O Androide (Paulo de Castro)
Em uma guerra previsível que culminou no completo extermínio da humanidade, os robôs passam a dominar completamente o planeta, vivendo divididos em castas conforme as suas funções, regidos por uma ordem totalitária. É nesse cenário que o androide JPC-7938, originalmente designado para cirurgias médicas e atualmente ocioso pela eterna falta de pacientes, começa a desenvolver um complicado processo para recriar os humanos, já extintos por mil anos.
Enfrentando o poderio do sistema ditatorial vigente, o androide inicia uma aventura para conseguir os materiais genéticos necessários para realizar o seu projeto de trazer a raça humana de volta a vida, encontrando outros robôs que acabam aderindo e ajudando JPC-7938 com seu plano.
Com uma narrativa sensitiva, o autor consegue imprimir características fortes aos personagens, muitas vezes fazendo o leitor esquecer que eles não são humanos. Sendo que essa mesma questão também proporciona cenas e dilemas expressivos, que seriam impossíveis em outro tipo de contexto, gerando interessantes conflitos que deixam a leitura densa em pontos específicos no desenrolar desse enredo.
Apesar de apresentar um começo lento e intrigante, sem maiores explicações do que espera o leitor pela frente, a obra logo marca um ritmo crescente que consegue não se perder dentro das suas próprias referências.
Devido a originalidade do seu conceito inicial, ‘A Androide’ conquista a atenção do leitor com pequenas ações bem elaboradas de roteiro, que mantém um suspense homeopático cadenciado de capítulo a capítulo, que nos carrega sem pretensão para a resolução de cada arco dessa história.
Com uma ideia simples conectada à um argumento medidamente complexo, o trabalho de Paulo Castro desafia os esterótipos, e abre portas internas para um gênero que não cansa de me surpreender pela sua versatilidade.
Para conhecer o final dessa história, clique agora no banner abaixo da nossa parceira Amazon e compre o seu exemplar. Depois volte aqui e conte a sua própria experiência com o livro em nossos comentários.