Filme ‘Dream Home’ traz um terror ‘made in Hong Kong’

POSTADO POR: admin qui, 28 de novembro de 2013

Dream Home (Wai Dor
Lei Ah Yut Ho)
País
de Origem: Hong Kong
Direção:
Ho-Cheung Pang
Roteiro:
Ho-Cheung Pang
Elenco: Cheng Lai-Sheung (Josie Ho), Siu
To (Eason Chan), Pai de Cheng Lai (Norman Chu), On
Jai (Lawrence Chou)
Ano
de lançamento: 2010


Cheng
Lai, como tantas outras milhares de pessoas, carrega uma história triste do
passado que poderia ter sido consumida pelo tempo. Quando criança, ela e sua
família foram despejados do apartamento com vista para o mar devido ao crescimento
imobiliário na cidade, sendo obrigados a viver noutro imóvel, sem vista para
lugar algum e bastante inferior. Ao longo dos anos, as promessas ao seu avô de
que voltaria a viver num lugar onde pudesse ver o mar jamais enfraqueceu.

A
especulação imobiliária em Hong Kong avançava bastante e os imóveis, já caros,
tornaram-se ainda mais inacessíveis. Enquanto isso Cheng prosseguia, de todas
as maneiras, juntando dinheiro e agindo de maneira correta para conseguir o tão
desejado apartamento. Mas apesar de sua conduta, o mundo é cruel quando não se
tem dinheiro suficiente. Carregando as mágoas do passado e sempre impedida de
dar o próximo passo, Cheng coloca em ação seu plano um tanto quando louco e
meticuloso a fim de conseguir um apartamento por ela já escolhido. Poderia
troca-lo por um imóvel com preço mais acessível? Não para Cheng, pois morar ali
é mais que um capricho.
Parece
inacreditável que o slasher Dream Home aconteça em torno da especulação
imobiliária de Hong Kong. Afinal, slashers basicamente mostram um assassino
perseguindo uma ou mais pessoas e matando quem cruzar seu caminho. E ponto. Não
minimizando o subgênero, mas são raros aqueles que saem de sua ideia básica. E
Dream Home vai além, nos apresentando uma “serial killer temporária”, disposta
a fazer o que for preciso, não se importando em ultrapassar qualquer tipo
de  barreira a fim de realizar sua vontade maior.
As
mortes em Dream Home chamam a atenção pela maneira crua com que acontecem e, em
determinados momentos, criativamente munidas de um senso de humor tanto quanto
macabro, deixando o espectador incomodado em meio às possíveis risadas
(Impossível não rir durante a sequência com os policiais).
As
ações de Chang não vão além das que uma pessoa normal poderia fazer, tudo
apresentado dentro de um roteiro bem construído que se apresenta como um
quebra-cabeça sendo montado, sem esquecer, é claro, as típicas garotas nuas,
sexo e drogas.
Altamente
criativo e seguindo certos caminhos já percorridos pelo terror americano, porém
sem soar como cópia, a impressão que se tem é de que os chineses reinventaram o
sub-gênero slasher. Um ponto e tanto para a criatividade oriental.

E qual o pensamento que tirei sobre?
Sabe que é uma boa ideia? Estou querendo sair do aluguel…

Ganhou
os seguintes prêmios:
Fangoria
Chainsaw Awards – 2012 – Melhor atriz
Golden
Horse Film Festival – 2010 – Melhores efeitos visuais
Hong
Kong Film Awards – 2011- Melhor atriz, melhor som e melhor efeitos visuais.


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