Os 39 Degraus (John Buchan)

POSTADO POR: admin qua, 29 de abril de 2015

Não há dúvida de que a espionagem é um marco na história do cinema. Personagens eternos como James Bond, e muitos outros similares, imortalizaram o estilo em filmes empolgantes que ajudaram a desenvolver e perpetuar a clássica imagem de um espião, ou agente secreto, e suas aventuras escamoteadas para salvar o seu país, e até mesmo o mundo. Mas não é segredo que, como a maior parte da inspiração utilizada nos roteiros dos filmes, as histórias de espiões também tem suas origens fincadas na literatura, e vale lembrar que durante muito tempo este gênero dominou a preferência de leitura de várias gerações. Em um formato que facilita o suspense iminente desse tipo de enredo e carrega o leitor gradualmente dentro do seu desenrolar, não tem como negar que o livro leva uma clara vantagem (além das já conhecidas) em cima de qualquer adaptação cinematográfica a respeito do tema. Não importa quantas ‘cenas de ação’ ela possa conter.
E para conhecer a fundo as raízes dessas histórias intrigantes, nada melhor do que pegar um clássico, e se estiver carimbado como um dos 10 melhores livros do gênero, melhor ainda. Esse é o caso da obra ‘Os 39 Degraus’ (147 páginas, Editora Tordesilhas), do político, ensaísta e romancista John Buchan.
Considerado um dos primeiros livros que ousou jogar um homem comum em uma circunstância de proporções governamentais, a obra apresenta um protagonista entediado com a sua própria rotina, até que recebe uma visita inoportuna de um vizinho que conta a Richard Hannay informações valiosas sobre um atentado contra um influente político estrangeiro que pode acabar detonando o que viria a ser a I Guerra Mundial. Quando o tal vizinho é assassinado no interior da sua casa, Richard se vê envolvido na trama narrada pelo morto e se lança pelo norte da Inglaterra em uma saga para encontrar alguém que saiba o que fazer com tudo o que ele sabe, e possa evitar o pior.
Em uma jornada meio dispersa, acompanhamos Richard pelo interior do país enquanto tenta fugir dos verdadeiros assassinos e da polícia que o acusa pela morte em seu apartamento. Sendo obrigado a pensar muito bem antes de dar um próximo passo para não ser pego, o aventureiro utiliza uma sagacidade inapta para ficar vivo e concluir a sua missão involuntária.
Sem treinamento ou qualquer auxílio de equipamentos geralmente utilizados por agentes secretos em sua posição, Richard conta apenas com a sua astúcia para continuar na jogada e decifrar o código sobre ’39 degraus’ que pode determinar o destino do mundo.
O livro foi publicado pela primeira vez em 1915, vinte anos depois teve uma adaptação para o cinema dirigida pelo lendário Alfred Hitchcock, e até hoje é visto como uma forte referência para outras obras do mesmo modelo.
A narrativa possui um ritmo cadenciado que pode frustrar aqueles que esperam encontrar algo corrido com a velocidade da ação de um filme de espionagem. ‘Os 39 Degraus’ apela para uma esfera mais cerebral do gênero, trazendo um personagem mais próximo do leitor, e que divide com ele suas angústias e descobertas ao transcorrer do imprevisto, o que difere muito dos esterótipos imbatíveis que estamos acostumados nesse tipo de crônica.

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