A Última Era (Carlos Fleury)

POSTADO POR: admin sex, 21 de agosto de 2015

É o fim do mundo como o conhecemos! Isso já é um fato consumado. Resta agora imaginarmos que tipo de futuro nos aguarda após os inúmeros motivos que podem levar a humanidade rumo à um inevitável colapso mundial. E entre as várias teorias que nos aflige, podemos dizer que a ficção sempre se antecipa sobre esse assunto. E, sem medo, todos adoramos explorar essas possibilidades nas telas do cinema ou nas páginas de um livro enquanto não nos deparamos com o caos que nos espera. Entre as conhecidas guerras nucleares, infestações zumbis, conquistas espaciais e outras projeções de um amanhã em que ficamos cada vez mais dependentes da ciência e tecnologia, minha cabeça foi aberta para uma nova perspectiva durante a minha última leitura.
Em A Última Era (Editora Selo Jovem, 260 páginas) me vi no que seria um possível futuro não muito diferente de um período bem conhecido pelos leitores de fantasia,… A Idade das Trevas. Neste cenário, o autor Carlos Fleury desenvolve uma trama atraente que consegue dosar todos os elementos fundamentais para formar uma boa saga. 

Em uma terra devastada por uma tragédia que praticamente reiniciou a vida no planeta, não apenas grande parte do conhecimento e técnicas da nossa evolução foram perdidos, mas também o próprio homem parece ter voltado ao seus princípios mais primitivos. O que restou da sociedade tenta se reerguer seguindo a linha do pensamento simples, porém cruel, de um tipo de feudalismo. Um quadro perfeito para a formação de um poderoso império para instituir a vontade do mais forte sob os mais fracos.

Abandonada a esperança e sem a crença em quaisquer deuses, a ciência e religião são tradições que passam a gerar mais perguntas que respostas, e portanto não exercem mais tanta influência na psiquê humana, transtornando muitos dos valores que nos guiam e deixando brechas características para o surgimento de lendas e mitos. Este solo fértil logo começa a ver as suas primeiras sementes brotarem do subsolo quando uma escavação arqueológica inicia uma série de questionamentos a respeito do passado do mundo, ao mesmo tempo em que no outro extremo do mapa, um homem surge quase como uma espécie de profeta, disseminando uma nova fé entre o povo.
No meio desses eventos adversos, nas últimas cidades livres do império, um guerreiro habilidoso inicia uma jornada pessoal abrindo seus caminhos através de batalhas calorosas e fazendo o seu nome, Victorius, se espalhar como o vento.
Como o ‘livro um’ de uma trilogia em formação, ‘A Última Era’ é naturalmente uma obra mais voltada para a ambientação do leitor neste palco, em que partes dos seus capítulos são usados para apresentar os personagens, seus conflitos e principalmente o mundo que os rodeia. Apesar de a proposta de um único homem “anunciado” emergir para enfrentar um mal virtualmente superior não ser um conceito relativamente novo, a obra me ganhou pela originalidade do seu cenário e as diferentes tonalidades que o autor conseguiu imprimir em elementos de roteiro que já são bem conhecidos pelo público.
Para facilitar a visualização desta abordagem, eu gosto de imaginar esta saga como uma mistura de ‘O Senhor dos Anéis’ com ‘Mad Max’, onde o passado e o futuro, o conhecido e o desconhecido, se confrontam todo tempo em um jogo de narrativa que não deixa o leitor sossegar enquanto não conseguir atar todas as pontas soltas desta história.
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