ME SALVA – parte 5 (conto-interativo)

POSTADO POR: admin sáb, 24 de setembro de 2011

Este é um conto-interativo que tem comprometido os sábados deste blog. A idéia é apresentar pequenos contos interligados, onde no final de cada um é apresentada uma enquete com opções para que você possa decidir a próxima ação da personagem, assim participando do enredo e influenciando diretamente no final da história.

Para acompanhar seu conteúdo, e começar a participar dessa interatividade, talvez seja necessário que você leia os capítulos anteriores:
– PARTE 1 – PARTE 2 – PARTE 3 – PARTE 4


O conto-Interativo ‘Me Salva’ é postado todo sábado e terá sua enquete encerrada a meio-noite de segunda. Continuando na semana seguinte e assim por diante até o seu final que pode ser a qualquer momento dependendo do rumo que vocês derem a história.

E como que por um espasmo ela se lembrou das palavras ‘… O mal foi semeado naquele lugar que você chama de lar!’, e toda sua tensão foi descarregada em um único suspiro. Suspiro esse que acabou fazendo com que Venina inspirasse uma considerável quantidade da fumaça que empesteava o ambiente. Sua alergia reagiu imediatamente fazendo a jovem iniciar uma seqüência descontrolada de espirros altos suficientes para sobrepujar até mesmo o solo de guitarra que era dedilhado na música que rugia do aparelho.
Foi o suficiente para despertar Evelyn que abriu os olhos e logo depois os fixou em Venina, ou pelo menos em sua direção já que todo o globo ocular da amiga estava tomado de um negro sobrenatural.

E nesse momento Venina percebeu que talvez devesse ter ouvido o estranho…

A jovem
refez os seus passos caminhando de costas para fora do quarto. Quando
alcançou o corredor do apartamento, fechou a porta cuidadosamente a sua frente.

Caminhou em
direção a sala enquanto se perguntava se tudo aquilo se encaixava nos ‘perigos
de cidade grande’ que seus pais tanto insistiam em alertá-la sobre quando
decidiu sair da sua cidadezinha para cursar a faculdade naquela metrópole.
Foi ao
encontro da bolsa que jogou no sofá quando chegara, mas nervosa, demorou a encontrar as
chaves em seu interior e se odiou por guardar tanta bugiganga na bolsa que
ganhara de presente da madrinha por passar em terceiro lugar em um vestibular tão
concorrido.
Quando se
virou para a porta encontrou Evelyn bloqueando seu caminho. A amiga trazia o
pontiagudo abridor de cartas em punho. Seu sangue gelou, mas ainda assim não
conseguiu dar um passo sequer, ficou imóvel, com os pés fixos no chão e os olhos
fixos no sorriso maquiavélico da amiga.
Venina não
reconheceu a amiga com aquele sorriso, mas reconheceu o sorriso da mulher que
trombara na saída do metro na face da amiga.
-Você acabou
de chegar e já vai sair de novo?
-Pois é, eu
ia sair pra comer alguma coisa. Quer que eu traga algo pra você.
Ela tentou
parecer calma, mas sabia que sua expressão corporal desmentiria qualquer coisa
que sua boca proferisse.
-Não
precisa…Eu já tenho tudo que preciso para saciar a minha fome aqui mesmo.
Dito isso, Evelyn
passou a língua pela superfície do abridor de carta de forma ameaçadora,
elevando o status do objeto de um simples utensílio para o de uma arma branca.
No quarto, preciso
como em um ensaio, a música parou de tocar. Venina fechou os olhos e esperou
pelo pior.

E tudo que
se ouviu foi o barulho surdo do metal caindo no assoalho de madeira.
-Mas que
merda é essa? Um símbolo de proteção?!
Venina foi
abrindo os olhos com cuidado e logo se aliviou ao ver a amiga de mãos vazias e
o abridor de cartas jogado no chão.
-Me explica
isso, sua putinha! Como conseguiu essa proteção?! Isso é coisa forte.
Agora os
olhos de Evelyn estavam como deveriam, o preto no branco. Embora fitassem
arregalados as manchas de sangue do estranho que tingiam a blusa da jovem.
Curiosa, Venina
esticou a blusa de forma que pudesse analisar as manchas e percebeu que os
traços feitos pelo homem seguiam uma certa lógica e  pareciam formar uma espécie de
desenho ou símbolo antigo, algo tão rudimentar quanto inscrições em cavernas.
Mas
de alguma forma aquilo estava impedindo que Evelyn a fizesse qualquer tipo de mal.

Resultado da última enquete


Agora chegou a hora de aconselhar a personagem Venina a tomar a melhor decisão nesse momento de tensão. Você pode votar na enquete abaixo até a meia-noite de segunda e acompanhar  o caminho escolhido pela maioria no próximo sábado.
Também é importante que vocês usem os comentários para ampliar essa interatividade que é essencial para subsistência deste projeto. Diga o que achou, sugira novas ações, enfim,…participe e mostre o que tem no crânio. Se não por mim, pelo menos comente pela inocente Venina que tá contando com a sua ajuda para sair ilesa do que a espera… 

O que você acha que Venina deveria fazer?
Correr e se refugiar no quarto.
Tentar pegar o abridor de carta
Empurrar Evelyn para alcançar a porta e sair do apartamento
Contar pra Evelyn sobre o sangue da blusa