A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: GULA

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Seguindo com a nossa lista literária dos 7 Pecados Capitais, chegou a hora de abordar uma das nossas maiores fraquezas, o pecado da GULA. Uma forma nada convencional de garantir a sua estadia assando feito um frango de padaria no fogo eterno do Inferno.

Muitas vezes ignorada como um pecado capital até pelas mais devotas das beatas (do tipo que dão prejuízos nas festas de casamentos e ainda levam comida pra casa), a Gula, já foi usada, ou citada, como argumento para muitas histórias famosas cujo a leitura só engordaria a sua cultura.

E caso esse seja o seu vício, separamos aqui alguns desses livros ‘glutões’ que você vai adorar devorar…

Uma Lagarta Muito Comilona, de Eric Carle

Uma história curiosa onde a Gula acaba sendo necessária para o sucesso final da personagem. Esse livro infantil narra a história de uma lagarta gulosa que devora tudo que vê pela frente. Come até as páginas do próprio livro. 
De uma forma gradual o autor mostra o ciclo de vida da lagarta que precisa se alimentar continuamente para transforma-se em uma imponente borboleta colorida. Por meio de repetições, este livro pretende ajudar a criança a memorizar os dias da semana, os números e ajudar na alimentação dos pequenos.
A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de arrakis, o planeta deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.
Mas o que queremos aqui, é chamar a atenção para o cheiro apetitoso que exala das enormes mesas de banquetes desse enredo. Talvez seja mais fácil suportar a quantidade de comida consumida em Duna, quando se tem um suspensório anti-gravitacional para te manter em pé após uma refeição. Como a exemplo do nefasto Barão Harkonnen que usa esse tipo de artifício para manter seu enorme corpo ereto. 

As Chaves do Reino, por Garth Nix
Artur Penhaligon jamais pensou que um dia tivesse que retornar à casa que quase o matou em uma segunda-feira – a casa que contém um reino fantástico e sinistro. Mas o dia seguinte trouxe novos desafios sob a forma de um inimigo chamado Horrível Terça-Feira. Ele ameaça a segurança da família de Artur e de seu mundo. Para salvá-los, o jovem deve recuperar a Segunda Chave, que está em poder do Horrível Terça-Feira. Desta vez, Artur terá que roubar um Navio de Sol, sobreviver a um estranhíssimo campo de trabalhos forçados, fazer amizade com um espírito e lutar contra os Nadicas. E, depois disso tudo, ainda terá que se aventurar pelas assustadoras Regiões Distantes para a batalha final.
E o que isso tem a ver com a gula? Bom, basta dizer que Drowned Quarta-Feira comeu todas as horas do meio-dia ao anoitecer. Além disso, ela é uma baleia e a tal chave citada tem a forma de um garfo. 

O Clube dos Anjos, de Luis Fernando Veríssimo
Sentar-se à mesa com os amigos, saborear o seu prato preferido e se entregar ao prazer de comer, louca e apaixonadamente. Depois? Depois a morte. Mas isso só parecia acentuar a delícia de sabores irrecusáveis, o paladar em estado de exaltação, a bênção de um destino escolhido. O humor genial de Luís Fernando Verissimo faz dessa obra uma aventura tão envolvente como a amizade entre aqueles homens, até que a morte ou as mulheres os separassem. 
Tudo começou com o picadinho de carne com farofa de ovo e banana frita. Foi em volta de uma mesa adolescente que eles passaram a se reunir, até que os jantares se tornaram cada vez mais requintados – e sempre mensais, durante 21 anos. Eles tinham em comum a amizade, a gula e também o exercício de uma arte única: a gastronomia como prazer cultural e desafio filosófico. Até que um perverso e misterioso cozinheiro apareceu. 

