Fatos bizarros na vida do Robin, o menino prodígio

POSTADO POR: admin dom, 14 de dezembro de 2014

Embora muitos afirmem cegamente que o Batman é, mesmo sem poderes, o herói mais poderoso do panteão da DC, essa mesma questão acaba entrando em contradição quando nos atentamos para o fato de que o homem morcego precisou de um aliado ao seu lado por mais de sete décadas. Ainda por cima um garoto, mais precisamente ainda, um menino prodígio. A presença do Robin na Batcaverna divide opiniões que, infelizmente, não levam em consideração o contexto da época em que o personagem foi criado.

Mas a verdade é que ao longo da história o personagem cresceu, se desenvolveu e foi ganhando luz própria, chegando até a liderar uma equipe de super-heróis. Hoje, podemos afirmar que o menino prodígio ostenta um passado mais interessante do que o do seu próprio mentor, e até mais relevante para o universo dos quadrinhos. Já que é mais fácil os leitores aceitarem mudanças no contexto do Robin, do que no do Batman.
Para provar que ser ajudante do maior detetive do mundo não é uma tarefa fácil, separamos aqui alguns fatos marcantes na carreira do menino prodígio.

 Ele curte romances com alienígenas 
Quando se trata de interesses amorosos para o Robin, a maioria das pessoas pensam principalmente na Batgirl. Ou, algumas mentes mais perturbadas, podem pensar em Bruce Wayne. No entanto, seu envolvimento romântico mais duradouro foi com a alienígena Estelar, enquanto membro dos Novos Titãs. O caso dos dois começou quando ela decidiu aprender inglês através de um método não convencional: Beijando o Robin diretamente na boca. O relacionamento deles durou por todo o período de transição de ‘Robin’ para ‘Asa Noturna’,  mas se desfaz depois que ela é obrigada a fazer um casamento político para ajudar a manter a paz em um outro planeta. Eles até tentaram uma reaproximação durante um tempo, mas a união foi sabotada pelo vilão Trigon que impediu o casamento dos pombinhos.
Até aí tudo bem, a parte bizarra fica por conta da reformulação da personagem Estelar no universo dos Novos 52. Agora ela é uma alienigena ninfomaniaca que seduz aparentemente qualquer homem que ela encontra pela frente, até mesmo as outras versões do Robin, como o Capuz Vermelho Jason Todd. Atualemente ela tem esquentado a cama de Roy Harper, o Ricardito.
 Ele quase matou o Lanterna Verde
Quando Frank Miller foi consagrado pelo aclamado Cavaleiro das Trevas, a narrativa de Miller devolveu o estilo audacioso e violento do personagem que fora perdido desde a sua clássica série cômica para a TV nos anos 60. Quando a DC anunciou Miller como roteirista oficial da revista mensal Batman e Robin, ele fez o que sabe fazer de melhor, histórias psicológicas potentes e cheias de lógicas bizarras. 
Neste período, Miller promove um encontro da dupla dinâmica com o Lanterna Verde em um lugar pré preparado pelo Batman. O morcego pinta todo o lugar de amarelo, incluindo ele e o Robin. Sendo o amarelo a fraqueza do Lanterna, Robin consegue roubar o seu anel de poder e derrubá-lo com um golpe acrobático certeiro que esmaga a sua traqueia. Graças a uma técnica cirúrgica feita as pressas, Batman acaba salvando a vida do Lanterna Verde no último minuto. Mas ainda assim é estranho pensar que o herói portador da arma mais poderosa do universo quase foi morto por um garoto de 12 anos.
✔ O Segundo Robin começou como uma cópia  do primeiro
Quando a DC usou a “Crise nas Infinitas Terras” para comprimir suas confusas múltiplas dimensões, ela teve a oportunidade de revigorar histórias antigas que começaram com certa falta de originalidade. A mais notável dessas histórias foi a origem do segundo Robin, Jason Todd. O primeiro Robin, Dick Grayson, foi um acrobata de circo que tornou-se um órfão quando seus pais morreram usando equipamentos danificados por um mafioso. Tal como aconteceu com Grayson, Bruce Wayne acaba levando o órfão para a sua luta contra o crime.
Depois das ‘Crises’, Batman encontra o jovem audacioso Jason Todd nas ruas, tentando roubar os pneus do Batmóvel. Wayne então coloca Todd em uma escola para crianças problemáticas, mas quando o jovem ajuda a expor a escola como fachada de mafiosos, Batman o recruta como o novo menino-prodígio.

✔ Robin já trouxe o Batman de volta a vida como um Zumbi
Em determinado período nos quadrinhos, a DC parece ter decidido que quase todos os seus heróis sofreriam uma experiência de morte e renascimento. Enquanto Superman foi morto na base da porrada pelo Apocalipse, Batman foi fritado pelos raios ômega do Deus negro Darkseid, restando apenas um esqueleto carbonizado. E como já era de se esperar, Grayson acaba assumindo o manto do morcego. Inspirado pelo dom de Ra’s Al Ghul, ele resolve então jogar o esqueleto de Batman no poço de Lázaro para ver o que acontece. Poderia ser um plano perfeito se Darkseid não tivesse imposto a sua própria lógica ao fato. Na verdade ele teria enviado Batman para se perder no tempo e espaço, e o que deixou no lugar era o esqueleto de um clone modificado do herói. Conclusão, o poço de Lázaro traz de volta um zumbi descerebrado que tenta matar Alfred e Damian Wayne. Não é exatamente o melhor feito de um pupilo que tenta substituir seu mentor.

