5 Livros para ler se você sente falta da série: ‘OZ’

POSTADO POR: admin qua, 01 de abril de 2015

Todos temos nossas series televisivas favoritas, e se dependesse de nós, a maioria delas seriam produzidas ad infinitum para o nosso bel prazer; mas infelizmente o formato deste produto tende a passar por nossas vidas durante anos, marcar instantaneamente todo uma geração e deixar nada mais do que muita saudade ao fim da sua última temporada.
Foi pensando nisso que criamos este espaço banzo, com o intuito de indicar livros que possuam conceitos semelhantes ao de séries passadas, e assim resgatar um pouco do espírito que projetou o sucesso desses programas.
OZ
Oz foi uma série de televisão norte-americana criada por Tom Fontana e produzida pela HBO entre 1997 e 2003, dividida em 6 temporadas com 8 episódios cada (com exceção da quarta, que é a mais longa e contém 16 episódios), com duração de aproximadamente uma hora cada.
A série tem como proposta mostrar o cotidiano da prisão de segurança máxima Oswald, também conhecida como “Oz”, incluindo todas as suas subdivisões como o corredor da morte, Emerald City, Unidade B, entre outras. A série tem como principal marca o realismo presente em suas cenas, incluindo temas como sexo, violência e consumo de drogas. A série também contou com cenas de nu frontal masculino, dentre eles dos atores Kirk Acevedo e Christopher Meloni.
Portanto, se você gostava de ‘OZ’, então vai adorar ler….
✔ Estação Carandiru, de Dráuzio Varella
Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação das individualidades.
Na cidadela do Carandiru, Drauzio conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importa a pena a que tenham sido condenados, todos seguem um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo pode equivaler à morte.
Estação Carandiru fala dessas pessoas e das formas que encontram de viver (Editora Companhia das Letras).
✔ Vida Após a Morte, de Damien Echols
Aos dezoito anos, Damien Echols foi apontado como líder de um grupo satanista e principal responsável pelo assassinato de três garotos de oito anos em West Memphis, no Arkansas. Após um julgamento marcado por falsos testemunhos, provas manipuladas e histeria pública, em 1994 seus amigos Jason Baldwin e Jessie Misskelley foram condenados à prisão perpétua e Damien foi enviado ao Corredor da Morte, onde aguardaria sua execução. As irregularidades gritantes no desenrolar do processo, bem como a apatia dos advogados de defesa, chegaram ao conhecimento do público dois anos depois, por meio do documentário Paradise Lost: The Child Murders at Robin Hood Hills. Desde então o caso conquistou repercussão mundial e angariou simpatizantes célebres, como o ator Johnny Depp, o músico Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, e o cineasta Peter Jackson, que se empenharam vigorosamente para que a justiça fosse feita. Graças a esse esforço, o trio de West Memphis foi enfim libertado em 2011.
Em Vida Após a Morte, Damien Echols conta sua própria história com notável talento narrativo e constrói um relato envolvente. Sua prosa fluida e rica em detalhes alterna episódios da vida dentro e fora do sistema carcerário norte-americano, ao descrever desde a infância de extrema pobreza, sua condenação e os anos na cadeia até a relação com a esposa, com quem ele se casou quando ainda estava preso. Mais do que a denúncia de uma injustiça perpetrada durante dezoito anos, Vida após a morte é uma obra tocante que desnuda todo o esforço realizado pelo autor para preservar sua sanidade e integridade diante de uma rotina de terror e desespero (Editora Intrinseca).
✔ Fábrica de Animais, de Edward Bunker
Lá, o novato Ron Decker, sentenciado a dois anos de reclusão por tráfico de drogas, conhece o veterano Earl Copen, que assume a tarefa de iniciar o jovem no brutal código de conduta de San Quentin e nas estratégias necessárias para a sobrevivência em um presídio.
A surpreendente amizade que os dois desenvolvem rapidamente é colocada em prova quando Ron rejeita o convite homossexual de outro criminoso e dá início a um confronto que culmina num assassinato e numa tentativa de fuga. 
