Holocausto Pornô

POSTADO POR: admin qua, 13 de fevereiro de 2013

Holocausto Pornô (Porno
Holocaust)
Diretor: Joe
D’Amato
Roteiro: George
Eastman
Ano: 1981
País: Itália
Atores: George Eastman, Dirce Funari, Annj Goren,
Lucia Ramirez
Não, você não leu errado. O filme
da vez é um pornô terror, ou terror pornô, sei lá…        
Sempre nos surpreendemos com os inesperados apresentados
pelo cinema, mas terror pornô é algo, no mínimo, mais que inusitado. Em meio a
assassinatos e sangue, momentos súbitos de puro tesão resultante em sexo
intenso.
Holocausto Pornô tem um roteiro
maluco (Pra não dizer avacalhado) onde um grupo de cientistas, biólogos e uma
condessa lésbica (???) vão à uma ilha investigar relatos dos moradores, além
das fotos que comprovam algo de estranho. Pequenos crustáceos de 2 cm
ultrapassando 20 cm. Radiação? Mutação? Experimentos secretos? Chegando lá, encontram
os tais caranguejos, não imaginando que sua presença chamou a atenção de algo. Parece
mesmo uma versão de Cannibal Holocaust? Você ainda não viu nada…

Poderia ser um típico filme trash
com roteiro bastante amalucado, se não tratasse de um pornô. Entre uma história
cheia de altos e baixos, a impressão é que em certos momentos o roteirista se
cansou e disse: – Façam o que quiserem ­─ E assim a história segue. Mas estamos
falando de um filme pornô e não sensual. Enquanto a trama evolui, o sexo rola
solto, por qualquer motivo (Precisa de motivo?). Sexo hetero, lésbico,
inter-racial, pago e todos bareback (sem camisinha) acontecem por todo o tempo,
enquanto os protagonistas, ao longo, deixam claro suas posições preferidas,
preferências e competência (ou falta dela).
Se
num pornô convencional a coisa acontece após chamar o encanador, festa, tio,
vizinha, mãe do amigo e seja lá quem mais, em Pornô Holocausto acontece de
maneira quase absurda, afinal, estamos diante de uma história de terror! Além
disso, como se excitar vendo a cabeça de alguém explodindo ao receber uma
pedrada? Universos tão distintos que juntos causarão mais risadas do que tesão
(Exceto para os doentes de plantão). Bizarro e hilário! Os diálogos seguem o
mesmo caminho. Após momentos coerentes, inúmeras de “pérolas” do tipo:
─ Por quê me bate?
Vamos foder!


E
então, eis que chega o típico momento da revelação. Sim, até mesmo num pornô
terror (ou vice-versa. Será?). Mas tal não causa tesão (exceto se suas
preferências sexuais forem altamente estranhas) ou esclarecimentos, apenas uma
bomba jogada em meio ao pandemônio. Como explicar tal elemento surpresa? E
assim a história continua. E não pense que ele fica distante da fodelança. Pelo
contrário, sai estuprando todas que consegue, exceto uma, que separa por outras
razões, além de, também, um jogo psicológico envolvendo seu nome!

Em
meio a tudo isso, vale focar nesta cena, que facilmente entraria num top 15 de
cenas mais absurdas da história do cinema de terror (ou pornô.#confuso): O rapaz machuca sua mão e a moça,
para ajudá-lo, começa a chupar seu dedo. Pede para ser comida, ele diz não como
se alguém o estivesse oferecendo quiabo cru. Ela se desespera por quê a
situação é tensa, acha que todos irão morrer, o abraça, tira sua blusa e começa
a masturbá-lo. Enquanto isso, o roteirista se afasta. O único do grupo que não
transa.
Chegamos
ao limite? Não! Após fugirem, o casal, no meio do oceano, ao invés de remar e
guardar energias, voltam a transar. Após se recomporem, surpresa!!!! O rosto do
chefe da equipe técnica surge rapidamente ao lado do barco!

Por que este filme se chama Holocausto Pornô se nada tem a ver com Cannibal Holocaust (1980)? Exceto pela trilha
sonora, que é bastante parecida e, de certa forma, quase causa a mesma estranheza,
mas aqui cheia de gemidos e centenas de please,
please
… por todas as músicas. O que torna tudo ainda mais engraçado. Um
filme italiano com gemidos gravados em inglês.
Queria entender qual a lógica num
pornô de terror. Sem julgamento de certo ou errado, acho difícil alguém
procurar por um filme como este para se excitar. Mas com certeza ele é muito,
mas muito melhor que O Massacre do Vibrador Elétrico (2008), que tem como único
mérito ser mais fiel ao filme que o originou, mas extremamente tosco e porco.
Pornô Holocausto vale a pena pelo
absurdo, mas espere pra assisti-lo quando não estiver com sono. Em Canibal… A
história é pesada, enquanto em Pornô… Bem, você entendeu…
E
qual o pensamento que tirei sobre?
Preciso
assistir mais dessas versões/paródias. Só dá para acreditar que tais trabalhos
existem após assisti-los…