que ela transmite para Humbert. Na verdade, ele mesmo se coloca como uma vítima a mercê do seu amor pela garota. Em seu último relato ele encontra Lolita com 17 anos, grávida, e casada com um homem que nada sabe da sua trágica infância, e não ficamos sabendo mais nada sobre o seu destino.

Mary Lou (On the Road, por Jack Kerouac)

Quem é realmente a rebelde Mary Lou, além da melhor companhia que se pode ter em uma viagem desvairada pelo território americano? Será que nós nunca descobriremos? Apresentada no On the Road, a bíblia de Jack Kerouac, o livro oferece pouca profundidade sobre os pensamentos e a psiquê de Mary Lou. Na história ela vive um romance com o selvagem Dean Moriarty, e por mais interessante que possa parecer, a personagem é ofuscada pelo comportamento estridente do Beatnik. Felizmente, Mary Lou é baseada na pessoa de Luanne Henderson, que recentemente teve a biografia de sua vida publicada, mas ainda sem tradução por aqui.

Brett (O Sol Também Se Levanta, por Ernest Hemingway)

Como uma das personagens mais memoráveis ​​de Hemingway, a glamourosa Lady Brett Ashley exerce seu poder sobre os homens conquistando a todos ao seu redor. Mas enquanto a sua sedução caótica catalisa toda a ação do romance, seu mundo interior permanece enigmático para os leitores. Em um ponto, o narrador observa que Brett simplesmente “não consegue ir a nenhum lugar sozinha”. Ainda assim, sua alegria melancólica nos faz imaginar o que realmente ela sente quando está rendida na solidão de seu quarto de hotel. Talvez a nossa melhor pista sobre essa cena seria a linha em que ela se lamenta dizendo: “Oh, Jake … Nós poderíamos ter tido bons tempos juntos.”

Sarene (Elantris, por Brandon Sanderson)

Sarene é descrito como sendo anormalmente alta para uma mulher, bem como fina. Ela tem cabelos loiros e é, presumivelmente, bem torneada, devido à sua afinidade com a esgrima. Como a princesa de Teod, é muito politicamente esclarecida, e não tem medo de usar todos os meios para conseguir o que quer. Ela também é conhecida por ser sarcástica e condescendente para aqueles que subestimam ou tentam manipulá-la. Sarene é uma das personagens femininas mais agradáveis ​​que se pode conhecer. Ela é inteligente, independente, mas também vulnerável, sem ser necessariamente fraca. Seria bem interessante ler mais sobre a sua educação, especialmente durante sua adolescência.

Éowyn (O Senhor dos Anéis, por J.R.R. Tolkien)

Talvez toda uma nova trilogia não seria o suficiente para narrar o pasado inteiro de Éowyn. Ela foi uma guerreira de Rohan, filha de Éomund e Théodwyn, irmã mais nova de Éomer e sobrinha do Rei Théoden. Após a Guerra do Anel, ela se casou com Faramir e teve um filho com ele, Elboron. No livro Tolkien a descreve como uma bela mulher alta, magra, pálida, e graciosa, com longos cabelos dourados e olhos cinzentos. Em temperamento é idealista, espirituosa, corajosa e magnânima, mas muito solitária, sacrificou sua própria felicidade por anos para cuidar de seu tio doente e cumprir as responsabilidades de um donzela escudeira.

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