Caso Perdido (conto interativo) – Parte 3
Tim Roque seguiu pelo corredor com passos apressados, porém
cautelosos, até chegar à bifurcação onde novamente teria que optar entre o
elevador e a escada para descer os sete andares que o separavam do piso térreo.
Olhou rapidamente para o pequeno visor digital que, em vermelho, indicava que o
elevador estava parado no primeiro andar, provavelmente por ter sido usado para
levar os dois policiais subordinados de volta a seus postos há poucos minutos
atrás. Aproveitou a lembrança e tentou chama-los pelo radio, mas não obteve
resposta. Temeu pelo pior.
Diogo Leitão, ele tomou fôlego e começou a descer os degraus. A cada lance de
escada vencido, ele se permitia uma pequena pausa para silenciar o som de seus
passos na esperança de identificar algum novo barulho que denunciasse mais alguma surpresa desagradável.
Com o corpo protegido por uma larga coluna do
edifício, espiou a situação da portaria com um rápido movimento de cabeça.
mortos. As paredes, antes brancas, estavam redecoradas com imensos respingos de
sangue e seus formatos indicavam um rápido ataque com armas brancas. Concluiu que os tiros ouvidos provinham das armas largadas ao lado dos corpos dos
policiais. E os gritos, dos próprios policias antes de serem abatidos.
O rangido da porta automática anunciou que o elevador estava sendo
utilizado. O detetive tentou correr, mas novamente foi vencido pela sua falta
de preparo físico. Chegou a tempo de ver o mecanismo se fechando com uma
silhueta feminina em seu interior, rumo aos pisos superiores.
idiota. Havia caído em uma armadilha, e não gostou de saber disto. Estava o
tempo todo correndo em círculos, gastando suas poucas energias, e agora estava
fatigado demais para estar onde realmente deveria. Ao tomar ciência do jogo,
sentiu-se livre para criar suas próprias regras. Tomou mais duas de suas pílulas
controladas e conferiu o visor do elevador. Indicava que a estranha já
alcançava o terceiro andar.
portaria e com um tiro arrebentou o cadeado que lacrava a portinhola de ferro.
Precisou apenas de alguns segundos para identificar três chaves de energia
etiquetadas como ‘elevador’, empurrou os dispositivos para baixo e um som
abrupto que ecoou pelos corredores indicou o desligamento forçado do
maquinário, deixando o elevador parado entre o quinto e o sexto andar. Com a
suspeita aprisionada na caixa de metal, ganhou o fator tempo a seu favor e pode
respirar, um pouco, aliviado.
tentou subir até vocês.
parado entre um dos andares. Proteja a menina, a esconda em algum lugar. Ela é
a nossa única pista deste caso.
essa?
O que se seguiu pelo rádio foi estática e alguns sons indecifráveis
para Tim Roque. Pensou ter ouvido alguns gritos do perito, objetos caindo e se
quebrando pelo chão, barulhos de luta corporal, mas, além disso, um urro
gutural inumano. E então o silêncio.
achava pouco provável que ela conseguisse fugir tão rapidamente da arapuca que
lhe armara no elevador, a não ser que estivesse sendo auxiliada por alguém previamente
instalado no prédio. Nesse momento sentiu falta de ouvir as teorias
escalafobéticas do amigo Diogo Leitão, imaginou que ele teria uma estranha explicação
sobrenatural para o acontecido.
dar seu próximo passo.
Qual seria a próxima ação do detetive Tim Roque?
Tentar ajudar o colega Diogo Leitão
Conferir o elevador com a suspeita
Procurar pela jovem Cássia