Caso Perdido (conto interativo) – Parte 5

POSTADO POR: admin sáb, 09 de junho de 2012

Este é mais um conto-interativo que tem ocupado os últimos sábados deste blog. A idéia é apresentar contos curtos e interligados, onde ao final de cada um, é apresentada uma enquete com opções para que você possa decidir a próxima ação do personagem, assim participando do enredo e influenciando diretamente no final da história.
Para acompanhar seu conteúdo, e começar a participar desta interatividade, é sensato que você leia os capítulos anteriores:
Parte 1 – Parte 2 – Parte 3 – Parte 4
O conto-Interativo ‘Caso Perdido’ é postado todo sábado e terá sua enquete encerrada a meio-noite de terça-feia. Continuando na semana seguinte e assim por diante até o seu final que pode ser a qualquer momento dependendo do rumo que os leitores derem a história.
O silencio poético da situação é quebrado pelo barulho do maquinário do elevador indicando a curiosa volta de seu funcionamento. Seja lá quem fosse que estivesse em seu interior, conseguiu sair da arapuca armada por Tim e agora estava de volta ao jogo, ansiosa pela sua vez de jogar os dados da sorte.
A coisa ficava cada vez mais estranha e com menos sobreviventes que pudessem esclarecer todo o ocorrido dentro da mente cética do detetive. Olhou para o cadáver de Diogo Leitão e desejou mais alguns minutos ao lado do amigo só para ter a oportunidade de pedir desculpas pelas vezes que zombou de suas teorias místicas para algum assassinato.
Ele aperta com força o cabo da arma e corre até a sala tentando antecipar a próxima jogada da invasora.
Com
poucos segundos para arquitetar um bom plano, o detetive corre os olhos ao seu
redor a procura de uma boa ideia. Cansado do jogo de gato e rato que estava
sendo obrigado a participar, novamente decide burlar as regras e tentar
adquirir alguma vantagem sobre sua estranha adversária. Ainda sem nada saber
sobre o paradeiro da jovem Cássia, sentiu que precisa agir com cautela se
quisesse encontra-la viva para ouvir suas possíveis explicações sobre os
últimos acontecidos.

fora, nos corredores do prédio, um novo ruído indicava que o elevador havia
alcançado o sétimo andar e que suas portas abriram, libertando seja lá quem
fosse que estivesse em seu interior.
Pronto
para dar um fim aquela agonia, Tim Roque abrigou-se atrás de uma escrivaninha
localizada na extrema esquerda da sala. Agachado de onde estava, tinha uma
perfeita visão da porta, poderia pegar a suspeita de desprevenida assim que a mesma
adentrasse o apartamento. Engatilhou a pistola, engoliu as últimas cápsulas do
frasco de remédio e esperou.
As
batidas do coração do detetive pareciam acompanhar os passos que se aproximavam
em uma cadência quase hipnótica.
Não
demorou muito e logo a misteriosa mulher entrou no recinto. Tinha uma postura
em alerta e carregava consigo uma espécie de espada curta com a lamina suja com um sangue tão rubro quanto a cor de sua longa bota vermelha.
Tim
Roque suou frio e afrouxou o dedo do gatilho quando viu o rosto da assassina.
Mesmo
após tanto tempo, ele jamais esqueceria o rosto de sua própria esposa
desaparecida. Nunca a viu vestida de tal forma e nem com uma maquiagem tão pesada,
muito menos com tal postura enrijecida, mas ela ainda continha os traços
delicados que tanto o cativaram na juventude.
Sua
esposa e filho sumiram há cerca de três anos sem deixar pistas. Daí foi a
derrocada do detetive. Foi quando as dores começaram. Foi quando passou a
precisar das pílulas controladas para se apoiar. Nunca desistiu de procura-los,
mas não foi assim que imaginara encontrar parte de sua família.
Diante
do fato, Tim paralisou e já não conseguia mais esboçar qualquer tipo de ação,
ou reação. Limitou-se a apenas assistir quando a suposta Simone, aparentemente
sem se dar conta de seu esconderijo, abaixou-se perto do sofá e tentou alcançar
algo embaixo do móvel. Mesmo ciente de suas obrigações e deveres, o detetive
não ousou interromper um segundo sequer daquele inusitado reencontro. E foi
justamente por isso que demorou a notar que aquela ainda não era a última
surpresa macabra daquela noite.
Do
quarto onde falhara em salvar seu companheiro, ele viu surgir o corpo da garota
morta, ainda exibindo as marcas dos tiros disparados por Tim, se apoiando na
parede do corredor do apartamento e se arrastando em direção a sala. A visão
era aterradora.
Ignorando
a presença do cadáver ambulante, a mulher, ajoelhada e desprotegida, ainda
tateava o chão em sua busca. Do lado oposto do ambiente, o detetive aflito
assiste a tudo e sente que precisará quebrar o encanto exercido pela reaparição
da esposa e agir energicamente, como exige sua profissão.
A
morta-viva chega a poucos metros de Simone e então o detetive consegue reunir
forças necessárias para fazer a coisa mais sensata nesse momento de tensão.
***
Resultado da última enquete
Agora chegou a hora de participar desta história e dar sua contribuição para o rumo da trama. Você pode votar na enquete abaixo até a meia-noite da próxima terça (dia 12) e acompanhar o caminho escolhido pela maioria no sábado seguinte.
Também é importante que vocês usem os comentários do blog para aumentar essa interatividade que é essencial para a conclusão deste projeto.


Como o detetive Tim Roque deveria agir?
Gritar e alertar a esposa sobre o perigo
Levantar e tentar atirar novamente no cadáver reanimado
Correr e usar os punhos para proteger a esposa