‘Dominatrix’, a heroína sádica criada pela lenda do rock Gene Simmons

POSTADO POR: admin qui, 18 de maio de 2017

Pouca gente sabe, mas além de ser uma lenda do rock como o baixista e fundador da banda de hard rock KISS, nas horas vagas Gene Simmons administra a sua própria editora de quadrinhos (sua segunda paixão depois da música), onde lança títulos com personagens peculiares diretamente ligados ao estilo que o consagrou.

Uma das suas criações mais bem sucedidas é ‘Dominatrix’, uma heroína extraída do universo sadomasoquista do BDSM envolvida com um enredo de sexo, espionagem e muito couro preto. Simmons conta que a ideia para a história surgiu em uma conversa social com uma dominatrix de verdade, que o deixou fascinado ao relatar o seu estilo de vida. Aproveitando a imagem já erotizada dos trajes heroicos, o baixista logo percebeu que o conceito poderia render grandes arcos de aventuras.
A HQ traz a audaciosa Dominique Stern como protagonista, uma dominatrix profissional que se envolve em um mundo de conspirações internacionais depois que um de seus clientes perde a compostura durante uma intensa sessão de sadomasoquismo, e acaba deixando escapar informações ultra-secretas. De forma relutante, Dominique se vê na necessidade de tornar-se uma heroína com o único objetivo de salvar a si mesma, seus amigos, e as informações que podem ruir com a estrutura do país.
Roteirizada por Sean Taylor e ilustrada por Flavio Hoffe, Dominatrix rendeu um arco fechado com seis revistas que não possuem a menor previsão de chegarem por aqui. Principalmente porque o título já foi lançado lá fora a mais de 10 anos e está fora de linha, tendo um início, meio e fim metóricos. Porém, mais recentemente o grupo editorial de Simmons firmou uma parceria com a Arcana Comics, que em 2013 trouxe a heroína em novas edições isoladas e algumas participações especias em outros títulos da editora.

Apesar de ser um trabalho que ainda está bem longe do nosso mercado nacional, Dominatrix vale uma menção honrosa nos panteões de heróis principalmente pela sua originalidade, em um momento que o gênero vem sendo criticado pela sua falta de criatividade.