Fatos que você desconhece sobre o monstro de Frankenstein

POSTADO POR: admin seg, 05 de maio de 2014

Considerado um primo feio em meio as outras criaturas góticas da literatura clássica, o monstro de Frankenstein e sua história tem sido transformados através do tempo, mas sua influência ainda pode ser sentida no horror moderno. Embora o tipo perca espaço no mercado editorial para os sedutores vampiros e lobisomens, a obra continua sendo ensinada nas escolas e faculdades tradicionais da Europa.

Para conhecer a incrível história escrita por Mary Shelley, você pode clicar aqui e adquirir o seu exemplar dessa obra fascinante. Agora, para saber um pouco mais sobre toda a mistica ao redor de sua criação, separamos aqui alguns fatos curiosos que pouca gente sabe a respeito…
✔ Ele foi escrito para uma competição
No verão de 1816, Mary Godwin, seu amante Percy Bysshe Shelley, John William Polidori, e Claire Clairmont (meia-irmã de Mary) visitaram Lord Byron em Genebra, Suíça. A ideia era relaxar e aproveitar o leve verão suíço, mas infelizmente choveu muito durante aqueles dias. Incapaz de desfrutar do ar livre, o grupo decidiu ler histórias alemãs de fantasmas para se divertir. Foi essa leitura que inspirou Byron a propor que o grupo escrevesse suas próprias histórias sobrenaturais para ver quem se sairia melhor. 
Byron escreveu apenas fragmentos. Polidori não consegui pensar em nada. E Mary, teve um sonho sobre um cadáver que voltou à vida. Com base nesse sonho, ela escreveu Frankenstein. Percy concentrou-se em ajudar com a história de sua ‘futura esposa’. Com Percy encorajando a edição , ela concretizou a história ao longo do próximo ano e o transformou em um romance completo.
✔ A primeira vez que virou filme foi pelas mãos de Thomas Edison
A primeira adaptação cinematográfica de Frankenstein foi feita em 1910 pela Edison Studios, que produziu um curta de 12 minutos vagamente baseado no romance. O filme foi visto como um sacrilégio e considerado perdido até ser descoberto na década de 1950 por um colecionador particular. Apesar de ser uma interpretação fraca, chegou mais perto do que muitas produções atuais. Nele, o monstro é produzido em um caldeirão, subindo lentamente a partir de uma cena que lembra o nascimento dos Uruk-hai na franquia de O Senhor dos Anéis. Começa com a cabeça de um esqueleto saindo para fora do caldeirão, e logo se transforma em uma figura humanoide peluda. Você pode assistir essa pérola da história do cinema no vídeo abaixo:

✔ O Filme Clássico não se parece com o Livro 
Para começar, no livro, o monstro, alem de falar, é bastante filosófico sobre a sua condição. No famoso filme de 1931 com Boris Karloff (e na maioria das adaptações posteriores), o monstro se comunica basicamente com grunhidos. O assistente do laboratório (que é chamado de Fritz no filme, mas que a maioria conhece como “Igor”) não é uma figura tão presente na obra. No filme, Frankenstein é um médico (chamado Henry), enquanto no livro ele é apenas um estudante de faculdade quando cria a besta. Na verdade, a produção é baseada na adaptação de Peggy Webling. O filme de Kenneth Branagh de 1994, ‘Frankenstein de Mary Shelley’ é mais fiel ao livro.
✔ O Vampiro Moderno surgiu da mesma competição 
Lord Byron só conseguiu criar fragmentos de histórias para o concurso de redação, inclusive um baseado em lendas de vampiros alemães. John William Polidori usou parte da ideia de Byron como a inspiração para a sua própria história, que tornou-se The Vampyre.
Existem alguns elementos comuns da história escrita por eles com o vampiro encantador que conhecemos hoje, aquele que não deve ser convidado para entrar em uma casa, o olhar transfixante, e (é claro) a sucção de sangue são apenas algumas das semelhanças que traçam as origens da criatura para essa obra. Bram Stoker escreveu a história de Drácula, o vampiro mais famoso do mundo, 70 anos após The Vampyre.
✔ Os nomes não foram escolhidos aleatoriamente
Embora muitos ainda se refiram incorretamente ao monstro como “Frankenstein”, na realidade esse é o nome de seu criador, Victor Frankenstein. E a própria criatura, na verdade, não tem nome.
Dadas as analogias óbvias com ‘Deus’, uma teoria popular sobre o por que do criador ser chamado Victor, afirma que é uma alusão ao poema Paraíso Perdido de John Milton , onde Deus é o “vencedor”. “Frankenstein”  também não é um nome aleatório. A tradução literal seria “Pedra dos francos”, e há um famoso Castelo de Frankenstein, que, de acordo com Radu Florescu (um historiador romeno respeitado), Mary e Percy visitaram a caminho da Suíça.
✔  Inspirado na tragédia pessoal de Mary
Há pouco citamos o sonho em que um cadáver volta à vida e que inspirou Mary, mas isso não ocorreu à toa. Mary deu à luz a uma criança em 1815, quando Percy ainda era casado com sua primeira esposa, mas sua filha, nascida prematura, morreu 11 dias depois. O incidente motivou a experiência de Frankenstein. Mary Shelley perdeu três filhos ao todo, apenas um sobreviveu até a idade adulta, Percy Florence Shelley. Ele não teve descendentes, de modo que não há herdeiros vivos diretos dos dois escritores mais conhecidos de 1800.
✔ Todos os envolvidos na competição de contos morreram tragicamente
Percy Bysshe Shelley afogado em 1822. Lord Byron morreu em 1824 de uma provável septicemia. John Polidori cometeu suicídio em 1821. Mary conseguiu passar pela década de 1820 pelo menos, mas acabou morrendo em 1851 de um tumor cerebral. Devemos ressaltar que não é difícil traçar relações em uma história como esta. Era o século 19, e todo mundo estava morrendo em todo o lugar de alguma coisa. Mas aqueles que gostam de formar teorias, podem achar especialmente curioso o fato de que, dentre todos os presentes naquele fatídico fim de semana, apenas Claire Clairmont teve uma vida longa: justamente a única que não participou do desafio da escrita.