Desvendando a Hierarquia da Nobreza

POSTADO POR: admin sáb, 30 de novembro de 2013

Eu sempre quis saber qual a verdadeira função, ou grau de importância, dos vários títulos de nobreza que crescemos ouvindo em contos de fadas e histórias literárias. Você não?
Era fácil entender que o rei mandava na coisa toda, a rainha era uma vagabunda, o príncipe um menino mimado que sempre sujava o legado do pai e a princesa a garotinha renitente que sempre precisa ser salva. Mas onde se encaixa os outros cinco títulos vitalícios e hereditários do regime monárquico nessa pirâmide de poder? Onde ficam os Duques, Marqueses, Condes, Viscondes e Barões nessa aristocracia? 
‘A base do sistema surgiu junto com o início da Idade Média e o final do
Império Romano, no século V, quando a Europa ficou subdividida em vários
pequenos reinos. Cada um deles era governado por uma dinastia que, por sua vez,
vivia cercada de agregados que formavam uma elite social. Esses primeiros
antepassados da chamada fidalguia se distinguiam do resto da população
(camponeses e escravos) tanto por laços de parentesco com o rei, quanto por
serviços prestados a ele – como resolver litígios e conquistar novas terras
para a Coroa. O costume, então, era dividir o patrimônio igualmente entre os
herdeiros.
Com isso, a defesa de cada território e sua comunidade,
função primária da realeza, passou para os senhores feudais de cada castelo,
aumentando-lhes o poder e disseminando entre eles os títulos de nobreza.’
Veja abaixo a ordem da hierarquia medieval dos cinco títulos
nobiliárquicos dos conhecidos ‘Amigos do Rei’:

1 – Duque
O primeiro escalão da nobreza tem sua origem ainda no
Império Romano, cujos comandantes militares recebiam o nome de dux – “aquele
que conduz”
, em latim. Na Espanha, os duques eram os mais importantes generais
da Coroa. Já em Portugal, o título era outorgado apenas aos filhos do rei ou a
parentes bem próximos. Na Itália, os duques eram os responsáveis pela
administração de cidades e províncias. Na Rússia, existia ainda o título de
grão-duque, entre o duque e o rei. A mesma posição foi instituída pela família
real austríaca, em 1358, com o nome de arquiduque.

2 – Marquês
De hierarquia inferior apenas ao duque, seu nome vem
do provençal, dialeto medieval do sul da França. Ali se chamava originalmente
de marques o governador de fronteira – ou “governador de marca”. As marcas eram
distritos territoriais que tinham a função especial de zona de proteção em
regiões fronteiriças ou mal pacificadas. Nesses locais, o marquês tinha amplos
poderes, respondendo tanto pela administração civil quanto pela defesa militar.

3 – Conde
Na Roma antiga, a palavra latina comes (“aquele que
acompanha”) – que também deu origem à palavra “comitiva” – referia-se àqueles
que moravam junto com o imperador: assessores, conselheiros e oficiais
palacianos. Entre os francos, o mesmo nome era dado a juízes e governadores
distritais. Aqueles que eram ligados à Corte levavam o título de condes
palatinos e gozavam de grande influência. O valete, conhecido das cartas do
baralho, é o mesmo que conde.

4 – Visconde
O mesmo que “vice-conde”, do latim vicecomes – ou
seja: o substituto do conde, designado para desempenhar suas funções quando ele
estivesse impedido ou ausente. A partir do século X, o título passou a ser
hereditário, outorgado também aos filhos dos condes.

5 – Barão
O termo germânico baro significava originalmente
“homem livre”, embora os oficiais assim chamados fossem dependentes diretos do
rei. O título era oferecido a pessoas de destaque nas mesmas funções básicas
dos outros cargos da nobreza: governar territórios e comandar exércitos.
como visto em super interessante