Charlie e a Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl 
A conhecida história sobre o excêntrico proprietário de uma fábrica de chocolate e o menino Charlie, um menino pobre e de bom coração. Há muito tempo afastado de sua família, Wonka promove um concurso internacional para escolher um herdeiro para seu império de doces. Cinco crianças de sorte, entre elas Charlie, encontram os bilhetes dourados em barras de chocolate Wonka e ganham uma visita guiada à lendária fábrica que ninguém nunca visitou em 15 anos. Maravilhado em tudo o que vê, Charlie fica fascinado pelo mundo fantástico de Wonka nesta história extraordinária.
Como é de costume acontecer aqui no Brasil, esse é mais um caso de uma história que só nos chegou no formato de filmes, mas que originalmente saiu das páginas de um livro que, infelizmente, ainda não possui uma tradução no mercado nacional. 

Comer Rezar Amar, de Elizabeth Gilbert
Buscando tempo e espaço para descobrir quem era e o que realmente queria, Liz Gilbert se livrou de tudo, demitiu-se do emprego e partiu para uma viagem de um amo pelo mundo- sozinha. Seu objetivo é visitar três lugares onde pudesse examinar um aspecto de sua própria natureza. Na Índia se dedicou à arte da devoção e embarcou em quatro meses de contínua exploração espiritual. Em Bali, estudou a arte do equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu Italiano e engordou os 11 quilos mais felizes de sua vida… . A obra fala sobre o que pode acontecer quando você assume a responsabilidade por seu próprio contentamento e para de tentar viver seguindo os ideais da sociedade. Certamente irá emocionar qualquer pessoa que se abra a inesgotável necessidade de mudança.

Gula-História de um Pecado Capital, de Philippe Delerm
Se a palavra gula só aparece nas fontes manuscritas no final da Idade Média, sua história é bem mais antiga e remonta aos primeiros tempos do cristianismo dos séculos III e IV. De cunho negativo, qualifica um dos sete pecados capitais. Aos poucos, “gula” vai adquirindo um sentido mais positivo, nos séculos XVII e XVIII. 
Tornada “honesta” e “amável”, a boa gula designa então os amantes da boa comida. Ricamente ilustrado, esse livro trata de toda uma trajetória de valores sociais ligados à arte do bem comer. 

A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: AVAREZA

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Recentemente
lançamos aqui uma série, que promete garantir sua passagem literária para o
inferno, com a lista de leitura dos 7 Pecados Capitais. E dando
continuidade a esse projeto, após passarmos pela Soberba, agora abordaremos a
transgressão favorita dos rappers americanos: AVAREZA.
Dos
clássicos ao contemporâneo, o dinheiro sempre será um inegável argumento
para histórias dramáticas. Se esse for o
seu vício, temos algumas sugestões de livros sobre o assunto que talvez possam
te interessar…
#A
Pérola
, de John Steinbeck
Embora
seja um dos livros mais conhecidos de John Steinbeck, “A Pérola” traz
uma trama simples: um casal de pescadores descobre a maior pérola do mundo, que
desperta neles, e nas pessoas que vivem em um povoado no litoral do México,
sentimentos e desejos vis. 
Analisando
friamente a obra: Kino é o homem comum em sua jornada do herói em busca da
sorte. Ele é o protetor e provedor; o médico que se recusa a ajudar a criança
representa o pecado da avareza; os perseguidores que querem roubar a pérola
representam a má-fé. E o escorpião que pica a criança no início é um símbolo do
mal.

#Ganância, de Martina Cole

Aclamada
por seu texto afiado e direto, Martina Cole é uma das poucas autoras de
thriller que tem a coragem de mostrar a realidade como ela é. Em Ganância  ela
cria um romance sobre ambição, e revela, sem pudores, até onde estamos dispostos
ir para realizar nossos desejos mais íntimos.
Freddie
Jackson acaba de sair da prisão, achando-se o rei do submundo. Uma espécie de
Dom Corleone de Essex, com conexões milimetricamente orquestradas em seus anos
atrás das grades. No entanto, a última coisa que Jackie, esposa de Freddie,
deseja é ter o marido de volta: as repreensões, a violência doméstica e as
inúmeras amantes. Cada vez mais amarga e emocionalmente instável, Jackie
observa a vida perder toda a graça e sentido. Ao mesmo tempo, ela percebe que
sua irmã mais nova, Maggie, vai muito bem. Apaixonada por Jimmy, primo de
Freddie, Maggie está determinada a não acabar como a irmã. Famílias deveriam
permanecer sempre unidas. Entretanto, por trás de portas e janelas fechadas, a
inveja e a traição podem corromper e devastar a vida de todos seus integrantes.

