NetFê – Garimpando a Netflix: ‘River’

POSTADO POR: admin qua, 07 de setembro de 2016

Olá, eu sou a
Fernanda, e passo mais tempo escolhendo filmes na Netflix do que assistindo
(mentira, eu assisto bastante).

Já está esperando
uma crítica da segunda temporada de “Narcos” ou o aviso de que no final de
setembro estreia “Luke Cage”, né?
Então… Gosto
muito de acompanhar esses sucessos também, mas amo achar tesouros dentro do
infinito catálogo da Netflix.
Pode não ser
aquele filme sensacional, mas é uma obra diferente, que te cativa, e que anos
depois de ter esquecido algum blockbuster, você ainda se lembra de detalhes
daquele filminho estranho que você viu na mesma época.
Passando pelas
milhares de coloridas capas de filmes da nossa amada Netflix, você nunca
percebeu esse senhorzinho, sentado lá no canto, com um olhar triste que só?
O título, simplesinho
de tudo: “River”.
A sinopse fala de
um policial perto da aposentadoria, circulando entre o mundo dos vivos e dos
mortos para tentar desvendar o assassinato da parceira dele.
Méh, você lê a
sinopse e pensa: “Mais uma historinha de investigação, só que com fantasmas
ajudando o protagonista… Sei lá, acho que já vi isso antes”, não é?
Só que River não é
nada disso que a gente espera da série. É muito menos.
Calma, vou
explicar. Eu estou fortemente recomendando essa série, é um perfeito exemplo de
quando menos é mais, muito mais.
A série é curta,
existe só pra contar uma história, não tem compromisso com novas temporadas e
nem com opinião do público, e logo de cara, você descobre que aquela
investigadora que está acompanhando o protagonista está morta, mortinha de
tudo, com um rombo na parte de trás da cabeça.
Não é spoiler,
gente!
Isso é contado nas primeiras cenas, tá até no trailer (não vou postar o
trailer porque ele é bem chatinho e mostra uma cena muito forte do final) e eu
tenho que contar isso pra vocês porque é esse o charme da série: Ela é honesta.
Ao contrário de
outra série de sucesso por aí, onde você fica uma temporada inteira tentando
entender a trama para no final da temporada descobrir que o protagonista tem
problemas mentais (não é spoiler, não falei qual é a série, então não estraguei
a surpresa de ninguém), em “River” você fica sabendo logo de cara que a
parceira do velho policial é uma fantasma.
E não acaba aí, o
River (é o nome do policial) sabe que ela é só uma ilusão, e tenta lidar com
isso durante toda a série.
O personagem tem esquizofrenia,
e sabe disso. Sempre que ele assume um caso, ele é assombrado pela vítima, e
mesmo sabendo que aquilo é uma ilusão, ele se relaciona com esses fantasmas
para tentar desvendar o crime.
E o mais legal
ainda, como os fantasmas são apenas uma manifestação do subconsciente do River,
esses fantasmas não darão nenhuma informação útil para ele, só ficarão
atormentando-o para que ele repense o caso e ache alguma pista.
“River” é uma
daquelas séries que, depois que você começa, não consegue largar. Não só pela
trama, que é bem amarrada, como principalmente pelo carisma dos personagens, os
diálogos do River com seus fantasmas são muito bons, e as quebras de ritmo que
a fantasma-parceira dá são ótimas.
Ah, e tem essa
música aqui:
Depois do final da
série, vocês vão achar essa uma das músicas mais tristes do mundo, como eu
chorei no final do último episódio.
Se você estiver assistindo acompanhando, pode chorar
sem vergonha alguma: a Tristeza do DivertidaMente nos mostrou que chorar é
necessário para o nosso bem-estar.