Força Estranha (Nelson Motta)

POSTADO POR: admin seg, 06 de janeiro de 2014

Pode ser que tenha sido a entidade que dá nome a esse livro que me
impulsionou diretamente em sua direção e me fez inclui-la em minhas compras
durante uma das minhas visitas a livraria. Conhecendo o autor já de outras
obras, confesso que estava empolgado para revisitar as palavras de Nelson
Motta, que eu não lia desde O Canto da Sereia
Diferente das biografias e romances já publicados por Nelsinho,
em ‘Força Estranha’ (Editora
Suma de Letras, 151 páginas)
 encontramos o autor fracionado em
diversos contos de histórias ‘possíveis’ em um emaranhado de personagens
peculiares que rumam para um final, supostamente, conectado.
Esse tipo de estrutura, onde contos independentes acabam
mostrando ligações entre si no final, é um conceito difícil de ser feito que
sempre funciona quando bem aplicado, mas nesse caso, acho que o ‘truque’ ficou
a dever e o resultado um tanto superficial. Não sendo esse o seu ponto auge,
que é o comum nesse tipo de leitura.
Sendo assim, ‘Força Estranha’ me parece funcionar
bem melhor como uma simples coletânea de causos, do que como uma obra
engenhosa de narrativa.
A seu favor, sempre podemos contar com a brasilidade de Nelson
Motta.  Suas histórias usualmente vêm acompanhadas de um típico tempero
nacional, tornando o enredo de fácil identificação para qualquer leitor.
O candomblé, o jeitinho brasileiro, a malandragem carioca, a
arte baiana, já são elementos fundamentais de suas obras. Mesmo
quando viaja pelo mundo e passeia por outras terras e nacionalidades, o autor
tende a preservar o seu sotaque tupiniquim que é percebido na mais polaca dos
seus personagens.
Quem conhece os trabalhos anteriores do escritor, pode até encarar
este livro como uma espécie de spin-off de seus grandes
romances.
Como um cronista fiel de uma época vista
por ângulos privilegiados, Nelsinho também insurge com o
clima ‘sujo’ da pornochanchada da década de 70, que dá a ambientação
perfeita para desenvolver seus personagens cheios de
uma inocência perversa. Alias, isso fica bem nítido na arte
minimalista da capa.
Como auto-promoção a obra ainda afirma que todo o seu conteúdo foi
certamente visto, ouvido ou até vivido pelo autor, desde o caso da filha que
virou cafetina para chantagear o pai, até a história do filho que fez um filme
erótico sobre a vida da mãe.

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