O Caçador de Bruxas

POSTADO POR: admin qua, 24 de julho de 2013

O Caçador de Bruxas (Witchfinder General)
Diretor: Michael Reeves
Roteiro: Tom Baker, Michael Reeves, Louis M. Heyward (Cenas adicionais), Edgar Allan Poe (Poema The Conqueror Worm – não creditado)
Ano: 1968
País: Reino Unido
Atores: Vincent Price, Ian Ogilvy, Rupert Davies
Em 1695, na Inglaterra, uma sangrenta guerra civil divide o país. De um lado, o partido do Rei Carlos e, do outro, os parlamentares de Cromwell que, talvez pela época em que as superstições são fortes e uma atmosfera onde reina a falta de escrúpulos, apoiam Matthew Hopkins, dando-lhe poderes para sua suposta cruzada a fim de eliminar a bruxaria. Acompanhado por seu comparsa John Stearne, o típico carniceiro a fim de regalias, mulheres e dinheiro, causam um pandemônio por onde passam, sempre à serviço da “lei”. Torturando homens e mulheres até à morte, não sem antes exigir delas, ou daquelas que querem salvar os acusados, favores sexuais. Até quando chegam a uma cidade e fazem o mesmo com Barbara e seu tio, sem saber que ela é noiva de um soldado. A partir daí, a situação se intensifica.

O Caçador de Bruxas é um filme bastante sério, cru e dramático, apresentando como ‘senhor da lei’ um homem doente, cheio de perversões e prazeres obscuros. Suas “técnicas” a fim de provar quem são os endemoniados chegam ao absurdo, eliminando qualquer possibilidade do(a) acusado(a) mostrar-se livre da acusação. Tudo nesta película é levado à sério, deixando de lado qualquer momento leve. Até nos raros momentos cômicos, tais são recheados de sujeira e canalhice.
As transições de uma cena para outra, em algum momento, lembram muito a criatividade estética utilizada, décadas depois, no espetacular Dracula de Bram Stocker (Francis Ford Coppola-1992). Sua trilha sonora, principalmente o tema, lembra a música tema de O Mestre dos Brinquedos (1991). Não a melodia, mas a sonoridade.

Talvez esta seja a atuação mais impactante de Vincent Price em sua trajetória pelo horror. Um filme ímpar, de caráter histórico, que apresenta o terror em sua pior forma. Cru e parte de um passado real de um país.
Imperdível e impactante.
Premiações:
Foi indicado ao Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films, USA – na indicação Melhor filme clássico lançado em 2008.
E qual o pensamento que tirei sobre?
Certos filmes chocam devido sua sinceridade.
Curiosidades:
O diretor queria que Donald Pleasence (Nosso querido Doutor Loomis, de Halloween-1978) encarnasse Matthew Hopkins, mas a AIP, distribuidora americana e co-financiadora do filme, insistiram em Vincent Price. Michael, de muita má vontade, aceitou.
O compositor da trilha, Paul Ferris, atuou no filme usando o pseudônimo Morris Jar, numa homenagem ao compositor Maurice Jarre. Uma trilha sonora completamente nova foi composta para a edição americana, por Kendall Schmidt.
Robert Russel foi dublado por Bernard Kay.
No primeiro dia de filmagem, Vincent Price caiu do cavalo. O diretor recusou-se a vê-lo, esperando que um raivoso Price ajudasse o ator  a deixar seu personagem mais feroz.
Texto retirado da Wikipedia sobre Matthew Hopkins:
Matthew Hopkins nasceu no condado de Suffolk, em ano desconhecido. O mais provável é que tenha nascido em 1620. Seu pai, James Hopkins, era um clérigo puritano. Matthew Hopkins trabalhava como advogado em Manningtree, uma vila próxima a Colchester, onde começou sua carreira de caçador de bruxas, depois de boatos que ouviu sobre mulheres que conversavam com o Diabo.
Matthew se dizia enviado do parlamento inglês em suas caçadas. Para conseguir a confissão de suas vítimas, Matthew e seu sócio John Stearne usavam métodos que convenciam o povo da época. A ausência de dor e sangue, conhecida como Marca do Diabo, era uma prova que Matthew usava em suas descobertas e, aproveitando deste fato, Matthew e John conseguiam, de alguma forma, espetar agulhas em mulheres sem que elas sentissem dor ou sangrassem. O uso de agulhas retráteis é uma hipótese bastante aceita, que já fora utilizada em antigas caçadas a bruxas e também citada no livro Cautio Criminalis.
Calcula-se que Matthew tenha sido o responsável pela morte de aproximadamente 200 mulheres. Matthew Hopkins exigia que seus serviços fossem pagos pelas comunidades onde as descobertas de bruxas ocorriam. Durante este período, Matthew Hopkins foi acusado de fazer parte de uma seita satânica. Seu livro A Descoberta das Bruxas (The Discovery of Witches) foi escrito como uma reação a isto. O livro foi publicado em 1647. Neste ano Matthew também viria a falecer em sua casa, de causas desconhecidas.
Você assiste o filme completo e legendado no vídeo abaixo: