Fantasmas na Biblioteca: A arte de viver entre livros (Jacques Bonnet)

POSTADO POR: admin sáb, 13 de julho de 2013

“As três espécies de inimigos que os livros tem são os ratos, os vermes, a poeira, e uma quarta, os que pedem emprestados”
Uma das grandes belezas, e complicações, da literatura, é que nem sempre se pode classificar livros por gêneros. Diferente dos filmes que já possuem seus estilos bem definidos e timbrados em suas capas, na maioria das vezes, enquadrar uma obra literária nessa, ou naquela, prateleira, é algo que fica a critério do leitor. Eu mesmo costumo ‘consertar’ a posição de alguns exemplares que julgo mal posicionados nas livrarias por onde passo.
Mas,… E na sua casa, caro leitor? Como você organiza seus exemplares e coleções? Por ordem alfabética? Pelos seus autores? Por tamanho? Por data de publicação?
De certo todos possuímos alguma forma própria, e até excêntrica, de fazê-lo. Mas e aí? Será que realmente existe alguma regra ou maneira correta de se organizar tantos volumes em sua estante?
De acordo com o livro ‘Fantasmas na Biblioteca: A arte de viver entre livros’ (Editora Record, 160 páginas)do bibliófilo francês Jacques Bonnet, existem inúmeros métodos testados por colecionadores de todo o mundo. Inclusive o dele mesmo, que é considerado um dos maiores especialistas em bibliofilia e teoria da literatura ao lado de nomes consagrados como José Mindlin, Umberto Eco e Alberto Manguel. E é todo esse conhecimento acumulado que ele deságua nas páginas dessa obra, dedicada a todo e qualquer amante da literatura.
Citando personalidades, exemplos, escritores, colecionadores, e principalmente dezenas de referências literárias, Jacques cria um laço envolvente que conduz o leitor pelas histórias das mais grandiosas bibliotecas, públicas e privadas, já elaboradas pela humanidade.
Uma leitura despretensiosa , que corre como qualquer conversa casual de bar entre bibliotecários, livreiros e leitores fanáticos que praticam a arte de viver entre livros, as vezes, sem nem mesmo se dar conta disso.

Apesar de europeu, é interessante ver que o autor não se refuta em mencionar grandes obras nacionais com um respeito admirável, colocando-as ao lado de grandes clássicos mundiais. O que me faz pensar que eu deveria ler mais os escritores franceses.
Uma obra que não se contenta apenas em ser lida, mas também obrigatoriamente inclusa em qualquer biblioteca pessoal, para consultas futuras ou simplesmente para prestar um check toda vez que você adquirir um novo livro.

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