Leva de um a dois anos para que a singularidade da prisão se desgaste de modo que sua realidade horrível possa se infiltrar. Homens que cometem suicídio o fazem ou na primeira erupção de vergonha, dentro de dias ou semanas, ou então depois de uns dois anos, quando tudo se revelou destituído de esperança. Nesse ínterim, não importa quanta agonia o homem possa sentir, ele também experimenta excitação, a excitação de aprender a lidar com uma sociedade fechada que reflete a sociedade livre como um espelho de parque de diversões reflete a forma humana: tudo está ali, porém distorcido. A prisão tem dois conjuntos de leis, Ron descobriu, as da administração e as dos detentos. Para recuperar a liberdade, não se pode ser apanhado violando as da administração, que se assemelham palidamente às restrições da sociedade. Mas para sobreviver é necessário seguir os códigos do submundo. Não é difícil fazer ambas as coisas para alguém que se mantém discreto e sem se envolver. Mas o homem que deseja prevalecer onde quer que esteja, incluindo a prisão, caminha sobre a corda bamba e corre perigo (Editora Barracuda).
✔ O Beijo da Mulher Aranha, de Manuel Puig
Considerado o melhor livro de Manuel Puig, ‘O Beijo da Mulher-Aranha’, publicado em 1976, é um pungente e sensível mergulho no relacionamento de um preso político, Valentin, com seu companheiro de cela homossexual, Molina, acusado de corromper menores. 
É a Quarta publicação do escritor argentino e também seu momento de completa maturidade literária. A adaptação teatral da obra, em agosto de 1981, chegou aos palcos brasileiros no momento em que o livro, em sua oitava edição, completava quase cinquenta semanas nas listas dos mais vendidos no país.
Em “O beijo da mulher aranha” ,Puig mescla teorias acerca o homossexualismo, filmes antigos , pensamentos dos personagens e uma história de amor.À exceção dos filmes e das teorias o romance não apresenta narrador ocorre apenas por meio de diálogos e relatórios policiais.Me parece que a ausência de narrador não é um simples capricho do autor,é sim uma forma de deixar a história que poderia ser apelativa ou agressiva à leitores mais conservadores mais sutil e doce. São contadas duas cenas de sexo que se tivessem sido narradas da forma tradicional poderiam chocar muita gente, mas da forma que o autor as mostrou elas são singelas e rápidas, entram meio que sem querer no enredo e saem como se nem tivessem entrado. Outro ponto interessante da estruturação foi os personagens, principalmente Molina que chega a ser tão afeminado que para um leitor menos atento se passa facilmente por mulher sendo assim torna ainda menos chocante e mais apaixonante a história de amor dos prisioneiros pois não chega a ser uma relação entre dois homens adultos e sim entre um homem forte e uma pseudo mulher submissa. 
O contraste que acontece entre a história de amor central e as história de amor dos filmes que Molina conta também propicia que o livro se torne mais doce, pois a história deles é tão mais real mais próxima das históras de amor das pessoas comuns(se comparadas com as dos filmes) que terminamos por ficar menos sujeitos as nos chocar e mais apaixonados e quando nos damos conta de quem são nos tornamos também menos preconceituosos em relação ao amor homossexual (Editora José Olympo / Record).
✔ Papillon: O Homem Que Fugiu do Inferno, de Henri Charrière
A história real que se tornou uma das mais fantásticas odisseias contemporâneas!
Charriere, condenado à prisão perpétua por um assassinato que não cometeu, foi um dos poucos que conseguiram fugir da Ilha do Diabo, presídio localizado na floresta impenetrável da Guiana Francesa, onde os presos pagavam por seus crimes sofrendo degradações e brutalidades. No livro, ele relata como foi acusado, fala de seu martírio ao longo dos anos de confinamento, além da corrupção entre os guardas e como planejou sua fuga cinematográfica.
Quando publicado na França, Papillon foi alvo de grande controvérsia. Nunca se soube ao certo se os acontecimentos narrados de fato ocorreram com o autor, como ele alega – o que faria do livro um romance autobiográfico, ou se a trama é fruto de sua fértil imaginação.
Papillon é um dos relatos mais impressionantes e realistas de toda a literatura, um feito incrível de engenhosidade humana, força de vontade e perseverança. A história de um homem que não se deixou vencer. Ao lê-lo, o leitor estará certo de ter um thriller nas mãos (Editora Bertrand Brasil).
Veja Também: