Escritores e personagens que odiavam a humanidade

POSTADO POR: admin sáb, 07 de janeiro de 2017

A ‘misantropia’ é popularmente conhecida como uma espécie de aversão à humanidade, um comportamento explicado mais detalhadamente na Wikipedia com a etimologia da palavra que é formada por duas outras: miso e anthropos, que juntas formam o termo “Eu odeio o ser humano”. 

Uma análise mais profunda pode revelar que escritores como Emily Dickinson, Jonathan Swift, Marcel Proust, HP Lovecraft ou JD Salinger e até mesmo personagens fictícios, como Sherlock Holmes, o Sr. Edward Hyde e Hannibal Lecter possuíam traços fortes de misantropia em suas personalidades.

E para demonstrar esse fato, nada melhor do que analisar as citações mais famosas dessas ilustres personalidades, e tirar nossas próprias conclusões.
ESCRITORES:
Jonathan Swift (1667-1745). Escritor, poeta e ensaísta de origem irlandesa escreveu obras reconhecidas mundialmente, sendo ‘As Viagens de Gulliver’ considerada a mais famosa delas. Este livro é uma crítica impiedosa, onde misérias sociais da humanidade são retratadas através das quatro viagens de um cientista. Nas três primeiras viagens ele encontra os seres minúsculos de Lilliput, e os gigantes de Brobdingnag, além de visitar uma ilha governada por déspotas. Na última viagem ele acaba em um país cruel em que cavalos são servidos pelos humanos. Com isso, Swift tentou deixar claro que não há esperança, chegando a ser declarado mentalmente incapacitado na época devido ao seu pessimismo.
“Quem anda pelas ruas com atenção, sem dúvida perceberá que os rostos mais alegres são aqueles que acompanham as carruagens de luto.”

Emily Dickinson (1830-1886). A poetiza americana não gostava de interações sociais com a família ou amigos. Durante longos períodos, Emily trancava-se em seu quarto e se comunicava com a sua família e conhecidos apenas através de cartas. Foi sua irmã quem enviou seus manuscritos para a publicação após a sua morte, já que a própria autora não tinha interesse em publicá-las.
Mudar? Só quando as colinas o fizerem.”

Marcel Proust (1871-1922). Proust sempre foi uma criança doente e muito protegida pela mãe. Quando ela morreu, ele escreveu ‘Em Busca do Tempo Perdido’, o romance que marcou a literatura do século XX. Mas o autor, escritor, ensaísta e crítico literário francês, não estava feliz com o mundo e se isolou das pessoas em sua casa, fato que exacerbou a sua melancolia .
A felicidade é algo saudável para o corpo, mas prefiro desenvolver as forças do espírito.”

HP Lovecraft (1890-1937). Foi um autor americano de romances de horror estrelado por criaturas terríveis e repugnantes de uma dimensão desconhecida, focadas em exterminar a raça humana. O Horror de Dunwichi e O Chamado de Cthulhu são algumas das suas obras mais conhecidas.
Estou tão cansado da humanidade e do mundo, que nada mais me interessa a menos que contenha um par de assassinatos em cada página, ou ofertas inexplicáveis que vão além de universos externos do horror.”
PERSONAGENS:
Capitão Nemo (1869). Dizem que o protagonista de Vinte Mil Léguas Submarinas seria o alter ego de Jules Verne, embora seja difícil de acreditar na pouca fé na humanidade do escritor. O livro conta a expedição de um grupo de cientistas em busca do mistério de uma criatura que percorre os mares. Pouco depois descobrimos que, na verdade, é o submarino Nautilus comandado pelo Capitão Nemo, um homem talentoso, detentor de uma sabedoria obscura.
O mar não pertence a déspotas. Na superfície, eles ainda podem exercer os seus direitos, lutar, devorar, transportar todos os horrores terrestres. Mas a trinta pés de profundidade, o seu poder cessa, sua influência esvai, seu poder desaparece.”

Mr. Edward Hyde (1876).  O Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde de Robert L. Stevenson, narra uma pesquisa conduzida por um advogado que não entende a relação de seu amigo, o Dr. Henry Jekyll, com o misantropo Edward Hyde. Mas Hyde não passa de uma outra personalidade de Jekill, que se torna um assassino com um lado bom e outro tuim coexistindo dentro de si ao mesmo tempo. 
Eu não critico a heresia de Caim. Eu sempre deixo os outros se destruírem da maneira como melhor lhes convir.”

Sherlock Holmes (1887). Nas palavras do Dr. Watson, Holmes não fazia  a menor questão de publicar suas aventuras nos jornais de Londres, e quando lhe pediu para contar algum caso com desfecho curioso, Watson se apressou em escrever a história antes que Holmes mudasse de ideia, definindo esse traço da personalidade do detetive na seguinte frase:
Seu espírito misantropo e zombador detestava qualquer aplauso popular.”

Hannibal Lecter (1981). Este médico psiquiatria e extremamente sociopata não fazia objeção em matar e comer os seus pacientes. Ele foi apresentado em Dragão Vermelho por Thomas Harris, e protagonizou mais três livros (O Silêncio dos Inocentes , Hannibal e Hannibal: a origem do mal), todos adaptados para o cinema. Hannibal foi amarrado e amordaçado em sua cela buma prisão de segurança máxima, onde ele foi capaz de escapar graças a sua inteligência, frieza e absoluta falta de misericórdia.
Você tem os olhos atraentes, e um corpo que clama pela morte”