Bom de Briga (Markus Zusak)

POSTADO POR: admin dom, 10 de agosto de 2014

Depois de me aventurar pelas páginas de O Azarão’ de Markus Zusak, acompanhar a história dos irmãos Wolfe passou a ser uma questão de honra. E se no primeiro livro da saga eu já me sentia extremamente seduzido pelo título da obra, o que dizer dessa segunda parte que traz as palavras ‘Bom de Briga’ (Editora Bertrand Brasil, 206 páginas) em letras abalroadas em sua capa. Comprei sem arrependimento, e a muito custo capinei um espaço entre as minhas leituras para revisitar a vida dura dos jovens Cameron, Ruben e de sua família.
Mantendo a linha narrativa onde Cameron descreve toda a história, desta vez ele divide o palco com seu irmão e fiel companheiro Ruben, mais velho e bem mais talentoso que o caçula, mas com um coração de igual tamanho.

Mesmo levando uma vida difícil que a cada dia se agrava mais com o desemprego do pai, nada disso impede os irmãos Wolfe de continuar a cometer suas atitudes estúpidas, típicas de garotos de sua idade. Dentre suas atividades, está a tradicional luta de boxe no quintal de casa, onde os irmãos dividem um par de luvas, sendo cada um com uma, enquanto trocam socos. Um tipo de brincadeira que gera alguns machucados entre eles e muita preocupação na cabeça da mãe dos garotos. Em uma dessas disputas eles são observados por um agente de lutas clandestinas que resolve introduzir os irmãos nos ringues ilegais da cidade. Ruben, o bom de briga, com um talento nato para a coisa, logo escala sua fama derrubando adversários em cada noite de contenda. Já Cameron, o azarão, lutando mais com a alma do que com os punhos, cresce mais a cada vez que é levado a lona.

Depois de acompanhar, no livro anterior, o protagonista se agarrar aos últimos traços da infância que naturalmente nos são arrancados pelo tempo, podemos dizer que nessa segunda parte vemos os irmãos penetrar na vida adulta na marra, e metendo o pé na porta dos fundos da vida.
Conhecendo os irmãos Wolfe, é de se esperar que possuam suas próprias versões do que seria um final feliz, até porque, essa não é bem a proposta dessa série. Algo que já fica bem explícito em seus títulos, e um fator essencial pelo qual me interessei em sua leitura.
Quem, por ventura, cair de paraquedas em ‘Bom de Briga’ e por acaso passar batido pelo ‘O Azarão’, ainda pode ter uma experiência agradável com o livro, mas com certeza irá perder muito da identificação que é construída com os personagens na primeira obra, e perder um pouco da sua essência. Portanto, não aconselho.
Indispensável para quem quer conhecer um pouco mais do autor de ‘A Menina que Roubava Livros’, e descobrir outra vertente de Markus Zusak.

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