#Terapia -Avareza, de Ariel Dorfman

O
empresário Graham Blake tem filhos exemplares, negócios bem-sucedidos, uma vida
perfeita, mas não é feliz. Não dorme, mal se alimenta, sofre dores terríveis.
Em seu desespero, busca uma cura radical em um remédio enigmático: durante 30
dias, por meio de microfones e câmeras escondidas, Graham tem o poder de
controlar o destino de uma família que sequer o conhece.
Neste
livro sobre a avareza, escrito especialmente para a Coleção Plenos
Pecados
. Ariel Dorfman nos convida a uma viagem tempestuosa e divertida
pelos desejos, manias e neuroses de Blake. Ao aceitar o tratamento nada
ortodoxo do Instituto de Terapia Virtual, Graham Blake arrisca tudo
para chegar à origem de seus problemas. 
A
cada virada inesperada da narrativa. O talento do autor revela o duelo insano
do homem com seus pecados mais íntimos.

#Canção de Natal, de Charles Dickens

Dickens
escreveu essa história aos 31 anos, quando já era famoso, e aproveitou algumas
lembranças da infância pobre: quando seu pai foi preso por dívidas, o menino
Charles vendeu os livros que tinha e foi trabalhar numa fábrica. Anos depois
uma herança iria melhorar a situação da família, mas ficaram as marcas no
futuro escritor. 
Nessas
páginas notáveis, o sovina Ebenezer Scrooge recebe uma lição de amor e boa
vontade, o que lhe dá a chance de evitar um futuro de aridez e
abandono. Numa véspera de Natal ele recebe a visita de seu ex-sócio Jacob
Marley, morto havia sete anos naquele mesmo dia. Marley diz que seu espírito
não pode ter paz, já que não foi bom nem generoso em vida, mas que Scrooge tem
uma chance, e por isso três espíritos o visitariam. 
Após
a visita dos fantasmas, Scrooge amanhece como um outro homem. Passa a amar o
espírito de Natal, e a ser generoso com os que precisavam, e a ajudar seu
empregado Bob Cratchit, tornando-se um segundo pai para o pequeno Tim.

#O Falcão Maltês, de Dashiell Hammett

Gananciosos aventureiros
fazem de tudo para possuir o Falcão Maltês, uma relíquia valiosa que está sendo
transportada do Oriente até a cidade de São Francisco, na Califórnia. E nesse
trajeto não hesitam em mentir, trair e matar para alcançar seus objetivos.
O
detetive particular Sam Spade entra nessa batalha quando seu sócio é
assassinado depois de se envolver com uma jovem sedutora e esperta. Imune a
ilusões sentimentais, habituado a lidar com gangsters e policiais
corruptos, Spade arma um jogo sutil de alianças e traições, decidido a
sair vencedor. Preserva noções elementares de justiça, mas está disposto a ir
até o limite.
Com
a linguagem direta das ruas e o realismo de quem foi detetive particular,
Dashiell Hammlett fez de O Falcão Maltês o romance policial mais famoso do
século XX.
#O
Santo e a Porca
, de Ariano Suassuna
O
Santo e a Porca é uma peça teatral, do gênero comédia, escrita pelo escritor
Ariano Suassuna em 1957, abordando o tema da avareza. É uma comédia em três
atos. Aproxima-se da literatura de cordel e dos folguedos populares do
Nordeste. Na trama, Suassuna narra a história de um velho avarento conhecido
por Euricão Árabe. Ele é devoto de Santo Antônio e esconde em sua casa uma
porca cheia de dinheiro. Muito divertida, a história mistura o religioso e o
profano.
Apesar
de engraçado, o texto tem um fundo filosófico, o que não pode passar
despercebido. O texto não se sustenta só com o riso, mas sobretudo pela visão
crítica. Suassuna utiliza uma trama muito simples para tratar de algo mais
complexo, como a relação do mundo material com o espiritual. O leitor deve perceber
que o comportamento de Euricão lembra muito os conflitos barrocos de ordem
religiosa. No entanto, esse conflito, inerente ao ser humano, chama atenção
pelo fato de o personagem não desfrutar de sua riqueza.
Existe
uma semelhança da personagem Caroba com Chicó, da obra O Auto da Compadecida.
São dois miseráveis que vivem na astúcia, na inteligência e nas ‘manobras’ uma
poderosa artimanha de sobrevivência.
#Macbeth,
de William Shakespeare
Macbeth
é um general do exército escocês muito apreciado pelo seu monarca, o
rei Duncan, por sua lealdade e seus préstimos guerreiros. Um dia, ele e
Banquo, outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes
vaticínios: Macbeth será rei; Banquo é menos importante, mas mais pode­roso que
Macbeth; e os filhos de Banquo serão reis. 
Macbeth
não compreende as confusas palavras das aparições, mas elas calam fundo dentro
de si. Ele relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth – uma das
mais perfeitas vilãs da lite­ratura –, que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o
marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a
tragédia dos dois e uma reviravolta na corte. 
Essa
obra faz parte da chamada “fase trágica” de Shakespeare e, juntamente
com Rei Lear, foi escrita durante a maturidade do dramaturgo, entre 1605 e
1606.
Veja Também:

