A Fábula Improvável da Formiga e do Cigarro (parte 1)

POSTADO POR: admin qua, 29 de abril de 2009

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“Estava a Formiga no conforto do lar, quando percebeu que seu maço de cigarro estava por acabar. A Formiga, muito sabida acendeu uma guimba e já saiu de partida para renovar seu estoque de nicotina, colocou seus trocados no bolso e foi em direção ao posto.
Ficou feliz de ver que ainda havia sua marca preferida, mas morreu de desgosto ao receber o troco. Munida de razão foi então tirar satisfação com a atendente do posto, e esbravejou com uma expressão de raiva no rosto:
-Ei?! Você errou no meu troco!!-
-Errei nada,…se fudeu que aumentou o imposto!”
Ao voltar das minhas férias prolongadas, enfrentei 2 conexões, uma em Goiânia e uma em Brasília. A de Goiânia me dava cerca de 15 minutos no aeroporto até a partida do próximo avião, tempo exato para uma escapulida até a área externa do aeroporto para degustar um cigarro.
Já em Brasília foi bem diferente,… 2 horas até a saída do próximo vôo, sem nenhuma área para os já injustiçados fumantes, não tinha como sair da área destinada ao embarque para dar uma fumadinha se quer. Me sentia um criminoso analisando os sistemas de vigilância e posicionamento dos seguranças para poder dar uma burlada na lei.
Eu estava prestes a cometer o crime do milênio, eu já imaginava minha cara estampada em todos os jornais de Brasília, com um cigarro na boca e a manchete em letras garrafais: “Criminoso do Tabaco preso ao pedir isqueiro a policial disfarçado!”, sim,…pois parecia que todos estavam me vigiando, será que me vigiavam? ou também estavam na paranóia de dar uma tragada?
Detectores de fumaça, câmeras,….e o pior de todos os sistemas de segurança, o pessoal da limpeza, que brotavam do nada ao meu lado, sempre que eu descolava um local que julgava seguro para dar duas ou três tragadas antes que pudesse ser covardemente surrado pela segurança do aeroporto.
Todas as tentativas foram falhas,… e tive que esperar derrotado a minha conexão.
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PS: Como trilha sonora para esse fábula adocicada “Sabendo que posso morrer” do Matanza na Rádio Maldita