Dois jovens e uma atitude que salvou o trânsito de SP
Na década passada, com a descoberta do poder da internet e das redes sociais, podemos dizer que foram anos de reclamações. Não que essas reclamações não existissem antes, mas como em um passe de mágica, de repente todo mundo descobriu alguma coisa que julgasse digna de uma mudança. E daí por diante iniciou-se uma era de ‘indignações’ postadas diariamente, algumas sem pé nem cabeça, outras sem conhecimento de causa, e algumas que nem vale a pena comentar.
Hoje já vemos essa prática ser considerada obsoleta, estática, e até pejorativa. Foi formada então a Geração Rebelde do Facebook, aquela que muito fala, mas pouco faz.
Atualmente, falar que isso ou aquilo está errado, só te faz parecer uma criança birrenta esperneando. Agora é necessário que você use a facilidade da tecnologia não apenas para postar suas reclamações, mas também para mostrar por fotos, textos ou vídeos, o que você está fazendo a respeito da situação. Afinal, falar até papagaio fala, e ‘tcl cum vc’ até analfabeto funcional tecla.
Cabe aqui o exemplo de dois cidadãos paulistanos, que ao assistirem os semáforos de uma importante avenida da cidade entrarem em pane após uma chuva, resolveram eles mesmos tentar organizar o tráfego dos carros e tentar liberar duas ambulâncias que ficaram presas em meio ao caos que tornou-se o transito do lugar.
Durante quase uma hora os rapazes prestaram um serviço ‘já pago’ que em teoria deveria ter sido feito pelas autoridades. Gravaram tudo, e aí sim, só depois postaram o vídeo na internet junto com o seu protesto e indignação. Indignação essa que fica ainda maior quando vemos um carro da Policia Militar e outro da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que passam pelo local dando risadas da situação mas não se prestaram a auxiliar os voluntários.
Como otimista que sou, acho até que eles tiveram sorte em não serem presos pelo exercício ilegal da profissão.
A atitude gerou alguns aplausos por parte dos motoristas, mas também buzinadas e xingamentos de alguns egoístas apressados, que por alguma conclusão insólita, acharam que eles estavam atrapalhando.
Veja o vídeo abaixo e tire suas próprias conclusões…
