Grupo Armado anti-Tédio
25 de outubro de 2010
Dentre muitas coisas que minha mente não consegue assimilar uma delas é o tédio. Eu simplesmente não consigo entender uma pessoa que reclama de falta do que fazer, será que só eu sempre tenho uma tarefa para ser finalizada ou algum novo projeto para dar início? Talvez a nostalgia da modernidade tenha tornado alguns tão preguiçosos mentalmente que chegaram ao ponto de ficarem sentados no sofá de casa ou em frente ao computador esperando algo chegar até eles, alguma polêmica, uma revolução, apertando F5 sem parar na esperança que um novo fato que arrebate suas bundas flácidas do assento. Novidades essas geradas pela porcentagem mínima dos que fogem da estática e optam por se mover e fazer acontecer.
Não dá pra fugir das nossas obrigações com esse enorme formigueiro de gente que é o planeta Terra, cedo ou tarde lhe será delegado alguma função para manter a corrida dos ratos em andamento, mas diferente de outros animais nós possuímos a vantagem de podermos escolher a forma que contribuiremos para essa estrutura. Até mesmo se opor e cuspir no sistema vigente já é uma forma de fazer sua parte… mas tudo bem pra mim se você escolheu apenas existir, seguindo o fluxo da correnteza feito a merda levada pelo fluxo da água de um rio contínuo, mas se for o caso, esse texto nem é contigo, você nem vai entender do que eu estou falando, feche esse blog e retorne ao seu ócio.Estou te entediando com esse texto?
O que te falta para sair do tédio? Sementes e uma enxada?? Já lavou a louça hoje??? Desfragmentou o HD, viu um filme, passou a roupa, lavou suas calcinhas, leu aquele livro, aprendeu alguma coisa, fez mercado, escreveu um post, leu um post, deu banho no cachorro, interagiu com seu irmão mais novo, teve uma nova ideia, se masturbou, ajudou sua mãe, pagou suas dívidas, aprendeu a tocar um instrumento, falou com seu filho???? Se respondeu ‘não’ para alguma dessas questões e tantas outras que podem vir a surgir, você não está entediado, você é só um egoísta preguiçoso escroto que passa a vida só no ‘vem a nós’.
Cada vez que alguém reclama de tédio um novo santo é canonizado pela igreja para ser o padroeiro de mais uma classe de massa de manobra que preferem manter suas mentes vazias e convidativas a serem preenchidas por qualquer coisa e por qualquer um.
