Balada para Satã

POSTADO POR: admin qua, 30 de outubro de 2013

Balada para Satã (Mephisto Waltz)
Diretor:
Paul Wendkos
Roteiro:
Ben Maddow, Fred Mustard Stewart(livro)
Ano: 1971
País: EUA
Atores: Alan Alda (O Aviador-2004),
Jacqueline Bisset (Assassinato no Expresso Oriente-1974), Barbara Parkins (O
Asilo do Terror-1972)
Baseado na história The Mephisto Waltz de Fred Mustard Stewart, somos
apresentados à Myles, um jornalista que, no passado, desejou ser pianista. Mas
a vida acabou levando-o a outro caminho e hoje, jornalista, segue rumo à casa
do famoso pianista Duncan Mowbray. Logo nos primeiros instantes, Duncan
encanta-se pelas mãos de Myles e pede para que toque um pouco, sempre enfatizando
o quão perfeitas suas mãos são para o ofício. Deste dia em diante, insere Myles
em sua vida, apresentando-o ao seu círculo de amizade e sempre incentivando seu
retorno à carreira de musicista. Mas o que Myles desconhece é que Duncan é
satanista e, através de um ritual, entrega a alma daquele que escolheu e passa
a habitar seu corpo, assim retornando à juventude mantendo-se vivo por todo o
sempre.

Balada Para Satã seria o “avô” de A Chave
Mestra
(The Skeleton Key-2005)? Apesar da ideia principal ser similar, tais
obras seguem caminhos diferentes e Balada acaba sendo bastante superior, o que
não significa que o outro seja ruim.

A trama de Balada é simples e eficaz,
devido sua elaboração e principalmente, como é conduzida. Os personagens são
bem construídos e, em alguns momentos, é interessante ver aspectos da época
retratados nos detalhes (Vide o comportamento das pessoas na festa).

Para os viciados no cinema atual, filmes
como Balada para Satã podem soar lentos e com alguns buracos, o que vejo como
uma inverdade. Filmes como ele (E milhares de outros da década de 70) seguem
uma construção detalhada e mais profunda, em que muitas vezes é necessário
pensar e ter um olhar mais atento, nos obrigando a sair do conforto/passividade
de apenas receber. Ao meu ver, este ritmo mais lento (Trilha sonora mais
espaçada, maior tempo de silêncio entre os diálogos…) é o tempo que nós,
espectadores, precisamos para absorver o que o filme quer passar, tanto no
entendimento quanto na emoção. O que torna tudo mais intenso e,
consequentemente, acabamos “vivendo” mais o que nos é apresentado. Acabamos
assim estabelecendo um diálogo com a obra.
Balada Para Satã foi feito para a televisão
e encaixa-se perfeitamente no “excelente filme simples”. Diversão de alto nível
e com um final bastante diferente do esperado.
E qual o pensamento que tirei sobre?
A década de 70 é apaixonante.

Curiosidade:
Foi o único filme que a 20th Century Fox
fechou acordo de distribuição em 1970. Na época a empresa passava por problemas
financeiros devido ao fracasso de bilheteria de vários de seus lançamentos
recentes.


Confira a apresentação do filme dublada no vídeo abaixo: