Aprendendo a lidar com a rejeição
é um grande bosta. Ou melhor, vem alguém tentando te rebaixar, te foder, fazer
você pensar que é, mas aí entra em campo o tema central de nosso texto do dia:
aprender a conviver numa boa com as rejeições.
Na profissão de escritor (olha que chique mamãe!) eu apanho mais do que
quando era aspirante a pugilista, talvez por não possuir nenhuma formação
acadêmica (será…?), talvez por ser interpretado na sombra dos meus personagens
e textos mais estranhos, eu não sei bem o que ocorre (fora a questão de não ser
comercial). Meu amigo Ernesto fala que eu preciso aparecer mais, botar a cara
em eventos, palestrar, fazer mais lançamentos, me aproximar das pessoas na
internet. Isso possivelmente afastaria o estigma da rejeição, segundo ele. A
questão é que eu moro nos confins do subúrbio carioca, em uma área violenta pra
cacete, trabalho feito louco, e a grana curta me impede certas estripulias
sociais para alimentar o instagran do cu digital de alguém. – NÃO DIGA ISSO,
VÃO TE REJEITAR DE VEZ, APAGUE O PALAVRÃO!! Calma Ernesto… Calma… A verdade já não é uma flecha no meu peito há
muito tempo. E o palavrão é uma palavra, um texto é feito com palavras.
aparecesse em todos os eventos e conversasse amistosamente com todos (amigão
das galáxias) logo viria alguém me rotulando de “farofa da festa”, assim como
rotulam a estranheza do meu sumiço e “distância”. A velha história da garota acuada
que se trepar é puta e se não trepar é santinha (ou lésbica).
está na mira de alguém.
está na mira de alguém.
na mira de alguém.
cara, aceite essa porra e seja um alvo feliz. Você está na mira!
escola? Puta merda como eles eram cruéis… E eram só os filhotinhos, agora
estão adultos! Você precisa se gostar, se amar, tocar o foda-se e entender que
a rejeição começa na aceitação do rejeitado. Não aceite a rejeição como algo a
ser relevado, siga se amando, se gostando, e fazendo de sua vida pessoal o seu
maior patrimônio. Você, meu amigo, não é um boneco, um idiota que precisa
provar algo com fotos e penduricalhos e nada disso aí. Você precisa entender que as pessoas possuem
seus vazios existenciais, e pra isso precisam sentir que suas vidas são
melhores, superiores a sua. Precisam acreditar que julgam melhor, escrevem
melhor, cantam melhor, trabalham melhor, enfim… Julgar o vizinho torna-se
antídoto eficaz do idiota contra o suicídio.
do seu jeito.
vezes. É um mantra.)