Até que ponto…

POSTADO POR: admin seg, 11 de outubro de 2010

Domingo, 10 de outubro de 2010

Uma pausa para retornar aos ritos, antigos e primais como a terapia do grito, praticada desde sempre, desde semente, se a gente nasce e não chora, não mama, aí a coisa desanda, não adianta chamar a ambulância . Dá um confere em suas narinas pra ver se ainda respira, caso contrário lamento avisá-lo que seu curto tempo por aqui já está esgotado, se encaminhe a saída, obrigado e um abraço!

Até quando arrastará o seu cadáver sem vida pela avenida, desalmado com os olhos vidrados na vitrine da vida. Não dá mais pra ficar encima do muro, agora eles possuem cercas elétricas, mas mesmo assim ninguém se sente seguro, todo mundo ainda corre depois que fica escuro, procuram abrigo nas luzes artificiais, soltaram os presos pra se trancarem em Alcatraz, uma estratégia ineficaz, mas parece que ninguém mais consegue viver sem levar por trás a chibatada covarde de algum capataz.
Não sou eu que to falando, tava escrita em um cartaz…
Não importa o que eu faço você insiste em remar ao contrário, eu acabo de arrumar e já ta tudo bagunçado, infesta meu cerrado feito uma praga de ratos, roendo pelas bordas as solas gastas dos meus sapatos. Que golpe baixo,… escondeu o chifre pra se passar por santa mas esqueceu o rabo, queria me empurrar carne de terceira falando que é picanha, “Não se engana um enganador” tava escrito no contrato, deveria ter lido as letras miúdas antes de assinar embaixo.
Invalidou sua candura quando vacilou na conduta, tu pode até ser da área mas não possui a postura necessária pra poder se manter, mas que cabeça a minha, nem mesmo deu tempo de você aprender, leu meia dúzia de poemas e já acha que entende de sofrer, é necessário cicatrizes profundas pra poder se gabar de alguma luta, quase sempre sem ajuda, tu acha que tá por cima só porque merda não afunda?
Até que ponto chegamos, pra estar onde estamos, contaminados com urânio, todo mundo tão estranho, uma falsidade sem tamanho, se você sabe do que eu to falando, continue com o plano, esqueça o que tem no bolso e me mostre o que tem no crânio.
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