Dicas de livros sobre crimes reais de Serial Killers

POSTADO POR: admin sáb, 29 de novembro de 2014

Você pode até não concordar, mas é inegável que o perfil de assassinos seriais, por alguma razão desconhecida, atrai e fascina muitos curiosos em todo o mundo. Embora seja um evento extremamente raro, o surgimento de um novo ‘Serial Killer’ é algo que mobiliza a imprensa de tal forma, que após seus julgamento, muitos desses criminosos já saem do tribunal com as suas sentenças sacramentadas e os direitos da suas histórias vendidos para virarem livros ou filmes em Hollywood. Devido a esse fenômeno, é sabido de Serial Killers que ganharam o status de ‘celebridade’ após a prisão, e aparentemente deixaram de fazer vítimas, para fazer acólitos.

Por um outro lado, os escritores e jornalistas que se aventuram em contar essas histórias sangrentas, muitas vezes são taxados de exploradores da desgraça alheia e precisam estar conscientes do risco que assumem ao optar por escrever esse gênero. Às vezes, até mesmo sendo mal vistos por outros autores que, ironicamente, utilizam os mesmos casos reais como fonte de inspiração para suas obras fictícias. E é assim que nos surge obras incríveis sobre o tema, como O Silêncio dos Inocentes, Pisicose, Dexter, e  tantas outras.
Alguns desses escritores penetram tão afundo na mente doentia de seus pesquisados, que correm o risco de trazer um pouco de toda aquela negatividade dos fatos para suas vidas pessoais, e suas próprias histórias podem acabar ficando tão atribuladas quanto a dos assassinos retratados em seus capítulos. Como a carreira do grande Truman Capote, por exemplo.
Enfim,… Se você, amigo leitor, se enquadra em qualquer um dos estereótipos citados acima, seja de serial killer, vítima, jornalista investigativo ou apenas um inocente curioso sobre o assunto, sugerimos que de uma conferida na lista que preparamos com alguns livros sobre crimes reais de Serial Killers.
✔ O Jornalista e o Assassino, de Janet Malcolm
Janet Malcolm, uma das mais importantes jornalistas americanas do século XX, escreveu oito livros, baseados em labirínticas reportagens publicadas na revista The New Yorker. Seu assunto pode ser o legado de escritores como Anton Tchekhov, Gertrude Stein e Sylvia Plath, a disputa pelo acesso aos arquivos de Freud ou processos judiciais que causaram comoção nos Estados Unidos, como em O Jornalista e o Assassino – Uma Questão Ética, em que narra a história de um médico, Jeffrey MacDonald, que condenado pelo assassinato da esposa e das duas filhas, moveu um processo inaudito contra um jornalista que escrevera um livro sobre ele com base em entrevistas feitas durante o julgamento e na prisão.
Colocando em pauta temas tão polêmicos quanto a ética do jornalismo e a liberdade de imprensa, o livro de Malcolm tornou-se um clássico instantâneo sobre a relação entre jornalismo e poder.
✔ A Sangue Frio, de Truman Capote 
O filme Capote, vencedor do Oscar, conta a história por trás da elaboração deste livro, A Sangue Frio.
O americano Truman Capote foi um escritor versátil: produziu textos de qualidade em vários gêneros (contos, peças, reportagens, adaptações para TV e roteiros para filmes). Mas sua grande obra foi o romance-reportagem A Sangue Frio, que conta a história da morte de toda a família Clutter, em Holcomb, Kansas, e dos autores da chacina.
Capote decidiu escrever sobre o assunto ao ler no jornal a notícia do assassinato da família, em 1959. Quase seis anos depois, em 1965, a história foi publicada em quatro partes na revista The New Yorker. Além de narrar o extermínio do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon – uma típica família americana dos anos 50, pacata e integrada à comunidade -, o livro reconstitui a trajetória dos assassinos.
Perry Smith e Dick Hikcock planejaram o crime acreditando que se apropriariam de uma fortuna, mas não encontraram praticamente nada. Perry era um sonhador. Teve criação conturbada e violenta, e achava que a vida lhe tinha dado golpes injustos. Dick, considerado o cérebro da dupla, queria apenas arrebatar o dinheiro e desaparecer.
Presos e condenados, ambos morreram na forca em 1965. Publicado no mesmo ano da execução dos assassinos, A Sangue Frio rapidamente se tornou um sucesso de crítica e vendas, rendendo alguns milhões de dólares ao autor.
✔ Pela Bandeira Do Paraíso, de Jon Krakauer
Em 1984, no estado americano de Utah, os irmãos Ron e Dan Lafferty mataram a facadas a cunhada e sua filha de quinze meses. No tribunal, alegaram ter recebido uma revelação em que Deus ordenava a “remoção” das duas vítimas. Ron foi condenado à morte e Dan à prisão perpétua. Os dois pertenciam a uma facção fundamentalista da crença mórmon.
