O Último Chefão (Mário Puzo)
Mas o que pouca gente sabe, é que o maior precursor do gênero mafioso, o grande escritor Mario Puzo, autor do livro que inspirou a trilogia O Poderoso Chefão, também narrou as atividades escusas de outras famílias criminosas. Como é o caso dos modernos Clericuzios, protagonistas do seu livro O Último Chefão (Editora Record, 544 páginas).
Sem precisar apelar para os seus personagens mais conhecidos, o autor decide dar vida a uma nova família de mafiosos que ostentam o antigo poder do crime organizado em meio ao recente avanço da indústria de entretenimento do início da década de 90. Acompanhamos a saga dos Clericuzios desde o batizado dos seus mais promissores herdeiros, os primos Dante e Cross. Duas crianças que crescem no seio de uma família tão leal e amável, quanto brutal quando necessária.
Após eliminar a única família rival, o poder dos Clericuzio cresce tão saudável quanto seus jovens soldados. Enquanto o carismático Cross é levado a tocar os negócios da organização em Las Vegas assumindo um luxuoso hotel e cassino na cidade, o destemperado Dante trilha o caminho do assassino sendo incumbido de eliminar os inimigos da máfia e futuramente substituir o pai de Cross como o ‘justiceiro’ oficial da família.
Com uma sutileza primorosa, Mario Puzo se dá o trabalho de construir um cuidadoso palco cheio de armadilhas visuais para o leitor, que, assim como os personagens, em determinado momento passa a suspeitar de tudo e de todos, sem ter qualquer certeza até conseguir ler a última linha da última página do livro.
Mesmo com medo de ser apedrejado pelos mais fanáticos, ouso dizer que O Último Chefão é uma saga (mesmo sendo composta por um único volume), tão absorta quanto O Poderoso Chefão, ou até mais, dependendo de qual elemento você quer retirar da acepção do tema.
O livro também ganhou uma adaptação exibida na TV em formato de mini série e intitulada como ‘The Last Don’, mas sem qualquer expressão aqui pelo Brasil. Os episódios podem ser encontrados no youtube divididos em duas partes, mas sem legendas em português.
Ao fim dessa leitura, a única coisa que me veio a mente é: Porque ainda continuamos a procurar por genéricos, se ainda há tanto do original a ser consumido?
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