O cigarro Hollywood e suas crises de identidade
Em sua última metamorfose a marca de forma inesperada, mas com uma forte publicidade envolvida, pulou do ‘azulzinho básico’ para um preto e dourado agressivo, passando a se chamar Hollywood Gold. O que acabou com todas as características em que baseei minha escolha de fumante. Percebe o drama?!
Essa crise de identidade da marca fica ainda mais evidente quando, em uma viagem, descobri que a mudança para ‘Gold’ só ocorrera aqui no estado de São Paulo, e que lá na minha terra natal por exemplo, no Rio de Janeiro, o maço manteve o seu designer azul da cor do mar.
Pra que isso? É de entortar a cabeça de qualquer tabagista.
E agora, nos últimos dias, sem aviso prévio, imaginem que o cigarro retornou para sua versão ‘blue’ novamente aqui em Sampa. E talvez como forma de ‘bônus’ por toda essa confusão infundada causada aos viciados usuários, a empresa teve ao menos a condescendência de retornar com uma versão em box e sem aumento no valor do maço. Finalmente alguma vantagem nessas mudanças todas.
Mas sério, por favor Souza Cruz, não faça mais isso. Muitas vezes nossa marca de cigarro preferida é parte integrante de quem nós somos, e alterar seu design, sabor, ou até acabar com uma linha de um produto (o que vocês fazem com certa frequência), afeta diretamente no conceito pessoal de um tabagista, e isso não é coisa que se brinque. Eu não confio em pessoas que fumam Marlboro por exemplo, o Derby é tão ‘de pedreiro’ que tenho a impressão que pode ser comprado com vale transporte, e o Free me soa tão afrescalhado (até no nome) que entrega a sexualidade de qualquer um. E eu prefiro o câncer, a ter que migrar para algumas dessas marcas.
Portanto tratem de manter o padrão de seus produtos e parar com essa palhaçada, antes que eu acabe tomando a drástica decisão de parar de fumar.
Grato,