ME SALVA – final (conto-interativo)

POSTADO POR: admin sáb, 01 de outubro de 2011

Este é um conto-interativo que comprometeu os últimos sábados deste blog. A idéia era apresentar pequenos contos interligados, onde no final de cada um era apresentada uma enquete com opções para que o leitor possa decidir a próxima ação da personagem, assim participando do enredo e influenciando diretamente no final da história.

Para acompanhar seu conteúdo, talvez seja necessário que você leia os capítulos anteriores:

– PARTE 1 – PARTE 2 – PARTE 3 – PARTE 4 – PARTE 5 –

Hoje o conto-Interativo ‘Me Salva’ chega ao fim e vocês verão o final que vem se resenhando baseado nos caminhos que vocês escolheram.
-Mas que merda é essa? Um símbolo de proteção?!
Venina foi abrindo os olhos com cuidado e logo se aliviou ao ver a amiga de mãos vazias e o abridor de cartas jogado no chão.
-Me explica isso, sua putinha! Como conseguiu essa proteção?! Isso é coisa forte.
Agora os olhos de Evelyn estavam como deveriam, o preto no branco. Embora fitassem arregalados as manchas de sangue do estranho que tingiam a blusa da jovem.
Curiosa, Venina esticou a blusa de forma que pudesse analisar as manchas e percebeu que os traços feitos pelo homem seguiam uma certa lógica e  pareciam formar uma espécie de desenho ou símbolo antigo, algo tão rudimentar quanto inscrições em cavernas.
Mas de alguma forma aquilo estava impedindo que Evelyn a fizesse qualquer tipo de mal.
Poucos segundos para pensar e reagir. Era o curto tempo que Venina
disponha. Evelyn não ficaria surpresa para sempre e ela não podia prever por
quanto aquela ‘magia’ pintada a sangue em seu peito poderia manter aplacada a
fúria da amiga.
Com toda força que lhe resta ela empurra Evelyn em direção o sofá e em seguida corre para a porta procurando
a chave certa com as mãos tremulas enquanto a amiga se estabaca do outro lado do móvel.
O som da fechadura girando aliviou um pouco da tensão que esmagava seu
coração, mas antes que pudesse tocar na maçaneta a porta se abriu como que por
encanto acrescentando outra figura sinistra a cena.
Se não fosse pelas vestimentas maltrapilhas, Venina jamais
reconheceria o estranho que a coisa de uma hora atrás apavorou a jovem durante
seu trajeto pra casa. O rosto que antes estava coberto de ferimentos, que o
tornava irreconhecível até mesmo para a própria mãe do coitado, agora estava
quase que totalmente restaurado, revelando o semblante de um jovem elegante de olhos frios acinzentados que agora visto de pé assustava também pelo seu enorme tamanho.
O coração da jovem voltou a se apertar em tensão e suas pernas
novamente não respondiam mais ao seu comando!
Com um movimento rápido o homem deslocou Venina para o lado. O corpo ainda em choque da jovem não apresentou resistência e saiu do caminho do
estranho deixando ele frente a frente com Evelyn que fora do campo de visão de
Venina já se recuperara do empurrão e novamente se armara do pontiagudo abridor
de carta.
Evelyn urrou ao ver o estranho postado a porta e correu em sua direção
armando um ataque. O homem remexeu o poncho mal tratado e de
dentro  sacou um florete, e com um golpe certeiro estocou o coração da jovem com sua ponta.
Venina viu a amiga deslizar sem vida na lamina esguia do estranho, mas
não sabia ao certo se aquilo o tornava seu salvador. Por cautela preferiu
recuar alguns passos do gigante.
-Josiel! – Disse o homem enquanto limpava com um pedaço do próprio
poncho o sangue da amiga que escorria do florete, tornando seu aspecto ainda
mais repugnante.
-Como?
-Josiel. É esse o meu nome.
-Eu não tive culpa…- Foi tudo o que a jovem conseguiu dizer.
-É, eu sei…A culpa nunca é de vocês.– Josiel apontou a ponta do florete
para o peito da moça que por reflexo levou as mãos ao peito e recuou mais alguns
passos. – Pelo visto o símbolo de proteção funcionou. Te manteve segura até que
eu me recuperasse a tempo de salva-la.

A jovem balançou a cabeça positivamente e em seguida, com certo pesar,
desviou o olhar pro corpo inerte da amiga.
-Me salvar?!
-Exato. E não pense que foi uma tarefa fácil. Agora vamos, temos que sair daqui. Esse lugar não é seguro.
-Sair? Mas para onde? Por que?
Josiel olhou bem fundo nos olhos de Venina por algum tempo e com isso estudou a jovem. Queria certifica-se de que ela estava pronta para ouvir a resposta da pergunta que fizera.
-Eu preciso de você,… pra me salvar.


-Resultado da última enquete

Gostaria de agradecer a todos que votaram e comentaram a cada post, alimentando o projeto e tornando sua realização viável. 
Espero novamente poder contar com suas participações nos comentários com um feedback dessa primeira história e aguardo  todos no próximo ‘Conto-Interativo’.