A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: SOBERBA

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Mesmo
que você siga rigorosamente todo o conjunto de leis que nos rege e ainda
pratique os dez mandamentos cristãos a risca, ainda assim, sempre estará a
mercê de cometer ao menos um dentre os 7 pecados capitais. 
Fazer o quê?!… É a
sina do ‘ninguém é perfeito’.
Os
sete pecados capitais são quase tão antigos quanto o cristianismo. Mas eles só
foram formalizados mesmos no século 6, quando o papa Gregório Magno, tomando
por base as Epístolas de São Paulo, definiu como sendo sete os principais
vícios de conduta: Gula, Luxúria, Avareza, Ira, Soberba, Preguiça e
Inveja
.
Mas
dentro da literatura, temos que admitir que são esses vícios que tornam certos
personagens e histórias realmente interessantes e dignos da nossa atenção. Pensando nisso, o DpM inicia
aqui uma serie de listas literárias baseadas nos pecados capitais, começando
pela SOBERBA, que até pode ser o menos divertido dos
pecados, mas que com certeza garante uma longa queda ao inferno.
Se esse for o seu vício, temos algumas sugestões de livros sobre o assunto que talvez possam te interessar…

-Orgulho
e Preconceito
, de Jane Austen

A
chegada de um jovem solteiro e rico à vila de Longbourn causa um grande
alvoroço na família Bennet, cujas cinco filhas – a bela Jane, a sensata
Elizabeth, a culta Mary, a imatura Kitty e a desvairada Lydia – foram criadas
com um único propósito na vida: encontrar um bom marido. 
Orgulho
e Preconceito, livro que a própria autora considerava “seu filho mais
querido”, foi publicado originalmente em 1813, e atravessou os séculos
dotado de uma assombrosa vitalidade. Além de uma das mais comoventes histórias
de amor já escritas, é uma brilhante comédia de costumes e um estudo profundo
da sociedade de seu tempo. A plena compreensão do mundo feminino e o domínio da
forma e da ironia fizeram de Jane Austen uma das mais notáveis e influentes
romancistas de sua época.
-O
Retrato de Dorian Gray
, de Oscar Wilde
Em
1891, quando foi publicado em sua versão final, O Retrato de Dorian Gray foi
recebido com escândalo e provocou um intenso debate sobre o papel da arte em
relação à moralidade. Alguns anos mais tarde, o livro foi inclusive usado
contra o próprio autor em processos judiciais, como evidência de que ele
possuía “uma certa tendência” no caso, a homossexualidade, motivo
pelo qual acabou condenado a dois anos de prisão por atentado ao pudor. 
Mais
de cem anos depois, porém, o único romance de Oscar Wilde continua sendo lido e
debatido no mundo inteiro, e por questões que vão muito além do moralismo do
fim do período vitoriano na Inglaterra, definida por um dos personagens do
livro como “a terra natal da hipocrisia”.
Seu
tema central um personagem que leva uma vida dupla, mantendo uma aparência de
virtude enquanto se entrega ao hedonismo mais extremado tem apelo atemporal e
universal, e sua trama se vale de alguns dos traços que notabilizaram a melhor
literatura de sua época, como a presença de elementos fantásticos e de grandes
reflexões filosóficas, além do senso de humor sagaz e do sarcasmo implacável
característicos de Wilde.