A partir do relato desse crime, Pela bandeira do Paraíso reconstitui as origens do mormonismo e de suas cisões. O autor analisa as atividades e ensinamentos de diversos autoproclamados profetas e da seita poligâmica praticada atualmente em comunidades isoladas nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, nome oficial da crença mórmon, é a única religião genuinamente norte-americana. Foi fundada por Joseph Smith no começo do século XIX, depois que um anjo supostamente lhe revelou a localização de placas de ouro maciço em que estava inscrito um texto sagrado. A doutrina mórmon se baseia na tradução desses escritos e nas revelações que Smith teria recebido ao longo da vida, diretamente de Deus.
Um dos principais preceitos mórmons era o da poligamia, ou “casamento espiritual”. A revogação desse preceito, no fim do século XIX, deixou muitos fiéis insatisfeitos. Alguns deles se organizaram para formar a dissidência fundamentalista de que trata Pela bandeira do Paraíso.
Caso exemplar de radicalismo religioso, o crime de Ron e Dan Lafferty suscita indagações importantes sobre os limites da fé e do fanatismo. Pela bandeira do Paraíso é uma reflexão oportuna nos tempos atuais, quando a religião é utilizada para justificar a violência, o terrorismo e ações extremistas.
✔ Arquivos Serial Killers: Made in Brazil, de Ilana Casoy
Após o sucesso do seu primeiro livro, Ilana Casoy dedicou-se a uma pesquisa rigorosa para investigar os serial killers brasileiros, no que viria a ser o primeiro livro do gênero dedicado aos assassinos em série do Brasil. Foram cinco anos de pesquisas, visitas a arquivos públicos, manicômios e penitenciárias, além de entrevistas cara a cara com personificações do mal em terras tupiniquins, para compor um inquietante roteiro com rigor investigativo de como, por quê e com que métodos os serial killers brasileiros atuam. 
Em Made in Brazil, Casoy relata sete casos de serial killers brasileiros, três dos quais ela entrevistou pessoalmente: Marcelo Costa de Andrade, o vampiro de Niterói, um dos casos e depoimentos mais chocantes do currículo da autora; Francisco Costa Rocha, o Chico Picadinho; e Pedro Rodrigues Filho, o Pedrinho Matador. Um relato cruel feito pelos próprios assassinos, conduzido com maestria por quem entende do assunto, que procura guiar o leitor pela sinuosa mente de pessoas frias e com movimentos mais que premeditados para o mal. Além deles, a autora se debruça sobre a vida e os crimes de José Augusto do Amaral (Preto Amaral), Febrônio Índio do Brasil, Benedito Moreira de Carvalho (Monstro de Guaianases) e José Paz Bezerra (Monstro do Morumbi).
✔ Arquivos Criminais: Demonstrações Assustadoras da Depravação Humana, de John Marlowe
O estudante de criminalística Stephen Griffiths pintou com spray as palavras “Minha Escrava Sexual” nas costas de sua vítima, antes de filmar seu assassinato em seu telefone celular.
O suinocultor assassino Robert Pickton administrava a Piggy Palace Good Times Society, um local sórdido que assegurava um fluxo constante de vítimas. O ascendente coronel da força aérea canadense Russell Williams passou horas tirando fotografias suas usando as peças íntimas das suas vítimas antes de matar e matar novamente. 
Katherine Knight matou seu namorado John Price, ferveu sua cabeça e nádegas e as serviu no jantar com abóboras e batatas assadas. Este livro lhe dará informações precisas sobre crimes modernos em cores vivas. 
A obra retrata assassinos em massa, como Anders Behring Breivik, Stephen Griffiths (também conhecido como “O Canibal da Besta”), Robert Pickton, Phillip Garrido, Serhiy Tkach, John Floyd Thomas Jr., Jerry Brudos, Josef Fritzl e muitos outros. Aqui, John Marlowe apresenta uma cuidadosa seleção de leituras do lado sombrio da vida. Macabro, porém fascinante.
✔ Os Crimes de Jack – O Estripador, de Paul Roland
Mais de um século depois de suas emboscadas nas ruas do East End de Londres, o assassino em série Jack, o Estripador, continua exercendo um fascínio macabro na imaginação popular. Depois de escrupulosamente reexaminar documentos oficiais da época, o jornalista investigativo Paul Roland descortina um mito e conceitos equivocados de décadas para revelar a identidade de um novo suspeito que nunca foi seriamente considerado até hoje. 
Se esses crimes fossem investigados hoje, o que as autoridades considerariam como pistas vitais? De que forma seus investigadores descreveriam o primeiro assassino em série da Inglaterra e em quem eles procurariam se concentrar? 
Se você estiver esperando que um dedo seja apontado a um dos suspeitos costumeiros, esteja preparado para ter uma reviravolta em suas hipóteses.
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