O Opositor (Luís Fernando Veríssimo)

POSTADO POR: admin seg, 10 de março de 2014

Existem certos autores que você nunca pode deixar passar a oportunidade de adquirir uma de suas obras quando estiver em uma visita a livraria. Não importa se você já chegou na loja determinado e com a sua compra em mente, se você tiver alguns trocados a mais no bolso, que mal fará levar mais um livro desse, ou daquele, escritor que você já leu e adorou. 
Comigo ocorre sempre que me deparo com um trabalho do grande Luís Fernando Veríssimo, que já passou por nossa coluna de resenhas com a coletânea de crônicas ‘Diálogos Impossíveis’.

Dessa vez, trago novamente este autor a tona para falar sobre a obra ‘O Opositor’ (Editora Objetiva, 140 páginas) que faz parte da coleção Cinco Dedos de Prosa em que um time de cinco escritores brilhantes (que inclui Mario Prata e Fernanda Young) foram selecionados para escrever estórias intrigantes tendo os dedos da mão como tema. Para Veríssimo restou abordar justo o dedo que nos diferencia dos outros mamíferos. O Polegar Opositor.

Adquirir um livro desse autor é a garantia de ganhar uma leitura rápida, agradável e inflada de um humor inteligente característico. Neste, somos apresentados a história de um jornalista paulistano que é enviado para Manaus afim de realizar uma detalhada matéria sobre as ervas e plantas alucinógenas do Amazonas. No meio do caminho, embalado pelo efeito do chá de uasca, ele acaba conhecendo Serena. Uma mestiça meio índia, meio dinamarquesa, que tem os dois polegares decepados devido a tradição da tribo em que foi criada.

Quando pensa que está pronto para encerrar suas pesquisas e voltar pra casa, ele conhece Polaco em um bar da cidade. Um gringo que surge sem aviso e começa a lhe contar uma história perturbadora que vai atrasar seus planos de retorno e leva-lo para um engenhoso caso de conspiração.
O tema bem que poderia ser o enredo de mais um filme americano se não tivesse o toque abrasileirado de Veríssimo que já fica evidente pela escolha do cenário onde passa sua estória. Sabemos que a Floresta Amazônica já possui muitas lendas e mistérios por si só, mas Veríssimo consegue criar mais uma que se passa em um afluente de um afluente de um afluente do Rio Negro.

A obra está longe de ser a melhor do autor, mas também não foge do seu talento peculiar que está muito bem representado nessas páginas. Eu diria que ‘O Opositor’ é mais indicado para introduzir um novo leitor a obra de Veríssimo. Talvez, quem já está familiarizado com sua escrita conclusiva pode sentir falta de um final mais contundente perante uma trama tão bem desenvolvida, mas é algo que não fere em nada o conjunto da obra.


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