-A Nascente
, de Ayn Rand

Apesar
da pressão social, profissional e financeira para que se adapte aos modelos
estabelecidos, Roark luta para combater três tipos de indivíduos: os
tradicionalistas, que, presos ao passado, não conseguem ver as inovações
propostas pelo jovem visionário; os conformistas, que, incapazes de atender à
própria vontade, aceitam passivamente as regras e os valores definidos por
outras pessoas; e os parasitas, que rejeitam o herói autoconfiante, que vive
para si próprio e não se deixa explorar por ninguém.
Disposto
a aceitar as responsabilidades e as consequências do pensamento independente,
Roark observa os fatos e os julga sem levar em conta a opinião pública, pois
não precisa da aprovação social. Ele é um individualista, confia nos próprios
pensamentos para chegar a suas conclusões – e, justamente por isso, é um homem
livre.
Uma
das obras-primas de Ayn Rand, A Nascente trata do conflito entre os criadores e
todos aqueles que vivem às suas custas, apenas repetindo, imitando e absorvendo
tudo o que eles fazem. Provavelmente mais atual hoje do que na década de
1940, quando foi publicado nos Estados Unidos, este livro apresenta uma das
ideias mais desafiadoras já narradas em uma ficção: a de que o ego do homem é a
nascente do progresso humano – a fonte de todas as suas realizações e
conquistas.
-O
Velho e o Mar
, de Ernest Hemingway
Depois
de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava
um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento
da pior espécie. 
Mas
ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido
da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Esta é a
história de um homem que convive com a solidão, com seus sonhos e pensamentos,
sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida. 
Com
um enredo tenso que prende o leitor na ponta da linha, Hemingway escreveu uma
das mais belas obras da literatura contemporânea. Uma história dotada de
profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a
que a vida o submete.
-O
Vôo da Rainha
, de Tomás Eloy Martínez
“O
Vôo da Rainha” é a crônica de um crime e de uma pátria. Fiel ao estilo
ficção/não-ficção, o autor concebeu uma história que atravessa de 1997 a 2001,
´uma metáfora do que acontece na República do Prata´.
Como
protagonistas, Camargo e Reina. Diretor do mais importante jornal da capital, o
Diário de Buenos Aires, Camargo está empenhado numa verdadeira cruzada contra a
corrupção nos altos escalões do governo. Com a mesma virulência e vaidade,
apaixona-se por Reina. 
Camargo
está nesta batalha, mas o faz para demonstrar que é mais forte que o poder.
Para ele, a busca da informação é a busca do poder. Já Reina é ambiciosa e se
entrega ao chefe por curiosidade.
-Wolf
Hall
, de Hilary Mantel
A
Inglaterra da década de 1520 está a um passo do desastre. Sem herdeiros,
Henrique VIII deseja anular seu casamento e desposar Ana Bolena, salvando assim
o país da guerra civil. Porém, a saga em busca da liberdade do rei destrói seu
conselheiro, o brilhante Cardeal Wolsey, e deixa um vácuo de poder.
É
nesse cenário conturbado que Thomas Cromwell, gênio político e sedutor, rompe
todas as regras de uma sociedade rígida em sua ascensão ao poder, e se prepara
para quebrar outras mais. Confrontando o parlamento, as instituições políticas
e o papado, ele está pronto para remodelar a Inglaterra segundo seus próprios
desejos e os do rei, mas sabe que um único erro seu pode significar a morte.
-Amsterdam,
de Ian McEwan
Com
Amsterdam, Ian McEwan passou a ser reconhecido como um dos grandes nomes da
literatura inglesa contemporânea. O livro, premiado com o Booker Prize em 1998,
tem seu aprofundamento naquilo que é a marca registrada do autor: thrillers em
que as escolhas dos personagens revelam seu verdadeiro caráter e constroem uma
crítica social.
A
trama consiste de uma fábula moral sobre dois amigos: Clive Linley, compositor
de música erudita, e Vernon Halliday, jornalista. Ambos estão em momentos
cruciais de suas vidas. Clive precisa concluir uma sinfonia para a virada do
milênio que, espera, irá consagrá-lo. Vernon é editor do importante, mas
decadente, jornal The Judge. Após o funeral de Molly Lane, ex-amante de ambos
que sofreu um longo e humilhante declínio mental antes de morrer, os dois fazem
um pacto: caso um deles venha a padecer da mesma agonia, o outro deve
libertá-lo, facilitando a eutanásia.

