Livros que encontram esperança mesmo durante um apocalipse

POSTADO POR: admin ter, 12 de julho de 2016

O apocalipse é um evento geralmente apresentado em tons de profundo desespero. Algo bem compreensível em se tratando do extermínio de toda a vida na terra, imaginados de diversas formas em muitos livros que retratam um futuro apocalíptico. Mas, só porque o fim do mundo joga toda a humanidade em desgraça, não significa necessariamente que a ficção precisa carregar esse estigma eternamente. Também existe mérito nos enredos que conseguem encontrar esperança e beleza, mesmo nas piores circunstâncias.

Com a extinção da nossa espécie sendo especulada a cada polegada de derretimento das calotas polares, parece que a ficção tem tido um surto de títulos recentes abordando este tema, enfatizando a elegância inerente de tudo caindo aos pedaços. Mas aqui selecionamos alguns livros que proporcionam um certo conforto de que ainda haverá esperança mesmo após o nosso futuro apocalíptico:
Estação Onze (Emily St. John Mandel)
Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar. Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a superar tudo, até mesmo o fim do mundo. (Editora Intrínseca)
O Último Policial (Ben H. Winters)
Qual o sentido de se investigar um assassinato se em breve todos irão morrer? O detetive Hank Palace, do departamento de polícia de Concord, New Hampshire, enfrenta essa questão desde que o asteroide 2011GV foi avistado, em rota de colisão com a terra. 
Segundo os especialistas, a tragédia é certa e não há chance de sobrevivência para a humanidade, apenas seis preciosos meses até o impacto final. Enquanto a maioria das pessoas abandonam seus trabalhos, casas e famílias e as instituições começam a ruir, Palace insiste em investigar um suposto suicídio, que ele acredita não ser só mais um entre os inúmeros casos que tomam o país como una epidemia. 
Em um mundo à beira do colapso, o detetive rema contra a maré e enfrenta questões que vão muito além de encontrar o culpado: o que devemos uns aos outros como seres humanos? E o que significa ser civilizado quando a civilização desmorona ao nosso redor. (Editora Rocco)
A Vida Como Ela Era: Os Últimos Sobreviventes (Susan Beth Pfeffer)
Quando Miranda começa a escrever um diário, sua vida é como a de qualquer adolescente de 16 anos: família, amigos, garotos e escola. Suas principais preocupações são os trabalhos extras que os professores passaram – tudo por causa de um meteoro que está a caminho da Lua. Ela não entende a importância do acontecimento; afinal, os cientistas afirmam que a colisão será pequena. 
O que Miranda não sabe é que os cientistas estão muito enganados… Para surpresa de todos, o impacto da colisão é bem maior do que o esperado, e isso altera de modo catastrófico o clima do planeta. Terremotos assolam os continentes, tsunamis arrasam os litorais e vulcões entram em erupção. Em 24 horas, milhões de pessoas estão mortas e, com a Lua fora de órbita, muitas outras mortes são previstas. Miranda e sua família precisam, então, lutar pela sobrevivência em um mundo devastado, onde até a água se torna artigo de luxo. 
Através do diário da adolescente, A Vida Como Ela Era nos conduz por uma emocionante história de persistência, ensinando-nos que, mesmo diante de tempos assustadores e imprevisíveis, o recurso mais importante de todos – aquele que jamais deve ser extinto – é a esperança. (Editora Bertrand Brasil)
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