American Mary
American Mary (American Mary)
Diretor: Jen Soska, Sylvia Soska
Roteiro:
Jen Soska, Sylvia Soska
Jen Soska, Sylvia Soska
Ano:
2012
2012
País:
Canadá
Canadá
Atores:
Katharine Isabelle, Antonio Cupo, Tristan Risk
Katharine Isabelle, Antonio Cupo, Tristan Risk
A modificação corporal (body modification) é a alteração deliberada e
permanente do corpo humano por razões não médicas. Consiste em qualquer
alteração realizada em qualquer parte do corpo, com o intuito de diferenciar o
indivíduo de outros. Fonte: Wikipedia.
permanente do corpo humano por razões não médicas. Consiste em qualquer
alteração realizada em qualquer parte do corpo, com o intuito de diferenciar o
indivíduo de outros. Fonte: Wikipedia.
Mary é uma garota extremamente dedicada ao seu curso de medicina. Já nos
momentos finais e totalmente focada em ser uma excelente cirurgiã, faz o que
pode para sobreviver enquanto usa as duras críticas recebidas de seu professor
para prosseguir, pois acredita que tais sejam um incentivo, já que a coloca
como melhor da turma. Mas chega o momento em que o dinheiro acaba e, não
encontrando outra opção que possa sustenta-la de forma rápida e ainda manter-se
livre durante o dia para estudar, decide ir a uma casa de strip-tease.
momentos finais e totalmente focada em ser uma excelente cirurgiã, faz o que
pode para sobreviver enquanto usa as duras críticas recebidas de seu professor
para prosseguir, pois acredita que tais sejam um incentivo, já que a coloca
como melhor da turma. Mas chega o momento em que o dinheiro acaba e, não
encontrando outra opção que possa sustenta-la de forma rápida e ainda manter-se
livre durante o dia para estudar, decide ir a uma casa de strip-tease.
Tamanha é sua ingenuidade e inexperiência que, mesmo vestida para o novo
trabalho, ao chegar, a primeira coisa que faz é entregar seu currículo a Billy,
o dono da boate. Ele o lê, apesar dos maiores atrativos não estarem na folha.
Quando prestes a experimentar as possibilidades de Mary quanto ao novo
trabalho, são interrompidos e, instantes depois, oferece à garota cinco mil
dólares para executar um trabalho que somente ela, naquele recinto, seria
capaz. Ela aceita e, já no dia seguinte, seu telefone toca. Novamente o fruto
de sua inexperiência por ter deixado o currículo para trás.
trabalho, ao chegar, a primeira coisa que faz é entregar seu currículo a Billy,
o dono da boate. Ele o lê, apesar dos maiores atrativos não estarem na folha.
Quando prestes a experimentar as possibilidades de Mary quanto ao novo
trabalho, são interrompidos e, instantes depois, oferece à garota cinco mil
dólares para executar um trabalho que somente ela, naquele recinto, seria
capaz. Ela aceita e, já no dia seguinte, seu telefone toca. Novamente o fruto
de sua inexperiência por ter deixado o currículo para trás.
A partir daí, o que seria um grande erro apresenta-se como o início de um
estranho caminho. Curiosos personagens passam a procura-la a fim das
intervenções mais variadas e radicais, voltadas para uma estética cada vez mais
singular e bizarra.
estranho caminho. Curiosos personagens passam a procura-la a fim das
intervenções mais variadas e radicais, voltadas para uma estética cada vez mais
singular e bizarra.
Neste caminho nem um pouco ético, Mary segue com remorso e sempre a um passo de
retornar sua vida normal, até que algo acontece e, de uma vez por todas, assume
isso para sua vida.
retornar sua vida normal, até que algo acontece e, de uma vez por todas, assume
isso para sua vida.
Mary é um grande personagem. É sexy, gostosa, mas não se utiliza de tais
artifícios. A melhor cirurgiã da sua turma de faculdade, capaz de realizar os
mais bizarros desejos e, por todo o tempo, carregando uma tensão que não a leva
aos lugares óbvios. Nada de descontrole, gritos histéricos e ações realizadas
por tal. O cuidado estético e sua construção não ficam para trás. O visual de
Mary acompanha suas mudanças, escolhas e sentimentos, tendo como ápice sua
relação com os sapatos de salto alto. Pode parecer apenas um detalhe, quando na
verdade uma grande sacada visual e cognitiva. Vide a música Ave Maria,
que toca três vezes durante o filme, em diferentes níveis. Primeiramente uma
versão quase amadora; na segunda uma gravação intermediária e; na terceira e
última, no momento “máximo” de Mary. Um crescendo que acompanha a evolução de
Mary como cirurgiã. Tudo aliado a uma atuação ímpar.
artifícios. A melhor cirurgiã da sua turma de faculdade, capaz de realizar os
mais bizarros desejos e, por todo o tempo, carregando uma tensão que não a leva
aos lugares óbvios. Nada de descontrole, gritos histéricos e ações realizadas
por tal. O cuidado estético e sua construção não ficam para trás. O visual de
Mary acompanha suas mudanças, escolhas e sentimentos, tendo como ápice sua
relação com os sapatos de salto alto. Pode parecer apenas um detalhe, quando na
verdade uma grande sacada visual e cognitiva. Vide a música Ave Maria,
que toca três vezes durante o filme, em diferentes níveis. Primeiramente uma
versão quase amadora; na segunda uma gravação intermediária e; na terceira e
última, no momento “máximo” de Mary. Um crescendo que acompanha a evolução de
Mary como cirurgiã. Tudo aliado a uma atuação ímpar.