RESENHA: Malditos Paulistas (Marcos Rey)

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma tarde em uma livraria pode realmente ser algo mágico. É incrível como há dias em que se corre os olhos por todos os títulos das prateleiras sem que nada desperte o seu interesse, ou ocorrer de simplesmente bater de frente com algum título, ou capa, que te atrai logo de cara. Aí você dá aquela folheada no exemplar, e uma lida na sinopse, contracapa, e orelhas, e por alguma razão ocorre algo próximo a um amor a primeira vista. É decidido que aquele exemplar em específico será seu, e é provável que passe o resto do tempo carregando ele na mão, mesmo tendo dúzias de outros iguais no lugar.

A última vez que tive esse ‘insight’ foi com o livro Malditos Paulistas do Marcos Rey. Um autor já falecido com um vasto currículo literário que até então eu desconhecia. Comprei sua obra totalmente as escuras, ignorando até mesmo sua data de publicação, até achando tratar-se de um lançamento recente.

Tudo que aquela história possuía para me atrair estava muito bem resumida em sua sinopse que falava sobre um carioca que, ao tentar a vida em São Paulo, acabou como motorista de uma rica família de descendência italiana do refinado bairro do Morumbi, onde acidentalmente acaba envolvido em uma trama mafiosa articulada por seus patrões.

Passando pelo filtro da minha vida, o livro já tinha me ganhado quando mencionou ‘Carioca em São Paulo’.

Durante o transcorrer da leitura, meu lado crítico a todo o momento tentava me situar em alguma década específica onde se passasse a narrativa, e estabelecer uma linha temporal para a obra. Algo que não durava muito, pois logo eu voltava a me envolver com o desenrolar dos personagens e esquecia de fiscalizar se algum empecilho da trama podia ter sido resolvido com uma simples ligação de um moderno celular, ou não.

Mas você, caro leitor desta resenha, terá a sorte de já saber que a história de ‘Malditos Paulistas’ se passa no início da década de 80, quando a rivalidade entre os estados ia além do futebol.

Se as datas se encontrassem, eu até poderia dizer que as diferenças entre a ‘Terra da Garoa’ e a ‘Cidade Maravilhosa’ abordadas no livro, poderiam ter fatalmente influenciado a sequencia de textos ‘Coisas que um carioca nunca vai entender em SP‘ aqui do blog, ou vice-e-versa. Pois o tratamento é bem parecido, tratando o assunto com um certo humor, sem ser tendencioso, mas sem fugir da verdade inegável de certos fatos.

Qualquer pessoa que tenha alguma ligação com ao menos uma dessas culturas (seja a carioca, ou paulistana), facilmente irá se divertir em ver como Marcos Rey desarma os leitores ao desconstruir os estereótipos de ‘carioca malandro’ e ‘paulista operário’, para mais tarde reconstruí-los com grande estilo para o fechamento de um enredo policial impossível de ser desvendado antes de seu desfecho.

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