Filmes ‘intergaláticos’ não eram algo tão comum naquela época, haviam poucos, mas os poucos que existiam eram realmente excelentes (vide ET, o extraterrestre). Talvez porque não houvesse tanta verba ou possibilidades de efeitos especiais para criar-se conceitos gigantescos usando a computação gráfica, e a grande jogada para a criação de uma produção de sucesso ficava mais a cargo do roteiro e menos dependente de estímulos visuais.
Claro que ficávamos encantados com as naves especiais, batalhas galáticas e até com os alienígenas mal feitos, mas não incomodava se essa parte fantástica surgisse apenas no final ou fosse revelado em doses homeopáticas do decorrer da história.
Pensando agora, acho que éramos apaixonados mesmo é pelo processo da coisa toda. Repare que hoje em dia os filmes tentam já começar em um ritmo alucinante e acaba sobrando pouco para com o quê surpreender o espectador no final.

Mas, voltando ao filme… A trama se desenvolve em torno de Alex, um jovem prodígio do fliperama “Starfighter“, que consistia basicamente em pilotar uma nave espacial em primeira pessoa e sair disparando em inimigos.
Ao conseguir zerar o jogo, Alex recebe uma visita de um homem estranho em um veículo estelar que o leva para usar suas habilidades e reflexos em uma batalha especial de verdade. Com uma certa relutância ele acaba aceitando a missão, tornando-se o último guerreiro das estrelas. A moral da história é a mesma que era usada em quase todos os filmes infanto-juvenis daquele período, sair da zona de conforto e viver uma grande aventura em algum lugar desconhecido. Por fim, voltar pra casa consagrado após um grande triunfo e ainda ficar com a garota.
Um final um tanto fora de moda hoje em dia, mas que ainda funciona bem se articulado com sabedoria.

Algumas curiosidade sobre o filme…
– Foi um dos primeiro filmes a usar computação em seus efeitos e na criação das naves.
– O “Carro Estelar” do filme também foi baseado no veículo Delorean (assim como “De Volta para o Futuro”), dando enfase ao designer ‘moderno’ das portas que abrem para cima.
– Apesar do jogo “Starfighter“ nunca ter existido realmente (naquele tempo a industria ainda não tinha uma visão tão mercenária), um modelo do fliperama jogado por Alex foi comprado por um grupo de fãs que acabaram desenvolvendo e lançando uma versão freeware do game. Clique aqui para ver as fotos da cabine e fazer o download do jogo.
– Em 2008 foi cogitado se fazer uma continuação com o roteirista e diretor original da produção, mas parece que a ideia empacou no título, já que Alex teria sido o ‘último’ guerreiro das estrelas.

Mais um filme que, embora datado, foi injustamente excluído dos ciclos de repetições da Sessão da Tarde. Acabei de revê-lo e posso dizer que tirando a má qualidade dos efeitos visuais, não há nada que o desabone em relação as crianças ou ao horário. Pode reunir a molecada para assistir o filme sem medo.
Você assiste o filme completo, online e com a dublagem original clicando aqui. O arquivo em torrent para download você encontra clicando aqui.

E para uma nostalgia completa, veja abaixo a chamada do filme na Tela Quente quando, um dia, ele foi inédito na TV brasileira.