ME SALVA – Parte 4

POSTADO POR: admin sáb, 10 de setembro de 2011

Este é um conto-interativo que tem comprometido os sábados deste blog. A idéia é apresentar pequenos contos interligados, onde no final de cada um é apresentada uma enquete com opções para que você possa decidir a próxima ação da personagem, assim participando do enredo e influenciando diretamente no final da história.
Para acompanhar seu conteúdo, e começar a participar dessa interatividade, será necessário que você leia os capítulos anteriores:

– PARTE 1 – PARTE 2 – PARTE 3 –


O conto-Interativo ‘Me Salva’ é postado toda manhã de sábado e terá sua enquete encerrada a meio-noite de segunda. Continuando na semana seguinte e assim por diante até o seu final que pode ser a qualquer momento dependendo do rumo que vocês derem a história.
Pela brecha ela conseguiu ver uma parte da cômoda de Evelyn que se apresentava ainda mais bagunçada que o normal. Não morria de amores pela colega, não gostava das suas roupas, dos seus gostos e nem mesmo de sua voz rouca, mas pelo menos ela pagava o aluguel em dia. Mesmo não tendo nenhum trabalho que fosse da ciência de Venina.
Ela parou no corredor e decidiu examinar melhor a cena. 
Espiou pela brecha da porta de um outro ângulo na esperança de que ele pudesse lhe revelar alguma pista da mais nova loucura da amiga. Logo  Venina localizou a origem do odor ao ver um jarro de barro posto numa espécie de altar que liberava uma fumaça escura indicando que algo queimava em seu interior.

Aos poucos a jovem foi empurrando a porta tentando inutilmente evitar
que as dobradiças fizessem algum barulho, sem se tocar que qualquer tipo de ruído seria
facilmente abafado pela música pesada que jorrava furiosamente do aparelho
de som de Evelyn.
A cena que Venina encontrou no quarto da amiga era no mínimo
bizarra.
Finalmente pode ver melhor o altar que antes só espiara pela fresta da
porta. Ele estava cuidadosamente postado em frente a janela do quarto que
aberta de forma escancarada convidava o vento frio da noite a entrar. O jarro
fumegante estava a direita de um pentagrama que parecia ter sido talhado
diretamente na madeira do piso com algum tipo de ferro em brasa, e no centro da
figura jazia um gato malhado visivelmente morto que logo Venina reconheceu como
sendo da vizinha.
A jovem correu o olhar pelo lugar e encontro Evelyn em pé, em cima da
cama, apoiada apenas nas pontas dos pés mas incrivelmente nenhuma pressão de seu
peso era impressa no colchão. Venina pode jurar que a amiga estava levitando,
mesmo que a apenas alguns míseros milímetros do chão.
O cabelo mal tratado de Evelyn recebia diretamente a corrente de ar
que emanava da janela aberta e por isso rodopiava ferozmente ao redor de sua cabeça, não
só ele, mas também alguns pequenos objetos como papéis, fotos, canetas e até
mesmo um antigo abridor de cartas giravam, flutuando ao redor da amiga que de
olhos fechados entoava alguns murmúrios que pareciam acompanhar a música.
Venina percebeu que a amiga precisava de ajuda, mas também sabia que
não era a pessoa mais indicada para exercer a função.
Imaginou que Evelyn pudesse ter ido longe demais com seu hobby gótico,
e provavelmente depois de tanto flertar com um monte de livros e amigos
esquisitos que faziam correr um frio pela espinha de Venina, finalmente sua
loucura tinha dado em algum tipo de resultado que não podia ser ignorado nem mesmo
pelo ceticismo convicto da jovem estudante de jornalismo.
E como que por um espasmo ela se lembrou das palavras ‘… O mal foi
semeado naquele lugar que você chama de lar!’
, e toda sua tensão foi
descarregada em um único suspiro. Suspiro esse que acabou fazendo com que Venina
inspirasse uma considerável quantidade da fumaça que empesteava o ambiente. Sua
alergia reagiu imediatamente fazendo a jovem iniciar uma seqüência
descontrolada de espirros altos suficientes para sobrepujar até mesmo o solo de
guitarra que era dedilhado na música que rugia do aparelho.
Foi o suficiente para despertar Evelyn que abriu os olhos e logo
depois os fixou em Venina, ou pelo menos em sua direção já que todo o globo
ocular da amiga estava tomado de um negro sobrenatural.
E nesse momento Venina percebeu que talvez devesse ter ouvido o
estranho…

-Resultado da última enquete


Agora chegou a hora de aconselhar a personagem Venina a tomar a melhor decisão nesse momento de tensão. Você pode votar na enquete abaixo até a meia-noite de segunda e acompanhar  o caminho escolhido pela maioria no próximo sábado.

Também é importante que vocês usem os comentários para ampliar essa interatividade que é essencial para subsistência deste projeto. Diga o que achou, sugira novas ações, enfim,…participe e mostre o que tem no crânio. Se não por mim, pelo menos comente pela inocente Venina que tá contando com a sua ajuda para sair ilesa do que a espera… 

O que você acha que Venina deveria fazer?
Tentar conversar com Evelyn
Ir para o seu quarto sem nada dizer
Sair do apartamento