O Canto da Sereia, um noir baiano
Quem ainda acha que o detetive de um romance policial tem que ser aquela figura misteriosa, com barba por fazer, chapéu, sobre-tudo e problemas com alcoolismo,… ou está vivendo em um passado remoto, ou é muito influenciado pelo o que é feito pelos gringos.E para quebrar todo esse paradigma, lhes apresento o livro O Canto da Sereia do grande Nelson Motta, que na forma de um ‘noir baiano’ nos conta a resolução de um crime que contém todos os ingredientes há ser desvendado por uma mente brilhante como a de Sherlock Holmes. Mas nas ruas do Pelourinho, em Salvador, é o investigador particular (e jornalista nas horas vagas) Augustão que segura a bronca, um moreno de cabelo rasta e cheio de ‘axé’ que para resolver seus casos, prefere recorrer a serenidade de um baseado.
Esta aí um livro que cumpriu sua proposta e manteve o ‘culpado’ em suspense até o final. Sua trama foi tão bem construída, que em nenhum momento durante a leitura eu tive se quer coragem de arriscar um palpite e correr o risco de acusar injustamente algum personagem de assassinato.
“Nunca se viu nada parecido na Bahia. O assassinato da musa do carnaval, em plena terça-feira gorda, eletrizou Salvador – quem teria motivos para matar a linda Sereia, que aos 22 anos se tornara uma estrela exuberante do pop nacional? A princípio ninguém, mas a lei do suspense clássico também vigora nesta trama de belos e misteriosos cenários baianos.Incluindo o mordomo, são todos suspeitos: os produtores artísticos, a fiel empresária, o compositor dos hits de Sereia e a mãe de santo mais poderosa da Bahia.”
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