Esse é mais um filme (ou três, se preferir) que não se enquadra bem na proposta desta coluna. É nítido que seu clima era pesado demais até mesmo para fazer parte da antiga Sessão da Tarde, mas ainda assim, possui méritos suficientes para burlar essas regras e ter seu ímpeto resgatado aqui no blog. 
Dentre as escassas produções de ficção do final do século passado, houve uma trilogia que salvou toda a nossa adolescência e talvez tenha sido o início de um universo que inspirou outros grandes trabalhos ligados ao estilo.

Eu considero a trilogia ‘Anjos Rebeldes’ um grande marco dentro da cultura nerd, e acredito que quem viveu naquela época deva ter essa mesma consideração por esses filmes. Com um plot bem original (para aquele tempo, hoje estaria tão gasto quanto tantos outros) e sequencias bem elaboradas, não há como negar que Anjos Rebeldes tenha sido o entusiasta de cenários de RPG, temáticas de livros, quadrinhos e tantos outros trabalhos que tenham o panteão angelical como assunto. Um prato cheio para quem gosta das obras do Eduardo Spohr, por exemplo.
De todos os elementos que tornam este enredo excepcional ainda nos dias de hoje, posso destacar a ausência de um protagonista/herói central que perdure pelos três filmes e um vilão (brilhantemente interpretado por Christopher Walken) que vai de personagem secundário à uma gloriosa redenção no final. É por isso que sugiro essa trilogia para qualquer pessoa que se interesse em estudar um bom roteiro.

✔ Anjos Rebeldes (Prophecy, 1995)
Thomas Dagget (Elias Koteas), um policial, que ia se sagrar padre mas perdeu a fé, se depara com uma guerra entre anjos, pois alguns deles, liderados pelo arcanjo Gabriel (Christopher Walken), não se conformam de Deus ter dado alma aos seres humanos. Enquanto esta luta acontece, as almas não podem deixar seus corpos e ir para o Paraíso, sendo que Gabriel procura na Terra almas que possa usar em seu exército, mas outro anjo tenta detê-lo.