‘Me Salva’ – conto-interativo

POSTADO POR: admin sáb, 13 de agosto de 2011

A partir de hoje, os próximos sábados do blog estarão comprometidos com o projeto que batizei de ‘Conto-Interativo’. A idéia é apresentar contos curtos interligados, e no final de cada um é apresentada uma enquete com opções para que você possa decidir a próxima ação da personagem, assim participando do enredo e influenciando diretamente no final da história.
O Conto-Interativo será postado todo sábado pela manhã e terá sua enquete encerrada a meio-noite de segunda, continuando na semana seguinte e assim por diante até o seu final que pode ser a qualquer momento dependendo do rumo que vocês derem a história.
Nessa primeira experiência vocês terão que ajudar a jovem estudante Venina Peixoto que chegou a pouco tempo do interior para cursar a faculdade de jornalismo em uma grande metrópole. Em meio a sua difícil fase de adaptação e a desconfortável convivência com sua estranha colega de quarto, hoje só o que ela precisa é da sua ajuda para conseguir chegar inteira ao final dessa noite…

O ônibus atrasara mais do que o de costume. Por isso Venina foi forçada a usar o metrô, e ela odiava isso. Alem da lotação que desafiava várias das leis da física, ela ainda teria que andar um trecho a pé por uma rua nada agradável que a essa hora da noite representava um perigo eminente para uma mulher sozinha.
Mas não tinha outra maneira, precisava encarar. Ainda restam muitos anos nessa cidade até terminar seu curso, e se pretendia concluí-lo precisaria encarar não só aquela rua escura, mas também toda aquela cidade enorme que parecia testa-la constantemente.

Tomou fôlego e começou a subir as escadas do metrô. Uma mulher vestida com longas botas de couro vermelho descia os degraus apressadamente na direção oposta e acabou esbarrando em Venina  que acabou derrubando seus livros que rolaram escada abaixo. Ela se abaixou para recolhê-los e com o olhar procurou a tal mulher que a atingira na esperança de que ela a ajudasse, como um gesto de cordialidade. A princípio foi o que pareceu quando a estranha se abaixou e pegou apenas um dos livros, mas ao invés de devolvê-lo a Venina, ela o abriu em uma página aleatória, tirou da boca o chiclete que mascava e grudou nas folhas do livro. Depois fechou e arremessou em direção a sua dona.
Venina ainda tentava crer no que seus olhos viam quando a mulher saiu gargalhando e atravessou uma das roletas do metrô. Sem opções, ela praguejou algo sobre sua falta de sorte murmurando sobre o excesso de pessoas loucas nessas grandes capitais.
Em seguida seguiu seu caminho.

Ela fez uma pequena parada antes de dobrar a primeira esquina. Pegou ar em uma inspiração profunda e depois apertou os passos seguindo pela rua como se quisesse fazer todo o trajeto até seu prédio em um só fôlego.
A falta de iluminação ressaltava a decadência do lugar. Venina sabia que deveria ter levado em conta a vizinhança antes de escolher sua nova moradia, mas infelizmente teve que deixar o baixo valor do aluguel falar mais alto e aceitar dividir um pequeno apartamento com Evelyn, uma menina excêntrica cheia de manias estranhas. Mas pelo menos deixava Venina em paz para se concentrar em seus estudos.
Após seus primeiros passos ela se depara com o que parece ser um sem-teto caído em um canto da calçada. Ele tenta inutilmente se levantar usando as grades de um portão como apoio, mas aparentemente bêbado, não consegue reunir forças para a ação.
A jovem tomou um pouco de distancia ao passar perto, beirando a rua pela guia da calçada para evitar o individuo. Temia que ele agarrasse seu pé ou coisa do tipo. Enrijeceu o corpo e empinou o rosto tentando passar uma imagem de mulher segura, e continuou.

Ao cruzar com o homem, ele murmurou algumas palavras que ela não compreendeu. Era como se ele tivesse algum problema na fala,…ou na boca. Ela tentou ver o rosto do homem, mesmo que de relance, mas a luz no local era fraca e um boné escondia ainda mais seu rosto.
O homem cuspiu algo que quase atingiu os sapatos de Venina. Mesmo no escuro não foi difícil perceber que era sangue. Por instinto ela parou para analisar melhor a situação por alguns segundos, era claro que o homem tinha sido violentamente surrado recentemente.
O que fez ela imaginar que o agressor não deveria estar muito longe…

Agora chegou a hora de aconselhar a personagem Venina a tomar a melhor decisão nesse momento de tensão. Você pode votar na enquete abaixo até a meia-noite de segunda e acompanhar  o caminho escolhido pela maioria no próximo sábado. Não se esqueça que uma escolha errada pode ser fatal para a jovem do interior. 
Também é importante que vocês usem os comentários para aumentar essa interatividade que é essencial para subsistência deste projeto. Diga o que achou, sugira novas ações, enfim,…participe e mostre o que tem no crânio. Se não por mim, pelo menos comente pela inocente Venina que tá contando com a sua ajuda para sair ilesa do que tenho preparado pra ela… 

O que você acha que Venina deveria fazer?
Ignorar o estranho e continuar seu caminho pra casa.
Parar e tentar escutar o que o homem está murmurando.
Voltar ao metrô e procurar ajuda para o estranho.
Tentar ajudar o estranho com seus ferimentos.