✔ O cargo de Robin tem alta rotatividade
Durante anos, a ideia de haver ajudantes descartáveis ​​para o Batman foi considerada uma piada. Frank Miller provavelmente não ajudou com esse mito quando revelou em ‘O retorno do Cavaleiro das Trevas’ que Batman usou deliberadamente um ícone amarelo brilhante em seu uniforme apenas para incentivar os vilões a atirar justamente em seu local melhor guarnecido. Isso faz muito sentido para um homem vestido como um morcego gigante, mas gera alguns problemas perturbadores quando se veste seus ajudantes com várias tonalidades de amarelo. Sendo assim um alvo em potencial, o cargo de Robin acaba tendo uma incrível rotatividade.
Na atual versão dos Novos 52 da DC, houve uma tentativa de tornar o universo mais compreensível para os novos leitores, deixando os heróis mais jovens. Assim, em vez dos habituais 10-15 anos de luta contra o crime em seus cintos de utilidade pública, a maioria da Liga da Justiça só está nessa cruzada contra o mal por cerca de cinco anos. Graças a riqueza de detalhes nas histórias do Batman, quase todas as suas grandes sagas foram mantidas. O que nos leva a curiosa logística de que Batman treinou e perdeu quatro Robins nesse curto período. Dependendo do gosto do leitor, este fato pode fazer menos sentido, ou ser extremamente realista. Por mais que tenham condensado 70 anos de Robin em apenas meia década de continuidade, quanto tempo um adolescente saltitante vestido de cores vibrantes realmente duraria em uma briga contra maníacos violentos?
✔ Robin já voltou dos mortos como um Vigilante Assassino
A morte do Robin Jason Todd foi um momento traumático para o Batman, e ele carregou essa culpa por muitos anos. Durante a memorável história “Silêncio”, os roteiristas provocaram o retorno do personagem, só que de uma forma bem diferente. Ele voltou com uma premissa muito específica: Ser a justiça assassina para os criminosos de Gotham City. Jason passou a usar o treinamento aprendido com o Batman misturado com uma recente vontade de matar criminosos em vez de simplesmente prendê-los. 
Ele alimentou a sua fúria com a raiva que sentia por Batman ter poupado o Coringa por o ter matado, em vez de vingar a sua morte. Desde a sua volta, sua convicção tem sido uma dúvida. Ás vezes ele aparece como um vilão disposto a matar vidas inocentes, e em quadrinhos mais recentes pode ser visto como o líder anti-herói de uma equipe conhecida como ‘Outsiders’. A única constante é a máscara de Capuz Vermelho, uma referencia a uma das identidades anteriores do Coringa e um constante lembrete da sua própria morte pelas mãos do Palhaço do Crime.

✔ Pelo menos um Robin é realmente o filho do Batman
Os diferentes Robins tem tido relações diferentes com o Batman ao longo dos anos. Eles sempre foram vistos como filhos adotivos, mas apenas um deles realmente possui a distinção de ser filho biológico de Bruce Wayne. Damian foi o fruto de um relação sexual entre Batman e Talia Al Ghul, filha de Ra’s Al Ghul. Enquanto ela recorda do fato como um encontro romântico no deserto (visto na história ‘Filho do Demônio’, de 1987), o que Batman se lembra é de ter sido drogado e estuprado por Talia. 
O garoto era visivelmente áspero no tempo que passou com o pai. Ele exibia as habilidades de combate e perspicácia dedutiva fornecidos pela Liga dos Assassinos de Al Ghul, mas lhe faltava a moral do caráter modelo de Alfred, Thomas e Martha Wayne como referência. No entanto, Batman ajuda a resgatar o pequeno sociopata e o transforma em um herói, para a salvação de Gotham, e do mundo.
✔ Ele às vezes é ela
Os quatro Robins da continuidade dos Novos 52 da DC Comics (Dick Grayson, Jason Todd, Tim Drake, e Damian Wayne) foram todos do gênero masculino. No entanto, em linhas temporais fora dessa continuidade, já houve Robins fêmeas. A mais famosa deles seria Carrie Kelley , a jovem que tornou-se Robin para ajudar o envelhecido Cavaleiro das Trevas do lendário Frank Miller. Já na versão de ‘O Retorno’ ela migra para uma ‘Catgirl’. 
Na década passada uma outra jovem chamada Stephanie Brown (a heroína Salteadora) assumiu o manto de Robin depois de Tim Drake sair temporariamente do cargo. Por fim, os primeiros sinais indicam que o primeiro Robin pode ser uma mulher nos futuros filmes anunciados pela DC, dando início a uma nova era para as meninas na antiga fraternidade de Robins.
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