Mary executa tão perfeitamente seu trabalho que não se preocupa com nada que
não seja trabalhar e ficar em seu canto. Nada de glamour, aproveitar que
transformou-se numa celebridade entre os apaixonados pelo body modificaion. O
que lhe interessa é realizar os trabalhos e ganhar seu dinheiro. Até por que,
seu maior vínculo afetivo passou a não mais existir. Agora é somente ela e mais
ninguém.
não seja trabalhar e ficar em seu canto. Nada de glamour, aproveitar que
transformou-se numa celebridade entre os apaixonados pelo body modificaion. O
que lhe interessa é realizar os trabalhos e ganhar seu dinheiro. Até por que,
seu maior vínculo afetivo passou a não mais existir. Agora é somente ela e mais
ninguém.
Em American Mary, ela realiza sonhos que julgamos bizarros e até mesmo doentes,
ajudando essas pessoas as se expressar a partir das mais variadas
interferências. A utilização do Body Modification num filme do gênero poderia
ser mais do mesmo. Sangue, putaria, cenas grotescas e uma trilha sonora no
melhor estilo “U-huuuu”. Mas não. O cuidado estético do filme é tanto quanto
positivo. Somos apresentados ao que realmente é importante, ao invés de closes
em cortes e demais cenas. Tudo que poderia banalizar a história foi sabiamente
deixado de lado. Cortes e sangue podem ser uma mera bobagem descartável se o
que há por trás é muito mais significativo.
ajudando essas pessoas as se expressar a partir das mais variadas
interferências. A utilização do Body Modification num filme do gênero poderia
ser mais do mesmo. Sangue, putaria, cenas grotescas e uma trilha sonora no
melhor estilo “U-huuuu”. Mas não. O cuidado estético do filme é tanto quanto
positivo. Somos apresentados ao que realmente é importante, ao invés de closes
em cortes e demais cenas. Tudo que poderia banalizar a história foi sabiamente
deixado de lado. Cortes e sangue podem ser uma mera bobagem descartável se o
que há por trás é muito mais significativo.
A relação entre o que é bizarro e não também não fica por trás. Assim os
valores começam a ser observados detrás de tantas camadas já modificadas. E
durante a comparação diante do que nos é apresentado, o questionamento sobre o
que é bizarro ou não.
valores começam a ser observados detrás de tantas camadas já modificadas. E
durante a comparação diante do que nos é apresentado, o questionamento sobre o
que é bizarro ou não.
American Mary também entra para o time de Castelo Maldito (Castle Freak –
1995), Presos no Gelo (Fritt Vilt – 2006), Grito de Horror (Sonata – 2004), A
Fronteira (Frontière(s) – 2007) e muitos outros. Trabalhos imperdíveis que,
devido uma horrenda sinopse, capa ou adaptação do título para o português acabam,
ao primeiro olhar, dando certeza de um trabalho horroroso.
1995), Presos no Gelo (Fritt Vilt – 2006), Grito de Horror (Sonata – 2004), A
Fronteira (Frontière(s) – 2007) e muitos outros. Trabalhos imperdíveis que,
devido uma horrenda sinopse, capa ou adaptação do título para o português acabam,
ao primeiro olhar, dando certeza de um trabalho horroroso.
Um filme deliciosamente bem construído, apresentando questões inteligentes.
Vale muito a pena.
Vale muito a pena.
Premiações:
–
Screamfest-2012 – Melhor Maquiagem: MasterFx. Melhor Atriz: Katharine Isabelle.
Melhor Diretor: Jen Soska. Sylvia Soska. Melhor Fotografia. Diretor de
Fotografia: Brian Pearson.
Screamfest-2012 – Melhor Maquiagem: MasterFx. Melhor Atriz: Katharine Isabelle.
Melhor Diretor: Jen Soska. Sylvia Soska. Melhor Fotografia. Diretor de
Fotografia: Brian Pearson.
–
Festival Trophy-2012 – Melhor atriz: Katherine Isabelle.
Festival Trophy-2012 – Melhor atriz: Katherine Isabelle.
Curiosidades:
-American
Mary foi filmado em 15 dias
Mary foi filmado em 15 dias
-As
irmãs dos Soska re-hipotecaram sua casa para levantar dinheiro para o filme.
irmãs dos Soska re-hipotecaram sua casa para levantar dinheiro para o filme.
-Katharine
aprendeu a suturar um peru para seu papel como Mary. Também foi a uma escola de
medicina para desenvolver seu papel.
aprendeu a suturar um peru para seu papel como Mary. Também foi a uma escola de
medicina para desenvolver seu papel.
-Billy
Barker foi assim nomeado numa homenagem a Clive Barker.
Barker foi assim nomeado numa homenagem a Clive Barker.
-A
maquiagem e a prótese facial de Beatrisse demorava duas horas paa estar pronto.
maquiagem e a prótese facial de Beatrisse demorava duas horas paa estar pronto.
E
qual o pensamento que tirei sobre?
qual o pensamento que tirei sobre?
Todo
mundo tem um caminho, não importa qual (literalmente!).
mundo tem um caminho, não importa qual (literalmente!).
Você
assiste o trailer aqui:
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