Mila Kunis da televisão, para a palma da minha mão

POSTADO POR: admin sex, 03 de agosto de 2012

A Televisão de Einstein e Mila Kunis
Controle de Materialização
Universal para Imagens Televisivas

Camaradas, dia desses entrou um velho cientista aqui em casa… Veio
com um papo estranho de que eu poderia ajudá-lo com seu invento mais recente.
Levei um susto miserável.
-Ei velhaco, antes de mais nada como é que você entrou aqui?!
-Ué… Não lhe parece lógico?
-Não. Arrombou a janela com a bunda?
-Desfragmentei minha matéria e a reconstituí do outro lado da porta.
Veja!
O cientista de cabelos brancos e com pinta de Einstein desapareceu
após apertar botões vermelhos em um tipo de controle remoto prateado. A
campainha tocou. Corri para abrir e o sujeito estava lá me olhando, cara de
sabichão.
-E Então? – Disse o cientista.
-Então que você deve ser ilusionista ou fez trato com Satanás. Já vou
logo te avisando: eu posso continuar vendendo poucos livros, mas a minha alma
você não vai levar não. Avise a ele.
-Você é mesmo escritor, rapaz? Está agindo como um pateta religioso!
-Devo ser ‘escriteiro’ mesmo… Diga aí.
-Escute bem: quero que você teste o meu controle de materialização universal para imagens televisivas.
-E o que é isso?
-Bem, eu sei que pode lhe soar como coisa improvável, mas este
controle permitirá que uma pessoa comum capture qualquer imagem da TV com
apenas um clique.
-Tá legal, cara… Tá legal. Capturar coisas da tela com um clique.
Vamos ver se funciona…
Sorrindo, liguei a TV da sala, e por sorte estava passando um
comercial de fast food. O cientista
doidão mirou a tela com seu controle remoto, apertou o botão do meio e,
imediatamente, um Milk shake de
chocolate apareceu em minha mesinha de centro.
-Aí está seu milk shake
coberto com pedaços de chocolate. Bom apetite!
Bebi um gole, meio cabreiro, porém o sabor estava delicioso.
Assustadoramente delicioso.
-FANTÁSTICO, MEU AMIGO… INCRÍVEL! É… É o mesmo milk shake da loja. Fantástico! E como
eu poderia ajudar o senhor?
-Teste o controle remoto por apenas dois dias. Depois escreva um
relatório sobre os benefícios e fatores negativos.
-Fatores negativos?
-Sim, o controle está em fase de testes. Por isso estou na disposição
de pagar cinco mil ao senhor; serão somente dois dias tranquilos de
experimentação segura.  O que acha?
-Cinco pilas? Ok, cara.
Negócio fechado.
O cientista me alertou sobre não clicar em imagens de prédios ou
estátuas gigantes, sob o risco de destruir meu imóvel num único clique.
Alertou-me, também, para ter cuidado, pois uma vez que a coisa se
materializasse não poderia voltar para a tela da TV. Seria uma réplica nova,
viva e permanente.
-Ah, outro detalhe: nós ainda não clicamos em seres humanos. Tome
muito cuidado se decidir arriscar com seres vivos.
-Tudo bem. E como eu faço para encontrar o senhor?
-Não se preocupe. Eu voltarei para buscar o relatório. Tome a quantia
adiantada. E aqui está o seu controle.
-Opa! Dinheiro adiantado é sempre melhor. Até mais ver, senhor
cientista.
Assim que o velho saiu, eu pude abrir uma garrafa de vinho tinto e
sentar na poltrona de frente à TV. Que loucura era essa de controle de materialização universal para imagens televisivas? Como é que alguém conseguiu inventar
um aparelho tão fantástico assim? Dane-se. Eu quero é brincar. Sigo mudando os
canais; encontro um comercial de seguradora, em plano de fundo repousa uma
pilha de dinheiro. Tomei bastante cuidado e mirei bem na direção da grana.
Cliquei. De imediato o dinheiro aparece no meu sofá. Vinte e cinco mil em notas
novas (cheirosas), de cem e de cinquenta.
-OH, MEU DEUS! É DINHEIRO, DINHEIRO DE VERDADE!
Tudo bem… Devo confessar que pirei e passei a tarde inteira clicando
em notas de dinheiro que surgiam nas propagandas. O controle remoto era um
sucesso, em pouco tempo acumulei quatro milhões e quinhentos mil reais livres
de impostos e lógicas. Um enorme sucesso!
Não perdi tempo: cliquei em vídeo games de última geração, DVDs,
livros, eletrônicos, roupas de grife, sapatos… Aliás, o sapato foi o único a
apresentar problemas na transição da tela para a realidade, aparecendo sempre
no número 36. Não me serviram de nada. Coloquei isso no meu relatório de
efeitos negativos.
Ah, grande sorte encontrar um programa sobre degustação de vinhos
famosos! Cinquenta garrafas dos melhores vinhos do mundo alojadas em minha nova
adega elétrica. Coisa de louco.
Cliquei em deliciosos pratos do mundo inteiro, enlatados que apareciam
em propagandas de supermercado, biscoitos, congelados… Um rei na poltrona dos
desejos! Fiz tantas compras que nem cabiam mais em casa. Agora, faltava o teste
final.
No último dia, eu decidi clicar
em uma mulher, e fechar com chave de ouro a minha bem sucedida experiência.
Observei com cautela, analisei os riscos, mas por impulso peniano maior acabei
clicando em Mila Kunis.
Bem… Ocorre que Mila Kunis de verdade apareceu nua em minha casa,
não uma cópia dela, e isso foi uma merda total. A mulher estava pirada, jogava
objetos em mim e só gritava pedindo help,
help, help
. Eu tentava explicar o ocorrido, mas meu inglês sofrível
permitia pouco, e de repente os vizinhos preocupados invadiram minha casa para
salvar a moça que berrava em desespero. Desceram-me a porrada (evidente),
saquearam minha casa (não deixaram nem o pouco de antes) e ainda levaram a
garota em estado de choque até o consulado; de lá ela foi removida para uma
clínica de recuperação nos EUA. Só mesmo uma viagem aguda de crack (com LSD e
outros mais) poderia levar uma pessoa de um país a outro e a mesma não se
lembrar de nada depois…
Coloquei em meu relatório final: A experiência com seres vivos foi um fracasso. Roubaram o teu controle mágico e
me enfiaram a porrada por causa da Mila Kunis. Deu merda.
O velho cientista com cara de Einstein nunca mais apareceu para buscar
seu controle nem seu relatório final. No entanto, pagou minha fiança, e abafou
a história maluca na mídia com a velocidade de um raio.
Mila Kunis se recusa a receber minhas ligações e pedidos de desculpa.

*dito pelo Allan Pitz
-XXX-
Depois da minha historinha ridícula, fiquem agora com Debarge e seu
contagiante corpo de baile… Até mais ver.

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