Bate-Bola! O lado ‘mau’ do Carnaval!
“Eu andava pelas ruas vestindo o meu bate-bola, se tu passasse na minha frente era melhor tu sair fora .Carnaval de rua perigoso e divertido, mas passei por tudo isso entre mortos e feridos.” – Marcelo D2
Então,… É Carnaval. A maior festa popular do mundo com seus princípios
(ou a falta deles) totalmente findados na mais genuína alegria de seus participantes.
São quatro (ou cinco?) dias de folia onde, tirando dirigir embriagado e passar
a mão na bunda do guarda, teoricamente tá tudo liberado. Mas, acredite ou não,
até mesmo o colorido desse período possui um lado negro, todo obscuro, que
envolve um estado de espírito totalmente controverso ao da tradicional euforia cultivada.
Então,… É Carnaval. A maior festa popular do mundo com seus princípios
(ou a falta deles) totalmente findados na mais genuína alegria de seus participantes.
São quatro (ou cinco?) dias de folia onde, tirando dirigir embriagado e passar
a mão na bunda do guarda, teoricamente tá tudo liberado. Mas, acredite ou não,
até mesmo o colorido desse período possui um lado negro, todo obscuro, que
envolve um estado de espírito totalmente controverso ao da tradicional euforia cultivada.
Sim, eu estou falando é de ‘medo’ mesmo.
Quando criança, a esperada farra carnavalesca anual desses dias era a
coisa que menos me atraía. Pela pouca idade eu sequer podia aproveitar os ‘benefícios’
da festa. Sem poder beber, sem poder foder, e ainda totalmente desinteressado
pelos tremeliques do corpo ao som das batidas do samba, minha atenção era toda
voltada para a batida dos Bate-bola!
coisa que menos me atraía. Pela pouca idade eu sequer podia aproveitar os ‘benefícios’
da festa. Sem poder beber, sem poder foder, e ainda totalmente desinteressado
pelos tremeliques do corpo ao som das batidas do samba, minha atenção era toda
voltada para a batida dos Bate-bola!
Também conhecido como Clóvis (considerado uma variação abrasileirada
da palavra inglesa clown), o Bate-Bola é uma fantasia carnavalesca característica
do subúrbio carioca e redondezas. Sua aparência e vestimenta são semelhantes ao
de um palhaço normal, porém sua máscara transtornada sempre procura inspirar
terror nos foliões. Era bem comum encontrar essas figuras, sempre aos bandos,
apitando e batendo suas ‘bexigas’ de plástico reforçado produzindo uma verdadeira
quebra de paradigma pelas ruas durante o Carnaval do Rio de Janeiro. A passagem
de um grupo de bate-bolas pelo baile era sempre um momento de tensão para todos
os presentes.
da palavra inglesa clown), o Bate-Bola é uma fantasia carnavalesca característica
do subúrbio carioca e redondezas. Sua aparência e vestimenta são semelhantes ao
de um palhaço normal, porém sua máscara transtornada sempre procura inspirar
terror nos foliões. Era bem comum encontrar essas figuras, sempre aos bandos,
apitando e batendo suas ‘bexigas’ de plástico reforçado produzindo uma verdadeira
quebra de paradigma pelas ruas durante o Carnaval do Rio de Janeiro. A passagem
de um grupo de bate-bolas pelo baile era sempre um momento de tensão para todos
os presentes.
Nunca fui fã de carnaval, mas convenci a minha mãe a me descolar uma
fantasia de Bate-Bola por 2 ou 3 anos da minha infância. Infelizmente como eu
não tinha idade suficiente para sair ‘de onde suas vistas pudessem alcançar’, eu
nunca consegui me integrar a um legítimo grupo de bate-bolas. Mas serviu pra
ver que eu seria diferente quando os outros pais me apontavam e comentavam sobre aquela
criança esquisita, com aquela terrível fantasia de ‘mau gosto’, que se destacava
entre os piratas, fadinhas, bailarinas, palhaços e demais fantasias infantis do
ambiente.
fantasia de Bate-Bola por 2 ou 3 anos da minha infância. Infelizmente como eu
não tinha idade suficiente para sair ‘de onde suas vistas pudessem alcançar’, eu
nunca consegui me integrar a um legítimo grupo de bate-bolas. Mas serviu pra
ver que eu seria diferente quando os outros pais me apontavam e comentavam sobre aquela
criança esquisita, com aquela terrível fantasia de ‘mau gosto’, que se destacava
entre os piratas, fadinhas, bailarinas, palhaços e demais fantasias infantis do
ambiente.
Durante muito tempo a prática passou a ser condenada por culpa de
alguns desagradáveis que se aproveitavam do anonimato proporcionado pelas
máscaras para cometerem crimes. É claro que pra mim isso não diz nada. Quem disse que não se pode cometer crimes com
máscaras dóceis como, por exemplo, as do clássico filme ‘A Fortaleza’?
alguns desagradáveis que se aproveitavam do anonimato proporcionado pelas
máscaras para cometerem crimes. É claro que pra mim isso não diz nada. Quem disse que não se pode cometer crimes com
máscaras dóceis como, por exemplo, as do clássico filme ‘A Fortaleza’?
Ao pesquisar o assunto para a produção deste texto, descobri que a cada
ano mais grupos vem se organizando no resgate desta ‘memória’ do carnaval
carioca, e fiquei muito feliz com isso. O Bate-Bola é um personagem a ser
preservado como qualquer um dos demais que já conhecemos de outros carnavais.
ano mais grupos vem se organizando no resgate desta ‘memória’ do carnaval
carioca, e fiquei muito feliz com isso. O Bate-Bola é um personagem a ser
preservado como qualquer um dos demais que já conhecemos de outros carnavais.