A Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais: LUXÚRIA

POSTADO POR: Maldito qui, 01 de maio de 2014

Eu sei que você estava esperando por isso. Não negue. Não adianta negar! Depois de passearmos por todos os outros vícios, chegou a hora de finalizarmos a nossa Lista de Leitura dos 7 Pecados Capitais com o pecado preferido de todos. A LUXÚRIA. E por que não seria? Com aqueles seios fartos e rostinho pervertido, quem seria estúpido o suficiente para resistir as suas tentações?

Sem mais preliminares delongas, veja abaixo a lista que preparamos com obras sedutoras que sucumbiram a esse pecado…
✔ A Época da Inocência, de Edith Wharton
Vencedor do Prêmio Pulitzer de 1921, este romance destaca a inquietação da sociedade aristocrata nova-iorquina do fim do século XIX com a chegada da condessa Ellen Olenska. Ela retorna aos Estados Unidos após desfazer o casamento na Europa e se aproxima de Newland Archer, noivo de sua prima, a bela May Welland. Os dois acabam se apaixonando em uma época em que manter as aparências era mais importante que o amor e a felicidade. Escrito por Edith Wharton logo após o fim da Primeira Guerra Mundial, A época da inocência é um retrato fiel de uma sociedade burguesa contraditória, responsável por destituir a nobreza do poder político, mas que reproduzia modelos e padrões de comportamento típicos da época em que barões, condes, viscondes e duques estavam no poder. Um período de ostentação da riqueza em grandes banquetes e recepções, mansões e roupas luxuosas. Edith Wharton revela uma história da inércia que prende as pessoas aos valores com os quais foram educadas, criando barreiras para a realização pessoal e afetiva.
✔ Lolita, de Vladimir Nabokov 
Lolita é um dos mais importantes romances do século XX. Polêmico, irônico, tocante, narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras e seus desejos mais agudos. A obra-prima de Nabokov não é apenas uma assombrosa história de paixão e ruína. É também uma viagem de redescoberta pela América; é a exploração da linguagem e uma mostra da arte narrativa em seu auge. Através da voz de Humbert Humbert, o leitor nunca sabe ao certo quem é a caça e quem é o caçador.
Em 1955 o London Sunday Times incluiu o romance entre os três melhores livros do ano. Em resposta, o editor do concorrente London Sunday Express , respondeu que era “o livro mais sujo que já leu” e chamou de “pura pornografia desenfreada”. 
Após a sua publicação nos Estados Unidos, três anos depois – apesar de ser considerado “repugnante” pelo New York Times -. “Lolita” vendeu 100.000 cópias durante seu primeiro mês nas livrarias.
✔ A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro
Quando vários jornais anunciaram que João Ubaldo Ribeiro estava escrevendo um romance sobre a Luxúria, para a coleção Plenos Pecados, da Editora Objetiva, o escritor foi surpreendido com um misterioso pacote em sua portaria. Eram os originais de “A Casa dos Budas Ditosos”, livro que ele agora pública, permitindo a seus leitores conhecerem uma personagem fascinante e excepcional em todos os sentidos: CLB, uma mulher de 68 anos, nascida na Bahia e residente no Rio de Janeiro, que jamais se furtou a viver – com todo o prazer e sem respingos de culpa – as infinitas possibilidades do sexo. 
Seriam as memórias desta senhora devassa e libertina um relato verídico? Ou tudo não passa de uma brincadeira do autor? Nunca saberemos. Importa é que ninguém conseguirá ficar indiferente à franqueza rara deste relato e a seu humor corrosivo. Com a maestria que o consagrou como um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, João Ubaldo Ribeiro nos brinda com esse depoimento “socio-histórico-lítero-pornô”. Um romance impudico e provocador.
 Juliette Society, de Sasha Grey
Se eu te contasse que existe um clube secreto, cujos membros pertencem à classe mais poderosa da sociedade – banqueiros, milionários, magnatas da mídia, CEO’s, advogados, autoridades, traficantes de armas, militares condecorados, políticos, oficiais do governo e até mesmo o alto clero da Igreja Católica -, você acreditaria? Este clube se reúne sem regularidade, em um local secreto. Às vezes em locais distantes e às vezes escondidos. Mas jamais duas vezes no mesmo lugar. Normalmente, nem mesmo duas vezes no mesmo fuso horário. 
E esses encontros, essas pessoas… não vamos enrolar, vamos chamá-las do que são, os Mestres do Universo. Ou o Braço Executivo do Sistema Solar. Então, essas pessoas, os Executivos, usam os encontros como uma válvula de escape do cansativo e estressante negócio de estragar ainda mais o mundo e criar novas maneiras sádicas e diabólicas de torturar, escravizar e empobrecer a população.  E o que eles fazem em seu tempo livre, quando querem relaxar? Deveria ser óbvio. Eles fazem sexo.
✔ Sexo Na Cabeça, de Luis Fernando Veríssimo
Pode ser no quarto, no banheiro, no escritório, no elevador, na cozinha, na piscina ou, dependendo da imaginação do leitor, em locais menos óbvios e mais excitantes. Sim, estamos falando de sexo! SEXO NA CABEÇA, uma seleção das melhores histórias de Luis Fernando Verissimo sobre o assunto que mobiliza, e esquenta, multidões. Verissimo, um dos cronistas mais sagazes da intimidade brasileira, mostra nesse livro que, para se pensar “naquilo”, não há hora nem lugar. Aliás, para se fazer, também não. Como um voyeur da nossa vida privada, ele nos revela os fetiches que alimentam as grandes paixões, o delicioso jogo da sedução, os sussurros açucarados, e ridículos, dos recém-apaixonados. Em 45 crônicas, com abordagens divertidas e excitantes sobre o tema, o autor leva o leitor ao êxtase. Em Sexo e futebol, por exemplo, traça um paralelo hilário entre o esporte e a libidinagem: No futebol, como no sexo, as pessoas suam ao mesmo tempo, avançam e recuam, quase sempre vão pelo meio mas também caem para um lado ou para outro e às vezes há um deslocamento. Nos dois é importantíssimo ter jogo de cintura”. Já em Nádegas Redolentes, traz o conflito do casal sobre a melhor hora para o sexo: ela prefere antes de dormir, com banho tomado e aroma de lavanda, mas ele deseja a esposa no despertar matutino, com o cheiro natural do corpo. Das gostosas brigas do início do namoro à ousadia da trissexualidade, dos códigos da relação a dois ao amor internauta, Sexo na Cabeça revela os segredos de alcova dos tempos modernos. O autor não se intimida nem mesmo diante dos grandes tabus que seduzem a humanidade desde que o homem é homem… E que o sexo é sexo!
✔ O Amante de Lady Chatterley, de DH Lawrence 
Foi publicado pela primeira vez de forma independente em Florença na Itália, em 1928. Ele conta a história de uma mulher da alta sociedade, esposa de um aristocrata, que tem um funcionário, uma espécie de caseiro da propriedade do casal, como seu amente. Este romance de Lawrence explora abertamente o amor e o sexo, rompendo as convenções sociais e as relações de classe.
Ele ganhou uma antipatia instantânea pelas suas descrições gráficas de sexo adúltero e a inclusão de palavras não publicáveis. Foi a inspiração de diversos ensaios obscenos na Grã-Bretanha, Japão e Índia, até que foi proibido nos Estados Unidos e Canadá. A Austrália teve a distinção única de proibir não só o romance, mas também o livro escrito sobre o julgamento da obra por obscenidade na Grã-Bretanha.
✔ Sonetos Luxuriosos, de Pietro Aretino
Escrito há cerca de quinhentos anos, estes Sonetos Luxuriosos, de Pietro Aretino, o mais despudorado dos poetas italianos, amado e odiado por sua franqueza, ganham nova edição pelo selo Má Companhia. 
Escritas por volta de 1525, as poesias deste volume nasceram sob a chancela da clandestinidade. Sem papas na língua, o poeta satirizou os poderosos e a nobreza com tal vigor que era chamado de “o flagelo dos príncipes”. Despudoradamente eróticas, descrevem sem censura o universo labiríntico do desejo e são capazes de impressionar até os leitores mais desinibidos. 
O espírito livre e a crítica desabusada de Aretino valeram-lhe inimigos, e na ocasião do escândalo causado pela divulgação desta publicação, o poeta teve de abandonar a corte papal e mudar-se de Roma para Veneza. Ali viveu como um potentado, honrado como o maior poeta italiano de seu tempo, num palácio à beira do Canal Grande, servido por uma corte de belas mulheres, as aretinas. Esse fausto era mantido pelos presentes e doações de reis, de príncipes e nobres de toda a Europa e mesmo do Oriente, atentos ao poder de seus escritos e, especialmente, à força destrutiva de suas sátiras. Esta tradução do poeta e ensaísta José Paulo Paes – a primeira que se fez para a língua portuguesa – é fiel tanto ao espírito como à forma do original e reproduz com felicidade o vigor e a graça da luxúria de Aretino.